quarta-feira, 20 de setembro de 2017

CARIDADE SEMANAL



"Pelo menos uma vez por semana, envolve-te com os teus familiares em alguma tarefa assistencial.

A bondade se ensina através do exemplo.

A necessidade alheia, vista de perto, nos faz melhor enxergarmos os recursos com que temos sido abençoados.

Se não te é possível um compromisso cotidiano com a caridade, consagra a ela alguns minutos do tempo que te sobra em cada final de semana.

Com pouco mais de quinze minutos, visitarás o doente no hospital ou irás à periferia para levares o teu farnel de generosidade.

A tua ação no bem, por menor que seja, atrairá vibrações positivas para a tua vida.

Não consintas que o teu reduto doméstico se transforme em fortaleza de egoísmo.

Não vivas entrincheirado na indiferença e no comodismo.

Se os teus familiares percebem que te importas com os outros, haverão de escutar-te com maior atenção, sem duvidarem do que dizes.

Um minuto de caridade é fonte de incontáveis alegrias."
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Irmão José
Carlos Baccelli
Teu Lar 





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MENSAGEM DO ESE:

Bem-aventurados os que têm fechados os olhos (1)

Meus bons amigos, para que me chamastes? Terá sido para que eu imponha as mãos sobre a pobre sofredora que está aqui e a cure? Ah! que sofrimento, bom Deus! Ela perdeu a vista e as trevas a envolveram. Pobre filha! Que ore e espere. Não sei fazer milagres, eu, sem que Deus o queira. Todas as curas que tenho podido obter e que vos foram assinaladas não as atribuais senão àquele que é o Pai de todos nós. Nas vossas aflições, volvei sempre para o céu o olhar e dizei do fundo do coração: “Meu Pai, cura-me, mas faze que minha alma enferma se cure antes que o meu corpo; que a minha carne seja castigada, se necessário, para que minha alma se eleve ao teu seio, com a brancura que possuía quando a criaste.” Após essa prece, meus amigos, que o bom Deus ouvirá sempre, dadas vos serão a força e a coragem e, quiçá, também a cura que apenas timidamente pedistes, em recompensa da vossa abnegação.
Contudo, uma vez que aqui me acho, numa assembléia onde principalmente se trata de estudos, dir-vos-ei que os que são privados da vista deveriam considerar-se os bem-aventurados da expiação. Lembrai-vos de que o Cristo disse convir que arrancásseis o vosso olho se fosse mau, e que mais valeria lançá-lo ao fogo, do que deixar se tornasse causa da vossa condenação. Ah! quantos há no mundo que um dia, nas trevas, maldirão o terem visto a luz! Oh! sim, como são felizes os que, por expiação, vêm a ser atingidos na vista! Os olhos não lhes serão causa de escândalo e de queda; podem viver inteiramente da vida das almas; podem ver mais do que vós que tendes límpida a visão!... Quando Deus me permite descerrar as pálpebras a algum desses pobres sofredores e lhes restituir a luz, digo a mim mesmo: Alma querida, por que não conheces todas as delicias do Espírito que vive de contemplação e de amor? Não pedirias, então, que se te concedesse ver imagens menos puras e menos suaves, do que as que te é dado entrever na tua cegueira! 
Oh! bem-aventurado o cego que quer viver com Deus. Mais ditoso do que vós que aqui estais, ele sente a felicidade, toca-a, vê as almas e pode alçar-se com elas às esferas espirituais que nem mesmo os predestinados da Terra logram divisar. Abertos, os olhos estão sempre prontos a causar a falência da alma; fechados, estão prontos sempre, ao contrário, a fazê-la subir para Deus. Crede-me, bons e caros amigos, a cegueira dos olhos é, muitas vezes, a verdadeira luz do coração, ao passo que a vista é, com freqüência, o anjo tenebroso que conduz à morte.
Agora, algumas palavras dirigidas a ti, minha pobre sofredora. Espera e tem ânimo! Se eu te dissesse: Minha filha, teus olhos vão abrir-se, quão jubilosa te sentirias! Mas, quem sabe se esse júbilo não ocasionaria a tua perda! Confia no bom Deus, que fez a ventura e permite a tristeza. Farei tudo o que me for consentido a teu favor; mas, a teu turno, ora e, ainda mais, pensa em tudo quanto acabo de te dizer.
Antes que me vá, recebei todos vós, que aqui vos achais reunidos, a minha bênção. — Vianney, cura d'Ars. (Paris, 1863.)

(1) Esta comunicação foi dada com relação a uma pessoa cega, a cujo favor se evocara o Espírito de J. B. Vianney, cura d’Ars.

(2) Quando uma aflição não é conseqüência dos atos da vida presente, deve-se-lhe buscar a causa numa vida anterior. Tudo aquilo a que se dá o nome de caprichos da sorte mais não é do que efeito da justiça de Deus, que não inflige punições arbitrárias pois quer que a pena esteja sempre em correlação com a falta. Se, por sua bondade, lançou um véu sobre os nossos atos passados, por outro lado nos aponta o caminho, dizendo: “Quem matou à espada, pela espada perecerá”, palavras que se podem traduzir assim: “A criatura é sempre punida por aquilo em que pecou.” Se, portanto, alguém sofre o tormento da perda da vista, é que esta lhe foi causa de queda. Talvez tenha sido também causa de que outro perdesse a vista; de que alguém haja perdido a vista em conseqüência do excesso de trabalho que aquele lhe impôs, ou de maus-tratos, de falta de cuidados, etc. Nesse caso, passa ele pela pena de talião. É possível que ele próprio, tomado de arrependimento, haja escolhido essa expiação, aplicando a si estas palavras de Jesus: “Se o teu olho for motivo de escândalo, arranca-o.”

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VIII, itens 20 e 21.)
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CAUTELA E CORAGEM


(...) Procurai melhor a verdade e a encontrareis. Sede cauteloso com a falsidade, nunca, porém, cheio de medo supersticioso. Quando percorreis algum caminho nas montanhas, vossos sentidos estão duplamente atentos; tendes o cuidado de pisar em terreno firme e de evitar os passos em falso. Dais, não obstante, mais atenção ao que é positivo do que ao que é negativo. E ainda bem que o fazeis, pois, do contrário, muito vagarosa seria a vossa jornada. Caminhai sempre assim, que não escorregareis; avançai também sem medo, pois os que temem são justamente os que perdem o equilíbrio, sendo as mais das vezes vítimas de desastres.
Deus seja convosco, amigo; e a Sua Presença aqui é gloriosa e brilha através das brumas que envolvem a Terra. Sua irradiação pode ser vista por todos, exceto pelos cegos de espírito, porque estes não querem ver.
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Livro: A Vida Além do Véu – As Regiões Inferiores do Céu (Mensagens Espíritas
Recebidas e Escritas Pelo Rev. G. Vale Owen, Vigário de Orford, Lancashire)
Rev. G. Vale Owen
FEB – Federação Espírita Brasileira

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