Quanto mais se humilha a fonte nas profundezas do solo, mais recebe os fios d’água, transformando-se em grande rio.
Quanto mais se ajusta o combustível, mais se alastra o fogo devastador.
Quanto mais se demora o lodo no chão, mais se estende ao derredor.
Assim também, no campo de nossa vida moral, teremos sempre daquilo que produzimos.
Comfiemo-nos à leve sombra de tristeza e, a breve tempo, padeceremos infinito desânimo.
Fujamos à fraternidade e a solidão viverá conosco.
Rendamo-nos às tentações de rebeldia e a cólera explodirá, por dinamite invisível da morte, em nosso veículo de manifestação.
Neguemos entrada ao amor em nossa alma e o ódio cristalizar-se-á, violento, em nosso mundo íntimo.
Adiemos o nosso aprendizado para o futuro e, amanhã, nossa ignorância se fará mais pesada.
Fixemos os defeitos do próximo e acordaremos no espinheiro da maledicência.
Um gesto de simpatia convocará a solidariedade em nosso favor.
Estendamos a luz da boa vontade a alguém e o auxílio de minutos virá em nosso encontro.
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