quinta-feira, 15 de abril de 2021

A incógnita do Além


Meus amigos, Deus vos conceda muita paz espiritual no caminho diário.

Conheço a ansiedade com que muitos de vós outros batem às portas da revelação; sei de vossas aspirações e já experimentei vosso desejo infinito.

 O homem defrontará sempre a incógnita do Além-túmulo, tomado de indizíveis angústias, quando se distancia do alimento espiritual, matéria prima da vida externa. 

 É o que ocorre no cenário de vosso século, repleto de acontecimentos de profunda significação científica e filosófica, cercados de realizações, da máquina e empolgados de ideologias políticas; permaneceis à beira de abismos que solapam os séculos laboriosos de realizações.

 O homem moderno cresceu em suas realizações puramente intelectualísticas avançando no domínio das organizações materiais entretanto, por traz de muralhas de livros, ao longo de códigos pacientemente elaborados, à sombra de laboratórios, a inteligência da criatura se esconde para preferir a morte. A ciência que devassou desde o subsolo à estratosfera, manifesta a sua impossibilidade de dominar o vulcão mortífero. 

 Vinte séculos de pensamento cristão não bastaram. Milhares de mensagens da Providência Divina, convertidas em utilidades para a civilização de nossos tempos sopitaram os novos surtos de devastações e misérias. 

Não lamentamos porém. Apenas nos referimos à semelhante derrocada para exaltar a grandeza da experiência espiritual.

O homem econômico de nossas filosofias atuais não pode subsistir no quadro da evolução divina. 

 O homem é Espírito antes de tudo. A Terra é a nossa escola milenária, aguardando resignadamente a nossa madureza de sentimentos.

É por isto que acorrestes à presente reunião, em vossa maioria tangidos pelo desejo de auscultar o desconhecido. É por isto que esperáveis expressões fenomênicas que vos modificassem inteiramente. 

No fundo, meus amigos, desejais a fé, quereis tocar a certeza. Entretanto, a curiosidade não pode substituir o trabalho perseverante e metódico. Nenhuma técnica profissional por mais singela pode-se eximir de cultores da experiência sentida e vivida.

 Alguns dentre vós formulais indagações mentais enquanto outros aguardam manifestações que firam as percepções externas. Todavia, apesar do desejo de vos atender particularmente, não seria possível quebrar a lei universal da iniciativa de cada um no campo do livre arbítrio que nos rege os destinos. 

Vossa ansiedade palpita em todo mundo. A humanidade suplica expressões novas que lhe definam as diretrizes para o Mais Alto e vossos corações permanecem cansados do atrito despensivo. 

Sois, de modo geral, os viajores que extenuados do caminho árido começam a indagar as profundezas do céu, tendo sempre uma resposta para quantos o contemplam, convictos de que a vida é testemunho de trabalho, de realizações e de confiança. Nenhuma elevação se verificará sem o esforço próprio.

 É por este motivo que as ideias religiosas antigas, embora respeitáveis pelas mais sublimes tradições, não mais satisfazem. Os templos de pedra deixam exalar ainda o incenso da poesia, mas as novas esperanças pedem esclarecimentos concretos e roteiros precisos.

 Sim, nossa sede é justa. A fonte, porém, ainda é aquela que o Mestre nos trouxe há dois mil anos.

Procurai esta água da vida eterna. Não vos deixeis dominar tão somente pela ânsia que às vezes é doentia.

Procurai de fato conhecer. Não vos restrinjais ao campo limitado da curiosidade. Toda curiosidade é boa quando conduz ao trabalho.

Recebei, portanto, os serviços de Deus, em vós mesmos. Vosso coração e vossa inteligência constituem a grande oficina. Aí dentro operareis maravilhas desde que não condeneis vossas melhores ferramentas de observação e possibilidades de serviço à ferrugem do esquecimento.

Que a vossa curiosidade seja um marco útil na estrada da sabedoria. Continuai no vosso esforço lembrando que se viestes hoje bater à porta do Mais Além, o Mais Além respondendo vem bater igualmente às vossas portas.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Escrínio de luz
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MENSAGEM DO ESE:

Não vos afadigueis pela posse do ouro

Não vos afadigueis por possuir ouro, ou prata, ou qualquer outra moeda em vossos bolsos. — Não prepareis saco para a viagem, nem dois fatos, nem calçados, nem cajados, porquanto aquele que trabalha merece sustentado.

Ao entrardes em qualquer cidade ou aldeia, procurai saber quem é digno de vos hospedar e ficai na sua casa até que partais de novo. — Entrando na casa, saudai-a assim: Que a paz seja nesta casa. Se a casa for digna disso, a vossa paz virá sobre ela; se não o for, a vossa paz voltará para vós.
Quando alguém não vos queira receber, nem escutar, sacudi, ao sairdes dessa casa ou cidade, a poeira dos vossos pés. — Digo-vos, em verdade: no dia do juízo, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade. (S. MATEUS, cap. X, vv. 9 a 15.)

Naquela época, nada tinham de estranhável essas palavras que Jesus dirigiu a seus apóstolos, quando os mandou, pela primeira vez, anunciar a boa-nova. Estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajor encontrava sempre acolhida na tenda. Mas, então, os viajantes eram raros. Entre os povos modernos, o desenvolvimento da circulação houve de criar costumes novos. Os dos tempos antigos somente se conservam em países longínquos, onde ainda não penetrou o grande movimento. Se Jesus voltasse hoje, já não poderia dizer a seus aposto-los: “Ponde-vos a caminho sem provisões.”

A par do sentido próprio, essas palavras guardam um sentido moral muito profundo. Proferindo-as, ensinava Jesus a seus discípulos que confiassem na Providência. Ao demais, eles, nada tendo, não despertariam a cobiça nos que os recebessem. Era um meio de distinguirem dos egoístas os caridosos. Por isso foi que lhes disse: “Procurai saber quem é digno de vos hospedar” ou: quem é bastante humano para agasalhar o viajante que não tem com que pagar, porquanto esses são dignos de escutar as vossas palavras; pela caridade deles é que os reconhecereis.

Quanto aos que não os quisessem receber, nem ouvir, recomendou ele porventura aos apóstolos que os amaldiçoassem, que se lhes impusessem, que usassem de violência e de constrangimento para os converterem? Não; mandou, pura e simplesmente, que se fossem embora, à procura de pessoas de boa vontade.

O mesmo diz hoje o Espiritismo a seus adeptos: não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensem como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranqüilos os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora, o céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 9 a 11.)

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O Bem, sempre!


Quando assumas resoluções superiores e te poupes a loucura do desequilíbrio, serás visitado por pessoas que te buscarão convencer de que estás equivocado.

Insiste nos teus propósitos sadios e não lhes dês ouvidos.

Ao tombares, são poucas as mãos que tentarão erguer-te.

Nunca falta quem empurre, mais, o caído no fosso do desespero.

Infelizmente, são ainda escassos os indivíduos que estão dispostos a ajudar desinteressadamente, enquanto se multiplica o número daqueles que se comprazem infelicitando.

Segue adiante no Bem e o Bem te fará um grande bem.
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FRANCO, Divaldo Pereira. 
Obra: Vida Feliz.
 Pelo Espírito Joanna de Ângelis

Um comentário:

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