segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Questionamentos



A que subiria o orgulho do homem, se ele não errasse?

 Como definir-lhe a prepotência, se, periodicamente, a dor não o fustigasse? 

Quem lhe toleraria a vaidade, se, com frequência, a sua fragilidade não o obrigasse a capitular?

Não habitasse um corpo repleto de mazelas, quem seria capaz de lhe suportar a arrogância?

Se jamais tropeçasse moralmente, como haveria de se compadecer dos que caem?

Se aqueles a quem mais ama não sofressem, como se importaria com aqueles aos quais não devota o menor afeto?

Se não conhecesse privações de ordem material, porquanto tempo se escravizaria ao sentimento de posse?

Se nunca experimentasse tristeza, como haveria de saber o que é a lágrima que rola na face de seus semelhantes?

Se não carecesse de perdão, quem o convenceria a perdoar?

Se a morte não o nivelasse ao chão, como aspiraria a ser mais do que pó?
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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Os três passos do autoconhecimento
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31 de janeiro

Eleve sua consciência e perceba que você não tem idade.

 Você é jovem como o tempo e velho como a eternidade.

 Vivendo pleno e gloriosamente o presente, você se manterá sempre jovem como o presente, você estará constantemente renascendo no Espírito e na verdade. 

Você não pode permanecer estático nesta vida espiritual, há sempre algo novo e excitante para se aprender e para fazer. 

Viver num estado de expectativa o mantém para sempre alerta e jovem. 

É quando a mente envelhece e perde a graça que a vida perde o brilho e o interesse. 

Quando sua mente não conseguir entender uma nova verdade, sente-se, aquiete-se e eleve sua consciência, sintonizando-se com a infinita Mente Universal, tornando-se um com ela e coMigo, e então você será capaz de compreender tudo.

 Mantenha sua mente alerta e você nunca irá envelhecer. 

A fonte da juventude é a sua consciência; a alegria de viver é o elixir da vida.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Bem-aventurados os aflitos. Justiça das aflições

Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. — Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. — Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.)

Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. — Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. — Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.)

Mas, ai de vós, ricos que tendes no mundo a vossa consolação. — Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 24 e 25.)

Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. É, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições?

Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 1 a 3.)

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Deus te pede


Não espere dos outros aplausos e elogios.

Busca, acima de tudo, a paz de consciência.

Nada vale por fora o que trazes por dentro.

Cumpre o próprio dever, ignorando o resto.

As maiores vitórias são as do mundo íntimo.

Deus te pede somente que faças o melhor.
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Irmão José
 Carlos Baccelli
Obra: Pão da alma
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Onde Deus ocultou a felicidade


Uma das coisas que mais o homem busca é a felicidade. E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes.

Esse é infeliz porque não tem dinheiro. Outro, porque lhe falta saúde, outro ainda, porque o amor partiu. Ou nem chegou.

Um reclama da solidão. Outro, da família numerosa que o atormenta com mil problemas.

Um terceiro aponta o excesso de trabalho. Aqueloutro, reclama da falta dele.

Alguém ama a chuva, o vento e o frio. Outro lamenta a estação invernosa que não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.

Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade. Afinal, onde será que Deus ocultou a felicidade?

Soberanamente sábio, Deus não colocou a felicidade no gozo dos prazeres carnais. Isso porque uma criatura precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.

Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra, não poderia encontrar a felicidade.

Amoroso e bom, o Pai também não colocou a felicidade na beleza do corpo. Porque ela é efêmera. Os anos passam, as estações se sucedem e a beleza física toma outra feição.

A pele aveludada, sem rugas, sem manchas, não resiste ao tempo. E os conceitos de beleza se modificam no suceder das gerações. O que ontem era exaltado, hoje não merece aplausos.

Também não a colocou na conquista dos louros humanos, porque tudo isso é igualmente transitório.
Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.

Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta.
Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar.

Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura. Brota da sua intimidade. Depende de seu interior.

Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu: “o reino dos céus está dentro de vós.”

Por isso, se faz viável a felicidade na terra. Goza-a o ser que não coloca condicionantes externas para a sua conquista.

É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame. É feliz porque pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido.

É feliz porque tem consciência de sua condição de filho de Deus, imortal, herdeiro do universo.

Não se atém a picuinhas, porque tem os olhos fixos nas estrelas, nos planetas que brilham no infinito.

Se tem família, é feliz porque tem pessoas para amar, guardar, amparar.

Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado.

Se tem saúde, utiliza os seus dias para construir o bem. Se a doença se apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado.

Nada de fora o perturba. Se as pessoas não o entendem, prossegue na sua lida, consciente de que cada qual tem direito a suas próprias idéias.

Se tem um teto, é feliz por poder abrigar a outro irmão, receber amigos. Se não o tem, vive com a dignidade de quem está consciente de que nada, em verdade, nos pertence.

Enfim, o homem feliz é aquele que sabe que a terra é somente um lugar de passagem.

Que sabe que veio de lugares distantes para cá e que, cessado o tempo, retornará a outras paragens, lares de conforto e escolas de luz.

Moradas do Pai, nesse infinito universo de Deus.

A verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma.
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Momento Espírita
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