sábado, 27 de junho de 2020

IGNORÂNCIA EM MASSA


A luz interior é um estado da alma. Muitos andam permanentemente em trevas. A ignorância é cultivada em massa, quando se evita o esclarecimento íntimo. Ante a grandeza da vida, poucos avançam para a lucidez espiritual, que produz a iluminação do ser.

A fase infantil da escalada humana rumo ao infinito ainda não foi superada por muitos. Como crianças na escola da vida, os homens ainda se ocupam com futilidades e brincam de viver. As questões efêmeras permanecem como centro de atenção, e poucos se esforçam por se tornar conscientes ou lúcidos no que se refere à realidade do Universo.

Alguns, que tentam superar os limites estreitos da fase infantil, começam a despertar a luz bruxuleante da consciência de humanidade. Mas, com as imposições da sociedade contemporânea, demoram-se demasiado na fase da adolescência espiritual.

Aí é que se manifestam os conflitos conscienciais e psicológicos, os traumas, medos e ansiedades que emergem do passado espiritual por imposição da lei do carma. O homem encontra-se dividido entre a possibilidade do crescimento espiritual e os apelos do mundo, produto de uma sociedade que submerge nas vagas da mendicância moral.

Aqueles que ousam desafiar o sistema e o estado de coisas reinante logram atingir a iluminação interior. Mas isso não se dá sem os conflitos que são gerados pelo avanço espiritual.

Paulo de Tarso classificou esse estado de conflito íntimo como sendo a batalha da lei do pecado e da morte contra a lei da vida, o homem velho e o homem novo.

Ninguém se engane quanto às condições em que se darão a ascese espiritual. Não há elevação sem lutas, e luz alguma se acende sem incomodar as trevas.

É preciso fazer luz na escuridão de todas as almas que ainda se mantém prisioneiras do passado sombrio. A luz verdadeira é iluminação da consciência e a sensibilização do coração, que produz o equilíbrio íntimo.
🌷🙏🌷
Livro: Serenidade – Uma Terapia Para a Alma
Robson Pinheiro, pelo Espírito Alex Zarthú
Casa dos Espíritos Editora 




MENSAGEM DO ESE:

Parábola do mau rico

Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. — Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, — que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.
Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. — Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio — e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, — onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. — Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. — Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. — Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. 
🌷🙏🌷
(S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 5.)

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