quinta-feira, 11 de março de 2021

Para pedir um conselho


24. PREFÁCIO. Quando estamos indecisos sobre o fazer ou não fazer uma coisa, devemos antes de tudo propor-nos a nós mesmos as questões seguintes:

1.° Aquilo que eu hesito em fazer pode acarretar qualquer prejuízo a outrem?

2.° Pode ser proveitoso a alguém?

3.° Se agissem assim comigo, ficaria eu satisfeito?

Se o que pensamos fazer, somente a nós nos interessa, lícito nos é pesar as vantagens e os inconvenientes pessoais que nos possam advir.

Se interessa a outrem e se, resultando em bem para um, redundará em mal para outro, cumpre, igualmente, pesemos a soma de bem ou de mal que se produzirá, para nos decidirmos a agir, ou a abster-nos.

Enfim, mesmo em se tratando das melhores coisas, importa ainda consideremos a oportunidade e as circunstâncias concomitantes, porquanto uma coisa boa, em si mesma, pode dar maus resultados em mãos inábeis, se não for conduzida com prudência e circunspeção. Antes de empreendê-la, convém consultemos as nossas forças e meios de execução.

Em todos os casos, sempre podemos solicitar a assistência dos nossos Espíritos protetores, lembrados desta sábia advertência: Na dúvida, abstém-te. (capítulo XXVIII, n.° 38.)

25. PRECE. — Em nome de Deus Todo-Poderoso, inspirai-me, bons Espíritos que me protegeis, a melhor resolução a ser tomada na incerteza em que me encontro. Encaminhai meu pensamento para o bem e livrai-me da influência dos que tentarem transviar-me.
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ESE
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MENSAGEM DO ESE:

Esquecimento do passado

Em vão se objeta que o esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar da experiência de vidas anteriores. Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes. 

Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.

Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido.

Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial.

Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações.

Aliás, o esquecimento ocorre apenas durante a vida corpórea. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado; nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono, a qual não obsta a que, no dia seguinte, nos recordemos do que tenhamos feito na véspera e nos dias precedentes.

E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança dó passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe por que sofre e que sofre com justiça. A lembrança unicamente se apaga no curso da vida exterior, da vida de relação. Mas, na falta de uma recordação exata, que lhe poderia ser penosa e prejudicá-lo nas suas relações sociais, forças novas haure ele nesses instantes de emancipação da alma, se os sabe aproveitar.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 11.)

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AMBIENTE DO BEM


Os pensamentos bons têm o poder de anular as correntes mentais inferiores, arejando o sistema nervoso contra as investidas agressivas da vingança e do ódio.

Conhecer o bem e os seus efeitos nos leva a uma escala mais alta na hierarquia dos seres, e praticá-lo, conscientemente por amor, é prova de que todos os degraus passados se uniram, para que a fé os transformasse em uma só força indissolúvel, capaz de remover os maiores obstáculos.

Muitos livros nos ensinam que a prática do bem em todas as suas formas depende de condicionamento no lar, no indivíduo, na sociedade e no próprio país em que se habita.

Certamente até no próprio planeta, concordamos.

No entanto, para nascerdes no ambiente propício ao bem, é justo que mereçais e, para que o merecimento se faça, indubitavelmente, a alma tem de iniciar esse ambiente maravilhoso dentro dela.

Não pode existir esse condicionamento harmonioso no coração e na mente, sem a presença do esforço próprio.

O buscai e achareis do Filho de Deus é uma assertiva de luz, que confirma nossa conversa.

Os primeiros toques são individuais -pertencem a cada um – para que as forças exteriores encontrem caminho livre na ajuda progressiva.

O agricultor abre o seio da terra, deposita a semente e a entrega à natureza, que faz o resto na engenhosa expansão da vida.

Se quereis viver um amanhã de compreensão, de fraternidade e de amor, não esmoreçais no dia de hoje, aproveitando o máximo do tempo na caridade e na amabilidade para com os outros.

Esses gestos, essas ideias, esses pensamentos, por lei, vão condicionando as fibras mais sensíveis da alma, e tornando-a propensa à natureza evangélica.

Se por acaso encontrardes dificuldades, se porventura a própria natureza física se desregular por causa de uma reforma empreendida na mente e nos sentimentos, não esmoreçais.

Continuai, porque esse desequilíbrio é passageiro, prenuncia que verdadeiramente está se fazendo o trabalho.

Para ser construído um edifício novo, onde existe um velho, é imprescindível desmanchá-lo e, com o tempo, vereis a imponência e a beleza da obra.

A força do bem é irresistível, em toda a área da vida.

É elixir curativo para todas as enfermidades que nos levam à inquietação.

O coração, acostumado às boas maneiras, ascende a repuxos incalculáveis de que a razão desconfia, por não perceber de imediato a multiplicação do amor.

A serenidade de consciência tem um preço por demais alto.

Não havendo maturidade de espírito, acaba se esmorecendo antes da aquisição.

E o ouro para esse câmbio divino é extraído no garimpo da própria alma, em lutas acerbas; os entulhos a remover são toneladas, em forma de imperfeições manifestadas pêlos sentimentos e carregadas pela ignorância.

A rocha é dura de ser vazada, todavia, o trabalho é nosso.

Comecemos, que Jesus está pronto para nos ajudar.

Já notastes como se começa a construir uma casa? Pedra a pedra, tijolo a tijolo e sucessivos esforços diminutos, até que a obra se unifica,, como um todo a ser útil.

O santuário interior não foge à regra.

O estudante da verdade e um pedreiro, é um operário, que deve iniciar condicionando os pensamentos no bem, estes tomando formas de ideias, e estas de ações, orando e vigiando para que o desânimo não – 44 – invada o campo de labor e, no amanhã, os frutos dos esforços não sejam em vão.

O grande templo é a resposta, que servirá para muitos que vêm na retaguarda.

Transformar-se-á em uma fonte espiritual, da qual, quanto mais se retira água, mais se multiplica.

Meus filhos, façamos o bem, onde estivermos e da maneira que as nossas forças suportarem, pois é pela prática que o esmero se apresenta, e a natureza divina se ambienta na natureza humana.

Começai pensando no bem, falando no bem, ou escrevendo sobre o bem, que ele, com o tempo, vos acompanhará para sempre.
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Miramez

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