Narra uma velha lenda que Deus, após o magnífico feito da Criação, visitou o Planeta azul.
Era um dia de verão.
O sol iluminava a natureza, traduzindo em beleza luzes, cores, perfumes e encantamentos.
A brisa perfumada passava entre a folhagem das árvores, acariciando-as.
As águas cantavam nos córregos, abundavam nos rios, atropelavam-se para despencar das alturas, em cascatas de tirar o fôlego.
As aves bailavam nos ares, repousavam em ramos altos, cantando operetas recém compostas.
As florestas exibiam sua imensa riqueza, na diversidade de espécies vegetais e animais.
Montes altaneiros pareciam, apenas, a tudo observar, mostrando suas encostas floridas ou os picos altíssimos.
E a Bondade Divina a tudo contemplava, jubilosa pela colaboração de tantos Espíritos que se lhe haviam associado à vontade para essa extraordinária produção.
Então, buscou a obra-prima da Sua Criação: o ser humano, que enviara ao Planeta tão amorosamente preparado para ele.
Foi encontrá-lo trabalhando o solo, com um instrumento rude.
O semblante marcado pelo cansaço e pelo suor.
Transmitia mal-estar e desencanto.
O trabalho lhe constituía desconforto inigualável, chegando quase a praguejar.
Deus contemplou aquele filho amado, sabendo que lhe cabia trabalhar para seu próprio crescimento.
No regato de água cristalina, ele tomou de um bolo de barro.
Enquanto continuava olhando o homem revoltado, foi moldando, com Suas mãos, uma avezita.
Era delicada e bela.
O Senhor do Mundo lhe abriu o bico e determinou:
Tu serás a calhandra.
Cantarás para que o ser humano se sinta feliz ao te escutar, espancando a tristeza e a revolta.
Lançou-a no ar e falou, com alegria: Canta!
Desde esse dia, quando o homem se aflige, recorda da calhandra.
Então, sorri e murmura uma melodia.
* * *
A vida é uma bênção de Deus.
Não importando as circunstâncias que nos envolvam, é sempre oportunidade de aprendizagem e evolução.
Existir significa lutar, conquistar o infinito, inebriar-se de valores grandiosos e de conquistas sucessivas.
Conseguir alcançar a vitória de viver, neste Planeta, é honra que, de forma alguma, deve ser desprezada ou desperdiçada.
Dessa forma, ante as dores que nos chegam, roguemos o auxílio divino, e prossigamos.
Ante os problemas que nos pareçam insolúveis, paremos um pouco, cheguemos à janela, contemplemos a paisagem, busquemos ouvir o canto da avezita.
Extasiemo-nos com a melodia, emocionemo-nos com esse especial mimo que Deus nos ofereceu.
E, gratos por respirarmos, gratos por usufruirmos de mais um dia no corpo físico, retornemos às nossas lides, enfrentando os desafios.
Não desistamos de viver.
Não nos permitamos esmorecer, desalentar.
Pensemos em quantos apreciariam estar no mundo, como nós, com a possibilidade de encontrar amigos que nos sustentam, de usufruir do aconchego da família.
A glória de viver.
Jamais desistamos dela.
Porque, por maiores sejam os problemas, lembremos de que tudo passa.
O que quer que estejamos sofrendo, passará.
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Redação do Momento Espírita, com base no artigo Suicídio, de Divaldo Pereira Franco, publicado na coluna Opinião, do jornal A Tarde, de Salvador, Bahia, em 8.9.2022.
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13 de fevereiro
Alimente-se da infinita fonte de poder e força interiores e você ficará surpreso com as coisas aparentemente sobrenaturais que começará a fazer, simplesmente porque você estará trabalhando pelas Minhas leis divinas.
Qualquer coisa pode acontecer, porque as Minhas leis são as chaves que abrem todas as portas e fazem com que tudo seja possível.
Reconheça-as como sendo Minhas leis e nunca deixe de agradecer por tê-las, e só as use para Minha honra e glória e para o benefício do todo.
Colocando corretamente as Minhas leis em prática, somente coisas maravilhosas irão acontecer e todos se beneficiarão.
O poder, usado corretamente e sob a Minha orientação, pode mudar o curso da história, criando um novo céu e uma nova terra.
Usado de maneira errada, só pode causar devastação e destruição.
Não se deve brincar com o poder, mas sim tratá-lo com grande respeito. EU SOU o poder.
Eu tenho toda a criação em Minhas mãos e você é parte do todo.
Una-se a ele e encontre nele o seu devido lugar.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
A verdadeira propriedade (II)
Os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado, não sendo o homem senão o usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente desses bens.
Tanto eles não constituem propriedade individual do homem, que Deus freqüentemente anula todas as previsões e a riqueza foge àquele que se julga com os melhores títulos para possuí-la.
Direis, porventura, que isso se compreende no tocante aos bens hereditários, porém, não relativamente aos que são adquiridos pelo trabalho. Sem dúvida alguma, se há riquezas legitimas, são estas últimas, quando honestamente conseguidas, porquanto uma propriedade só é legitimamente adquirida quando, da sua aquisição, não resulta dano para ninguém.
Contas serão pedidas até mesmo de um único ceitil mal ganho, isto é, com prejuízo de outrem. Mas, do fato de um homem dever a si próprio a riqueza que possua, seguir-se-á que, ao morrer, alguma vantagem lhe advenha desse fato? Não são amiúde inúteis as precauções que ele toma para transmiti-la a seus descendentes? Decerto, porquanto, se Deus não quiser que ela lhes vá ter às mãos, nada prevalecerá contra a sua vontade.
Poderá o homem usar e abusar de seus haveres durante a vida, sem ter de prestar contas? Não. Permitindo-lhe que a adquirisse, é possível haja Deus tido em vista recompensar-lhe, no curso da existência atual, os esforços, a coragem, a perseverança. Se, porém, ele somente os utilizou na satisfação dos seus sentidos ou do seu orgulho; se tais haveres se lhe tornaram causa de falência, melhor fora não os ter possuído, visto que perde de um lado o que ganhou do outro, anulando o mérito de seu trabalho. Quando deixar a Terra, Deus lhe dirá que já recebeu a sua recompensa.
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— M., Espírito protetor.
(Bruxelas, 1861.)
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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PRIVILÉGIO
Muitos companheiros perdem tempo e oportunidade de elevação espiritual declarando-se inabilitados para boas obras.
Fogem da oração, recusam preleções de natureza religiosa, evitam templos da fé ou afirmam-se demasiado imperfeitos para cogitar de assuntos e tarefas em ligação com o nome de Deus.
Entretanto, anotemos o contrassenso.
Nós, os espíritos encarnados e desencarnados, em evolução na Terra, não estamos procurando aprender a servir ao próximo porque tenhamos bastante maturidade para isso, mas justamente porque sem aprender a ciência da fraternidade, não alcançaremos a verdadeira condição humana por dentro da própria alma.
Não nos achamos na lavoura da beneficência porque já sejamos generosos, mas, unicamente para adquirir a prática da benemerência espontânea que ainda não possuímos.
Quem dissesse que nos situamos em serviço do Evangelho do Cristo por estarmos senhoreando a virtude, enganar-se-ia decerto, porque se lavrarmos nessa leira divina, é justamente para sulcar o próprio coração e cultivar em nós as sementes benditas do amor aos semelhantes.
Se alguém acreditar que retemos méritos para tratar com os ensinamentos do Senhor, não estaria admitindo a verdade porque os companheiros sinceros na construção do Bem não ignoram que as nossas atividades nesse particular entram em choque incessante com as nossas imperfeições e deficiências, para que estejamos incorporando, pouco a pouco, as qualidades cristãs à nossa própria vida.
Não estamos falando na grandeza e na misericórdia do Senhor porque já sejamos Bons e sim porque Deus é infinitamente Bom para conosco, permitindo-nos agir para conquistar finalmente a felicidade de sermos Bons e humildes na causa universal do Bem Eterno.
Expostas as nossas realidades autênticas, não digas que carregas imperfeições e defeitos, fraquezas e deficiências para deixar de servir, porque para melhorar-nos e educar-nos é que Deus nos concedeu o privilégio de trabalhar.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Momentos de ouro
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