segunda-feira, 26 de julho de 2021

Os minutos de Deus



 Se é imperioso reconhecer a nossa obrigação de dar a César o que é de César, somos constrangidos a observar que a experiência material reclama excessivamente da criatura.

 O homem, quando integrado em suas funções habituais, é convidado a obrigações mil cada dia.

 Preocupações, ansiedades, exigências e ilusões obscurecem a visão da alma encarnada que, pouco a pouco, quase sempre, desce devagar ao abismo largo da tristeza e do desencanto, quando não dispõe dos recursos da fé.

 Isso, contudo, acontece vulgarmente porque raros são os homens que se lembram dos minutos de Deus, no círculo das horas.

 Não nos esqueçamos de que o poder humano, seja qual for a sua origem, procede do Eterno Pai, e, se é justo pagar os tributos que nos competem na Esfera densa quando nos envolvemos nos fluidos carnais, ninguém está impedido de libertar-se, em espírito, a fim de procurar o Senhor e fruir-lhe a bondade infinita.

Inicia a tua obra de autolibertação, concedendo alguns instantes ao Criador em suas criaturas e em suas edificações, cada dia, distribuindo algo de ti mesmo em amor, em generosidade, em paz, cooperação, bom ânimo e alegria e observarás que o espaço e o tempo do Senhor, em tua vida, crescerão gradativamente, exonerando-te de pesados impostos para com a experiência comum.

 Entrega a César o que a ele pertence, mas não olvides as obrigações que nos ligam ao Céu, porque, assim, nos adiantaremos para o Alto, confiando os nossos melhores sentimentos ao culto da fraternidade, com trabalho espontâneo a benefício dos nossos semelhantes, em toda parte.

 Ninguém permanece inibido de cultivar a verdadeira felicidade, que somente floresce e frutifica no santuário do coração.

 Consagremos, pois, a Deus, os minutos de bondade e harmonia que devemos improvisar em Seu Nome, em favor da comunidade, dentro da qual evoluímos na luta cotidiana, e o Senhor, em sua magnanimidade imensurável, nos entregará a Eternidade com libertação imperecível.
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Emmanuel
Chico Xavier
O Evangelho por Emmanuel — Volume II
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MENSAGEM DO ESE:

Injúrias e violências

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, cap. V, v. 4.)

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v. 9.)
Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. — Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22.)

Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.

Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.

Mas, que queria Jesus dizer por estas palavras: “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do céu?

Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que ele lhe recomenda é que não ligue a estes últimos mais importância do que aos primeiros.

Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, itens 1 a 5.)

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Questões a Meditar


Você dominará sempre as palavras que não disse, entretanto, se subordinará àquelas que pronuncie.
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Zele pela tranqüilidade de sua consciência, sem descurar de sua apresentação exterior.
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No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: "há homens que cavam a sepultura com a própria boca".
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Tanto quanto possível, em qualquer obrigação a cumprir, esteja presente, pelo menos dez minutos antes, no lugar do compromisso a que você deve atender.
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A inação entorpece qualquer faculdade.
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O sorriso espontâneo é uma bênção atraindo outras bênçãos.
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Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.
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Cada pessoa a quem você preste auxílio, é mais uma chave na solução de seus problemas.
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É natural que você faça invejosos, mas não inimigos.
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Cada boa ação que você pratica, é uma luz que você acende, em torno dos próprios passos.
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Quem fala menos ouve melhor, e quem ouve melhor aprende mais.
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XAVIER, Francisco Cândido. Sinal Verde. Pelo Espírito André Luiz. CEC. Capítulo 39.

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