Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.” (I João, 4:6.)
Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas:
• perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa;
• esquecendo o mal para construir o bem;
• amparando com sinceridade aos que nos aborrecem;
• cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam;
• olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos;
• guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração;
• perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem;
• negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos;
• carregando nossas dificuldades como dádivas celestes;
• recebendo adversários por instrutores;
• bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior;
• convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade;
• descortinando ensejos de servir em toda parte;
• compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados;
• amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa;
então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
MENSAGEM DO ESE:
A indulgência (II)
Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)
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