sexta-feira, 5 de junho de 2020

O que te pertence



A dor que te alcança é tua.

Ninguém a sofrerá por ti.
Os amigos se apiedarão, buscarão auxiliar-te, porém, o empenho estará cravado
nas carnes da tua alma.

Da mesma forma, a felicidade que
te chega, é tua.

Haverá riso e satisfação entre aqueles
que te amam, todavia, a sensação de júbilo
não a podes repartir com ninguém.

Isto posto, no sofrimento, não imponhas
amargura àqueles que te cercam,
conforme na alegria, não podes fazer que eles se sintam ditosos.
🌷🌼🌷🌼🌷
Joanna de Ângelis






MENSAGEM DO ESE:

Perdão das ofensas (II)

Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? Oh! ai daquele que diz: “Nunca perdoarei”, pois pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa, se não procedestes com toda a moderação necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tornardes merecedores da invectiva que lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido: quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no olvido? Se de vós dependia impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos dementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.
Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: “Eu lhe perdôo”, mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: “Perdôo” e acrescentam. “mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida.” Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. 

— Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 15.)
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PESSOAS DE TEMPERAMENTO DIFÍCIL


(...)


O caráter distintivo das pessoas é um produto complexo das influências do meio em que viveram desde os primeiros dias como bebê (em alguns casos, mesmo antes, no próprio ventre materno) somado às predisposições inatas (resultado de vidas pretéritas).


Ninguém escolhe ter um temperamento complicado intencionalmente. Quem buscaria, de propósito, edificar para si uma personalidade hipersensível, obsessivo-compulsiva, narcisista, possessivo-agressiva, super dependente, maníaco-depressiva, excessivamente ansiosa ou obcecada por detalhes?


Precisamos compreender e respeitar as dificuldades de mudança das criaturas. Mudar implica longo processo de “demolição / reconstrução”. Não se trata apenas de escutar certas regras de conduta, mas sim de desembaraçar-se de outras tantas acumuladas nas noites do tempo.


Portanto, com que direito decidimos o que está certo ou errado e impomos isso a alguém? Muitos de nós temos o hábito de dar “lições de moral” aos outros. Na vida, cabe-nos tão-só promover diálogos fraternos de ajuda mútua; encontros sinceros de alma para alma.
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Hammed
(Prefácio)
Livro: Conviver e Melhorar – Como Lidar Com os Encontros, Reencontros e Desencontros
Francisco do Espírito Santo Neto, pelos Espíritos Lourdes Catherine e Batuíra
Boa Nova Editora

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