Sofre, sem revoltar-te
Contra a vida difícil.
Pensa na retaguarda
Em provações enormes.
Esse exibe nas ruas
Duras deformidades.
Outro apenas tateia
Nas sombras da cegueira.
Muitos morrem aos poucos
Em plena solidão.
Se tens o corpo útil,
Rende Graças a Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Doutrina-Escola
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MENSAGEM DO ESE:
Causas anteriores das aflições (III)
Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Provas e expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não precisa ser provado. Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta. Tais são, especialmente, essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos, que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar. Pode-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem o homem à revolta contra Deus.
Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação; mas, é indício de que foi buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de forte resolução, o que é sinal de progresso.
Os Espíritos não podem aspirar à completa felicidade, enquanto não se tenham tornado puros: qualquer mácula lhes interdita a entrada nos mundos ditosos. São como os passageiros de um navio onde há pestosos, aos quais se veda o acesso à cidade a que aportem, até que se hajam expurgado. Mediante as diversas existências corpóreas é que os Espíritos se vão expungindo, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas.
Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio que limpa as chagas e cura o doente. Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o remédio. Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à idéia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 9 e 10.)
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O poder da oração
Dentre as muitas boas histórias relatadas em Seleções Reader´s Digest, uma nos chamou a atenção pelos ensinamentos que contém.
Seu autor, já homem feito, refletindo sobre o poder da oração, lembra-se de quando ainda era apenas um garotinho.
Conta ele que, certa manhã de primavera, sua mãe o vestiu na sua fatiota domingueira e lhe recomendou para que não saísse além dos degraus da porta da frente pois, em poucos minutos, iriam visitar sua tia.
O menino esperou pacientemente até que o filho do vizinho da esquina se aproximou e lhe disse um palavrão.
Então, ele pulou os degraus e se atracou com o outro até caírem ambos numa poça de lama.
Sua blusa branca ficou enlameada e a meia com um rasgão sangrento na altura do joelho.
Lembrou-se da advertência da mãe e começou a berrar desesperadamente.
Sua dor, porém, acabou quando ouviu o barulho do sorveteiro que anunciava em altos brados o seu produto.
Esqueceu a desobediência e correu a fim de pedir dinheiro à mãe para comprar um sorvete.
Diz ele que nunca pôde esquecer a resposta que recebeu da mãe:
Olhe para você mesmo! Você não está em condições de pedir nada.
Foi mergulhado nessas lembranças que o autor fez um paralelo com a nossa posição diante de Deus, quando oramos pedindo alguma coisa.
Antes de invocarmos o auxílio de Deus, necessitamos voltar o olhar para nós próprios e verificar se estamos ou não em condições de pedir algo.
Para que Ele nos ajude, é preciso que façamos a nossa parte conforme prescreve o Evangelho: Ajuda-te que o Céu te ajudará.
O mal da maioria dos que rogam bênçãos é que não são honestos para com Deus.
É comum implorarmos graças celestes, estando de relações cortadas com familiares, amigos, vizinhos...
Quando buscamos a Ajuda Divina é preciso que preparemos o coração adequadamente.
É inútil pedir amparo com o coração cheio de inveja, de ciúme, de malquerença, de ódio e de outros detritos morais.
Nesse caso, se realmente desejamos pedir algo, que peçamos forças para vencer essas misérias da alma.
É comum rogarmos a Deus que nos dê saúde e, por outro lado, acabarmos com ela com o vício enfermiço do cigarro, da gula, do trago infeliz, das noitadas de orgias entre outros abusos.
Importante que meditemos um pouco mais a respeito da nossa real vontade de receber Ajuda Divina, uma vez que Deus sabe das nossas intenções mais secretas.
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Antes de buscar ajuda através da prece, olhe para você mesmo e veja se está em condições de pedir alguma coisa.
Verifique se está fazendo a parte que lhe cabe.
Se o templo do seu coração está devidamente limpo e arejado para receber as bênçãos do Criador.
Lembre-se sempre da recomendação: A
que o Céu te ajudará.
A condição é que nos ajudemos primeiro, fazendo a nossa parte, para depois merecer a ajuda do Alto.
Importante que entendamos bem os mecanismos da oração: pedir, saber pedir e, acima de tudo, merecer.
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Redação do Momento Espírita com base em artigo da revista Seleções Reader’s Digest, de abril de 1951
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER-12-04-2020
Essas palavras de hoje , foi um bálsamo pra minha ferida .
ResponderExcluirGratidão sempre !
Todo dia uma lição 🙏isso me ajuda espiritualmente. Minha gratidão 🙏
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