segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Um dia sem reclamar



Que tal se um dia, um único dia, fizéssemos o propósito de não reclamar de coisa alguma? Será que conseguiríamos?

Desde que acordamos, somos tentados a reclamar. Afinal, o despertador toca exatamente no momento do nosso melhor sono e mais aconchegante sonho.

O trânsito lento vai provocar nossa chegada com atraso ao compromisso agendado.

O ônibus lotado, com pessoas apressadas entrando e saindo, quase nos enlouquece.

O tempo voa quando nossa agenda de atividades está lotada, não nos permitindo atender todas as tarefas.

Por outro lado, os ponteiros do relógio parecem parados, quando aguardamos que chegue o horário da festa, o momento do retorno de um amigo querido das suas férias.

A reclamação se tornou um hábito tão comum que nem percebemos o quanto reclamamos.

Como seria nosso dia se decidíssemos nos abster de críticas, de lamentos, de murmurações, de reclamações?

No lugar da queixa, um suspiro de aceitação. No lugar da reclamação, um pensamento de gratidão.

A gratidão é uma das maiores forças que podemos cultivar. Não é apenas dizer obrigado, mas reconhecer que, apesar dos desafios, sempre há algo de bom acontecendo. Sempre há uma luz acesa, mesmo em meio à noite mais escura.

Diante de tantas influências ao nosso redor, que tal nos inspirarmos naquele que nunca reclamou, mesmo pregado à cruz?

Ante a traição de Judas, a negação de Pedro, a incompreensão dos discípulos, a dor física da flagelação e da crucificação, Jesus manteve silêncio, resignação no atendimento integral da Sua missão.

Ele expressou Sua dor, ao ponto de suar sangue, na antevisão de Seu flagício e morte, no Horto das Oliveiras. Mas não reclamou dos amigos que O deixaram a sós, embora houvesse pedido que orassem com Ele.

Esse exemplo nos convida a escolher o caminho da gratidão, da aceitação e da fé, até nos momentos mais difíceis.

Proponhamo-nos a reclamar menos, a agradecer mais. A gratidão é o solo fértil onde floresce a esperança.

Ela nos lembra que o corpo que sentimos cansado é o mesmo que nos permite trabalhar. Que a fila que nos atrasa é a chance de exercitar a paciência. Que a dificuldade do dia é o empurrão da vida rumo ao crescimento.

Quando optamos por agradecer, passamos a perceber os pequenos milagres: o sol que aquece a manhã, a chuva que irriga o solo, o alimento que nutre o corpo, o olhar amigo que consola, a música que acalma, a oração que conforta.

E até os problemas - sim, até eles - podem ser vistos como mestres de nossas horas.

Experimentemos, hoje, fazer esse exercício: um dia sem reclamar.

Se surgir um pensamento de crítica, respiremos e busquemos algo pelo qual agradecer.

Se surgir a vontade de nos queixarmos, silenciemos. E digamos: Sou grato por estar aqui, por viver, aprender e crescer.

A gratidão é a memória do coração. Lembremos de agradecer, mesmo quando tudo parecer difícil, mesmo quando a vida não for exatamente como queremos.

Com toda certeza, ela sempre será como precisamos.

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Redação do Momento Espírita
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15 de dezembro

A faísca divina está no interior de cada indivíduo mas, em muitas almas, precisa ser trazida à tona e abanada para que possa se transformar em chama.

Desperte de sua preguiça, reconheça a divindade dentro de você, alimente-a e permita que ela cresça e floresça.

A semente deve ser plantada na terra antes que possa desabrochar; ela tem dentro de si um potencial adormecido que precisa de condições favoráveis para crescer e se desenvolver.

Você tem dentro de si o reino dos céus, mas ele não será revelado se você não acordar e começar a procurar por ele.

Existem muitas almas nesta vida que não acordam para esta realidade e elas são como sementes guardadas num pacote.

Você precisa querer soltar as amarras para ser livre.

E quando este desejo surgir, você será ajudado de todas as maneiras possíveis.

Mas o desejo deve primeiro surgir em você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Reconciliação com os adversários

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. — Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)

Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.

O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade.

Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 5 e 6.)
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Renúncia 


O preço que o homem paga por renunciar aos seus desejos não é maior do que o que lhe é cobrado por satisfazê-los.

Se nega ao homem a obtenção do prazer imediato, a renúncia lhe proporciona felicidade mais duradoura.

Renunciar ao que se quer é a maneira de obter o que se deseja, sem violência ou precipitação.

A renúncia voluntária é apanágio dos santos e heróis que lograram superar a sua própria humanidade.

Sobre a fronte de quem renuncia, reluz a tiara espiritual de indiscutíveis méritos.

Quando se pronunciar a palavra “renúncia”, não nos esqueçamos de que, no Dicionário da Vida, a única que lhe é sinônimo é a palavra “mãe”!

Quem mais teria renunciado no instante do Calvário: Jesus, que renunciava a ficar com sua Mãe na Terra, ou Maria que renunciava acompanhar o seu Filho ao Céu?!

Somente consegue abrir mão de si quem já adentrou na posse de si mesmo.

A dificuldade que o homem tem de renunciar é que o impede de ser feliz.

Renunciar a qualquer tipo de posse é igualmente renunciar à dor.

O que a Lei Divina concede ao homem que renuncia à satisfação pessoal excede em valor e grandeza o objeto de sua renúncia, seja ele qual for.

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Irmão José 
Carlos Baccelli 
Obra: Lições da Vida 

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Um comentário:

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