quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Emoções Perturbadoras


O homem que se candidata a uma existência feliz, tem a obrigação de vigiar as suas emoções perturbadoras, a fim de evitar-se desarmonias perfeitamente dispensáveis, na economia do seu processo de evolução.

As emoções perturbadoras decorrem do excesso de autoestima, do apego aos bens materiais e às pessoas, e do orgulho, entre outros fatores negativos.

O excesso de consideração que o indivíduo se concede, leva-o à irritação, ao ciúme, à agressividade, toda vez que os acontecimentos se dão diferentes do que ele espera e supõe merecer.

O apego responde-lhe pela instabilidade emocional, trabalhando-lhe a ganância, a soberba e a ilusão da posse, que concede a falsa impressão de situar-se acima do seu próximo.

O orgulho intoxica-o, levando-o à pressuposição de credenciado pela vida a ocupar uma situação privilegiada e ser alguém especial, merecedor de homenagens e honrarias, em detrimento dos demais.

Qualquer ocorrência que se apresente contraditória a esses engodos gerados pelo ego insano, e as emoções perturbadoras se lhe instalam, proporcionando desequilíbrios de largo porte, exceto se ele se resolve por digerir a situação e mudar de paisagem mental.

Superar tais emoções que têm raízes no seu passado espiritual, eis o grande desafio.

Assim, cumpre que ele envide todos os esforços para o auto-descobrimento e a aplicação das energias em combater a inferioridade que predomina em a sua natureza.
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Não há nada, a que o homem não se acostume com o tempo, afirma um velho brocardo popular.

A liberação das emoções perturbadoras é resultado dos hábitos insalubres de entregar-se-lhe sem resistência.

Tão comum se faz ao indivíduo a liberação dos instintos perniciosos geradores deles, que este se não dá conta do desequilíbrio em que vive.

Adaptando-se ao autocontrole, eliminará, a pouco e pouco, a explosão dessas emoções perturbadoras.

Mediante o pequeno código de conduta, torna-se fácil a assimilação de outros hábitos que são saudáveis e felicitam:

- considera a própria fragilidade que te não faz diferente das demais pessoas;

- observa o esforço do teu próximo e valoriza-o;

- treina a paciência ante as ocorrências desagradáveis;

- reflexiona quanto à transitoriedade da posse;

- medita sobre a necessidade de ser solitário;

- propõe-te a adaptação ao dever, por mais desagradável se te apresente;

- aprende a repartir, mesmo quando a escassez caracterizar as tuas horas. . .

Um treinamento íntimo criará novos condicionamentos que te ajudarão na formação de uma conduta ditosa e tranquila.
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Foram as emoções perturbadoras que levaram Pedro, temeroso, a negar o Amigo, e Judas, o ambicioso, a vendê-lo aos inimigos da Verdade.

O controle delas, sob a luz da humildade e da fé, proporcionou à humanidade o estoicismo de Estevão, a dedicação até o sacrifício de Paulo – que as venceram – e toda a saga de amor e grandeza do homem abnegado de todos os tempos.
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Joanna de Ângelis





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