quarta-feira, 3 de julho de 2013

Distâncias



Amigo,

Você é daqueles que antes de iniciarem qualquer empresa se inquietam com as distâncias e desanimam ao considerar o esforço a despender?

Se o é, siga-me nestas rápidas empresas e responda-me se já se preocupou em examinar alguma delas.

Entre a mentira e a infâmia, a distância é de um conceito.

Do aperitivo à embriaguez contumaz, a distância é o próximo cálice.

Do ódio à loucura, a distância é um grito.

Do ciúme ao crime, a distância é a circunstância.

Da cobiça ao roubo, a distância é a ocasião.

Da fraude à traição, a distância é o medo!

Da mágoa conservada à inimizade aviltante, a distância é a revolta surda.

Do receio cultivado ao pavor atormentante, a distância é o susto.

Da autodefesa injustificável à represália sanguinária, a distância é a própria exacerbação de ânimos.

Da maledicência discreta à difamação ultrajante, a distância é de poucas palavras.
 Mas do ódio ao amor a distância é, às vezes, constituída de penoso renascimento na carne, ao jugo de incoercível afeição.

E as distâncias dos vícios às virtudes são de algumas experiências no cadinho purificador através das reencarnações redentoras.

Diga-me agora em que situação você se encontra, e, considerando o programa que imprime à vida, pense com cuidado nessas distâncias a vencer, medite, vigie, ore e avance com Jesus.
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 Marco Prisco







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