A luz do conhecimento que já atingiste, pode ser estendida à sombra dos outros.
O dinheiro que ajuntaste, pode ser amparo à necessidade dos semelhantes.
A fé que possuir, pode ser refúgio aos que desfalecem.
A doença que sofres, pode ser motivo de paciência, a valer entre os seres queridos por
sustento moral.
A ofensa que recebeste, pode ser testemunho de humildade, confortando a todos
aqueles que te partilham a experiência.
A hora de que dispões, pode ser trabalho a favor do próximo.
A palavra que falas, pode ser auxilio na luta alheia.
A atitude que tomes, pode ser diretriz do levantamento da caridade.
Ah, meu irmão da Terra!
Toda situação pode ser apoio à vitória do Bem e todo serviço prestado ao Bem é
riqueza da alma, que malfeitores não furtam e que as traças não roem.
Escuta o relógio coração do tempo que te orienta o caminho – e o tempo, qual
mensageiro da Eterna Sabedoria, te revelará, por fim, que o seu tique-taque,
incessante e sempre novo tique-taque, é divino aviso da Vida, recomendando:
- Serve-serve, serve-serve!
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ALBINO TEIXEIRA
Chico Xavier
Obra: Ideal Espírita
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MENSAGEM DO ESE:
A cólera
O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? — Entregais-vos à cólera.
Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.
Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.
Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria,
praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!
Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs.
— Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 9.)
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A resposta da árvore
Certo pomicultor surpreendeu-se lamentando ao pé de grande laranjeira:
— E meus prejuízos? Meu dinheiro?!… Como recuperá-lo? Quem fará isso por mim?
Assombrado, notou que a árvore lhe respondeu:
— Até hoje, meu senhor, nunca soube quem me apanhou os frutos e me talou as flores, quem me decepou os ramos e levou para longe as minhas essências, mas sei que Alguém me renova todas as forças, auxiliando-me a produzir.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Bíblia do Caminho
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FALTA DE FÉ
Acolhei o fraco na fé sem querer discutir suas opiniões.
— Paulo - Romanos, 14:1
Não se deve julgar a criatura sem fé pelo padrão moral daquela que a possui, como não se pode considerar o enfermo à maneira de alguém que se encontre sem saúde porque assim o deseje. E assim como não se extingue a doença com pancadas e sim à custa de amparo e remédio, não se remove a descrença a preço de controvérsia e sim pelo concurso do amor e da educação.
Existem motivações diversas para a incredulidade, tanto quanto existem causas variadas para a moléstia.
Em toda parte onde se alinham seres humanos, encontramos aqueles irmãos que ainda se privam de mais amplo entendimento, no domínio das questões essencialmente espirituais:
- os que da infância à madureza tão somente estiveram no clima da mais profunda ignorância acerca dos assuntos da alma;
- os que se enredaram na inquietação, em face de compromissos inconfessáveis, e temem o contato com as realidades do Espírito;
- os que se apegam a preconceitos estéreis e fogem de incrementar no próprio ser o conhecimento da Vida Superior;
- os que sofrem processos obsessivos, temporariamente incapacitados para raciocinar com segurança em torno da orientação pessoal;
- os que caíram em extrema revolta ante as lides expiatórias que eles mesmos fizeram por merecer.
Quando te vejas defrontado pelos companheiros sem fé ou portadores de confiança ainda muito frágil, compadece-te deles e auxilia-os, quanto possas. Segundo a solicitação do apóstolo Paulo, saibamos acolhê-los ao calor da bondade, nunca ao fogo da discussão.
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Livro: O Evangelho por Emmanuel – Comentários às Cartas de Paulo
Francisco Cândido Xavier,
pelo Espírito Emmanuel,
coordenação de Saulo Cesar Ribeiro da Silva
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