quarta-feira, 24 de junho de 2020

Exercício de reaproximação: Vaso de cristal


Determinados nós cármicos não se desfazem facilmente... 

Precisamos ter calma, para não apertá-los ainda mais! 

A precipitação pode complicar, a ansiedade, a falta de compreensão. 

Precisamos lidar com certas provas afetivas como se lidássemos com um vaso de cristal... 

Não raro, o problema é complexo e pede mais tempo em sua solução. 

Com bondade no coração, podemos ir sensibilizando os espíritos envolvidos – eles se compadecerão de nós e suavizarão os seus métodos de cobrança, concordando em “parcelar a dívida”. 

Que vamos fazer?

Ninguém muda de uma hora para outra, nem nós e nem os outros. 

Transpor abismos exige a construção de uma ponte... 

Saltar sobre os obstáculos não significa removê-los. 

Então, somente através da generosidade conseguiremos abrir portas que nós mesmos fechamos... 

Às vezes, não conseguimos abraçar, mas podemos sorrir. 

A gente ama também com os olhos...

O zelo é amor, o interesse, a proteção. 

Os corpos nem sempre precisam se tocar. 

Cada qual expressa afeto conforme pode. Um ótimo exercício de reaproximação é começar conversando... 

Mas nada de ficar remoendo o passado!
🌼🌷🌼
Livro: Doutrina Viva
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Francisco Cândido Xavier
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier 




MENSAGEM DO ESE:
A indulgência (II)

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
🌼🌷🌼
 — João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)



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