sábado, 1 de dezembro de 2018

Disciplina do Pensamento




Você consegue imaginar quantos pensamentos temos por dia?

Estudiosos informam que temos entre sessenta a noventa e cinco mil pensamentos em vinte e quatro horas.

É uma quantidade realmente muito grande...

Isso significa, por exemplo, que durante esta mensagem poderemos chegar a ter entre duzentos a trezentos e trinta pensamentos!

Trazemos então uma primeira reflexão: Quantos desses tantos pensamentos diários são bons, úteis? Quantos são maus, inúteis?

Infelizmente a maioria deles ainda não pode ser classificada como pensamentos saudáveis e construtivos, porém, existem formas de se disciplinar o pensar, pois bem pensar é a elevada forma de se viver.

Aqui vão alguns ensinamentos importantes a respeito da disciplina do pensamento.

Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, no sacrifício, nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das qualidades de nosso pensamento.

É por isso que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude.

É preciso aprender a fiscalizar os pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção determinada, um fim nobre e digno.

Cada tipo de pensamento tem que ter a sua hora, o seu lugar. Não devemos estar em casa, com a família, e com os pensamentos em outro lugar, como, por exemplo, no ambiente de trabalho.

Cada vez que surja um mau pensamento, essa fiscalização fará com que um alerta se acenda em nós, e tomemos alguma atitude para expulsá-lo o mais rápido possível.

É bom também viver em contato, pelo pensamento, com escritores de gênio, com os autores verdadeiramente grandes de todos os tempos e países, lendo, meditando sobre suas obras, impregnando o nosso ser da substância de suas almas.

É necessário escolhermos com cuidado nossas leituras, depois amadurecê-las e assimilar-lhes a quintessência. Em geral lê-se demais, lê-se depressa e não se medita.

O estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento. É no silêncio que se elaboram as obras fortes.

Há também a prática de meditar. Na meditação o Espírito se concentra, volta-se para o lado grave e solene das coisas. A luz do mundo espiritual banha-o com suas ondas.

Evitemos as discussões ruidosas, as palavras vãs, as leituras frívolas.

Sejamos sóbrios de jornais, TV e Internet. O contato com essas mídias, fazendo-nos passar continuamente de um assunto para outro, torna o Espírito ainda mais instável.

A alma oculta profundezas onde o pensamento raras vezes desce, porque mil objetos externos ocupam-no incessantemente.

Disciplinar os pensamentos significa disciplinar a vida, e escolher caminhos mais seguros.

Na nascente de todos os atos, palavras e ideias estão os pensamentos. Mudemos a matriz e teremos uma vida renovada e mais feliz.

Lembremo-nos: bem pensar é a elevada forma de viver!
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Redação do Momento Espírita com base no cap. XXIV, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb.Em 24.05.2011




 


MENSAGEM DO ESE:
Dai a César o que é de César

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras.  

— Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo? 

Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu:

Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. 

E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? — De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. 
(S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. — S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: “É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?” Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, que lhes conhecia a malícia”, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido. 

Esta sentença: “Dai a César o que é de César”, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 5 a 7.)







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