Visitamos o Chico [Xavier] e, enquanto conversávamos, uma de minhas irmãs conseguiu anotar o que aqui transcrevo:
"O povo subestima o poder das trevas e elas vão entrando. Os espíritos das trevas têm uma hierarquia quase perfeita. Eles me criaram todos os tipos de dificuldades possíveis e imagináveis para que eu parasse a mediunidade. Certa vez o Espírito Emmanuel me disse: você será testado de todo o jeito.
Penso muito, antes de sair de casa, porque nunca sei o que vai acontecer. Muitas vezes eles improvisam na hora. Parece que ficam esperando eu dar um tropeção para acabar de me empurrar.
Certo dia levei um tombo. Caí de costas, batendo fortemente a cabeça. Quando ia querer reclamar, ouvi o Espírito Emmanuel dizer-me:
— Agradeça.
— Como??
— Agradeça.
Ainda no chão, procurei elevar um pouco a voz e disse:
— Obrigado, meus irmãos, muito obrigado.
No caminho de volta para casa, perguntei ao Espírito Emmanuel:
— Por que o senhor me disse para agradecer?
— Porque se você se irritasse, emitiria vibrações quase iguais às deles e eles ficariam com mais força".
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Livro: Kardec Prossegue
Adelino da Silveira
CEU – Cultura Espírita União
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Nota de Fernando Peron (maio de 2011):
(*) No Espiritismo, o termo trevas não tem a conotação mística empregada pelas religiões, piorada também por influência do cinema (filmes de terror). Trevas significa o conjunto dos espíritos ignorantes ou mesmo muito inteligentes, porém ainda voltados ao mal. É uma condição necessariamente transitória, já que todos eles, sem exceção, um dia compreenderão o equívoco e a perda de tempo, começando a fazer o caminho de volta, em direção à luz, isto é, ao bem, à evolução.
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MENSAGEM DO ESE:
Preservar-se da avareza
Então, no meia do turba, um homem lhe disse: Mestre, dize a meu irmão que divida comigo a herança que nos tocou. — Jesus lhe disse: Ó homem! quem me designou para vos julgar, ou para fazer as vossas partilhas? — E acrescentou: Tende o cuidado de preservar-vos de toda a avareza, seja qual for a abundância em que o homem se encontre, sua vida não depende dos bens que ele possua.
Disse-lhes a seguir esta parábola: Havia um rico homem cujas terras tinham produzido extraordinariamente — e que se entretinha a pensar consigo mesmo, assim: Que hei de fazer, pois já não tenho lugar onde possa encerrar tudo o que vou colher? — Aqui está, disse, o que farei: Demolirei os meus celeiros e construirei outros maiores, onde porei toda a minha colheita e todos os meus bens. — E direi a minha alma: Minha alma, tens de reserva muitos bens para longos anos; repousa, come, bebe, goza. Mas, Deus, ao mesmo tempo, disse ao homem: Que insensato és! Esta noite mesmo tomar-te-ão a alma; para que servirá o que acumulaste?
É o que acontece àquele que acumula tesouros para si próprio e que não é rico diante de Deus. (S. LUCAS, cap. XII, vv. 13 a 21.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 3.)
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LUZ INTERIOR
Não perguntes demais
O que queres saber.
A Verdade prescinde
Do excesso de palavras.
Trabalha e ausculta a Vida
No silêncio das horas.
Todo conhecimento
É luz interior.
O sábio não consegue
Dizer tudo que sente.
Conhece-te e terás
As respostas que buscas.
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Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
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NO SUSTENTO DA PAZ
Tende para com eles amor especial, por causa do seu trabalho. Vivei em paz uns com os outros.
— Paulo I Tessalonicenses, 5:13
Costumamos referir-nos à guerra, qual se ela fosse um fenômeno de teratologia política, exclusivamente atribuível aos desmandos de ditadores cruéis, quando todos somos intimados pela vida ao sustento da paz.
Todos agimos uns sobre os outros e, ainda que a nossa influência pessoal se nos figure insignificante, ela não é menos viva na preservação da harmonia geral.
A floresta é um espetáculo imponente da natureza, mas não se agigantou sem o concurso de sementes pequeninas.
Nossa deficiência de análise, quanto à contribuição individual no equilíbrio comum, nasce, via de regra, da aflição doentia com que aguardamos ansiosamente os resultados de nossas ações, sequiosos de destaque pessoal no imediatismo da Terra; isso faz com que procedamos à maneira de alguém que se decidisse a levantar uma casa com total menosprezo pelas pedras, tijolos, parafusos e vigas, aparentemente sem importância, quando isoladamente considerados, mas indispensáveis à construção.
Habituamo-nos, frequentemente, a maldizer o irmão que se fez delinquente, com absoluta descaridade para com a debilitação de caráter a que chegou, depois de longo processo obsessivo que lhe corroeu a resistência moral, quase sempre após fugirmos da providência fraterna ou da simples conversação esclarecedora, capazes de induzi-lo à vitória sobre as tentações que o levaram à falta consumada.
Lideramos reclamações contra o estridor de buzinas na via pública e não nos pejamos das maneiras violentas que abalam os nervos de quem nos ouve.
Todos somos chamados à edificação da paz que, aliás, prescinde de qualquer impulso vinculado às atividades de guerra e que, paradoxalmente, depende de nossa luta por melhorar-nos e educar-nos, de vez que paz não é inércia e sim esforço, devotamento, trabalho e vigilância incessantes a serviço do bem.
Nenhum de nós está dispensado de auxiliar-lhe a defesa e a sustentação, porquanto, muitas vezes, a tranquilidade coletiva jaz suspensa de um minuto de tolerância, de um gesto, de uma frase, de um olhar…
Não te digas, pois, inabilitado a contribuir na paz do mundo. Se não admites o poder e o valor dos recursos chamados menores no engrandecimento da vida, faze um palácio diante de vigorosa central elétrica e procura dotá-lo de luz e força sem a tomada.
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Livro: O Evangelho por Emmanuel – Comentários às Cartas de Paulo
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel,
coordenação de Saulo Cesar Ribeiro da Silva
FEB – Federação Espírita Brasileira
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