terça-feira, 8 de junho de 2021

Não terias a ousadia


Se tivesses acesso ao teu passado de culpas, não censurarias ninguém.

Se pudesses prever o desatino que, a qualquer momento, és capaz de cometer, não te atreverias a julgar a quem fosse.

Se avaliasses bem as tuas inclinações negativas, viverias vom justificado receio de ceder ao assédio delas e exteriorizá-las, de inesperado.

Se considerasses que, na maioria das vezes, és comandado por emoções que não consegues controlar, pensarias demoradamente antes de emitir uma única opinião sobre determinado assunto.

Se percebesses as oscilações de tua personalidade, sempre em trânsito da luz para as sombra, tratarias de ser mais humilde, combatendo sem tréguas as tuas imperfeições.

Se, enfim, procurasses viver com mais consciência de tuas muitas mazelas, não terias a ousadia de sequer efetuar insinuações maledicentes com que intentas prejudicar os teus semelhantes."
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Irmão José
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MENSAGEM DO ESE:

Destino da Terra e causas das misérias humanas

6. Admira-se de encontrar sobre a Terra tanta maldade e más paixões,
tantas misérias e enfermidades de toda a sorte, concluindo-se quão
deplorável é a espécie humana. Esse julgamento provém de um ponto de
vista limitado, e que dá uma falsa ideia do conjunto. É preciso considerar
que, na Terra, não se encontra toda a Humanidade, mas apenas uma
pequena fração dela. Na verdade, a espécie humana compreende todos os
seres dotados de razão que povoam os inumeráveis mundos do Universo.
Ora, o que é a população da Terra diante da população total desses mundos?
Bem menos que a de um vilarejo em relação à de um grande império. A
condição material e moral da Humanidade terrena nada tem de espantosa,
se pensarmos nos destinos da Terra e na natureza de sua população.


7. Faríamos uma ideia bem falsa dos habitantes de uma grande
cidade, se a julgássemos pela população dos bairros mais pobres e
sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados. Numa prisão,
vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres,
a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Do mesmo
modo, se considerarmos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma
penitenciária, um pantanal – pois ela é, muitas vezes, tudo isso a um só
tempo – compreenderemos porque as aflições sobrepujam os prazeres,
pois não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de
correção aqueles que não cometeram crimes, porque nem os hospitais
nem as casas de correção são lugares prazerosos. Assim como, numa
cidade, toda a população não está nos hospitais ou nas prisões, assim
toda a Humanidade não se encontra na Terra. Da mesma forma como
saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando a pena
é cumprida, o homem deixa a Terra para mundos mais felizes, quando
cura de suas enfermidades morais.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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Tempos Novos



Alma querida, escuta!…

Um mundo diferente, às súbitas, se eleva

Do presente ao porvir… E, quase gênio alado,

O Homem percorre o Espaço e vence a força e a treva!…

O cérebro exalça ao sol da inteligência

E tateia o Universo, entre surpreso e aflito.

Deus permite às nações congregadas na Terra

Mais um passo de luz à frente do Infinito.

Mas, ouve e pensa!… Enquanto

O fórceps da Ciência arranca a Nova Era

Ao claustro do passado, ante a glória futura,

A construção do Amor anseia, sonha, espera…

Civilização refulge nas vanguardas,

Varre os pisos do Mar, ganha os vales da Lua;

No entanto, em toda a Terra, o sofrimento avança,

A discórdia se alastra, o ódio continua…

Louvemos com respeito a ideia resplendente

Que exalta a Evolução nos áureos tempos novos;

Atendamos, porém, à fé que nos convida

A resguardar, em paz, a elevação dos povos.

Ao choque das paixões, Cristo ressurge e fala!…

— É a Verdade, o Roteiro, a Direção Segura,

E chama-nos, de volta, à estrada redentora,

Na pessoa do irmão que a sombra desfigura!

Espalhemos os bens que o Senhor nos empresta

Do tesouro imortal de nossa excelsa herança:

Auxílio, compreensão, beneficência, apoio,

Refúgio, compaixão, alegria, esperança!…

Onde a penúria chora e a revolta esbraveja,

Onde o mal se amontoa e a aflição nos espia,

Conduzamos o pão, a veste, a luz, o amparo,

O verbo que restaura, a bênção que alivia…

Alma querida, escuta!… O progresso, por vezes,

Lembra granizo e fogo, em tormentas no ar!…

Mas Jesus vem conosco e nos pede a caminho:

Dar, entender, servir, recompor, trabalhar…
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Maria Dolores
Chico Xavier
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