domingo, 12 de setembro de 2021

Paciência antes da crise


O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.

De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.

A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.
O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...

Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbrios que a paciência pode evitar.

Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.

Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.

Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.
* * *
Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.

Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.

Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.

Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.

A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.

O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.

É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.

O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.
* * *
Você já se propôs a ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida, alguma vez?
É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.

Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.

Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém, a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.
Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 10, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 08-08-2021
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MENSAGEM DO ESE:

Bem-aventurados os aflitos. Justiça das aflições


Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. — Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. — Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.)


Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. — Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. — Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.)


Mas, ai de vós, ricos que tendes no mundo a vossa consolação. — Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 24 e 25.)


Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. É, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições? Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 1 a 3.)

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OPINIÕES DIVERGENTES


Cada qual, sendo uma criação originalíssima de Deus, não é de estranhar a divergência de opiniões entre as pessoas.

O importante para a paz é que se concorde no essencial.

Não inibas a independência psicológica daqueles com os quais foste chamado a viver, impondo-lhes as tuas idéias.

Exulta com o crescimento intelectual dos que te rodeiam e não lhes cerceies a liberdade de expressão.
A sabedoria está mais em saber ouvir do que em falar.

A razão nunca está ao lado de quem agride verbalmente o seu interlocutor.

Somente da interpretação que cada um te oferece da Verdade é que te será possível compreendê-la integralmente.

Assim, por mais simplória te pareça, jamais desconsideres a opinião de quem quer que seja.

No Evangelho, o Senhor rende graças ao Pai por ter ocultado certas coisas aos doutos e aos sábios e as revelado aos pequeninos.

Às vezes, pela voz de quem habitualmente desconsideras a opinião, o Céu te faz chegar aos ouvidos as mais preciosas advertências."
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Teu Lar - Irmão José
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Dependência 


Não dependamos emocionalmente de ninguém.

Todos somos interdependentes, no entanto cada qual tem o direito de efetuar as suas próprias escolhas.

Quem depende psiquicamente de uma outra pessoa para viver está doente, reclamando, por isto mesmo, inadiável tratamento.

Não escravizemos ninguém às nossas ideias e ao nosso modo de ser, tanto quanto não nos permitamos nos escravizar, a ponto de nos anularmos em nossa própria vontade.

Todo excesso no campo afetivo, a pretexto de amor, é simples posse, paixão disfarçada gerando desequilíbrio.

O pensamento fixo que nos ocupa a cabeça é sinal evidente de que algo não está bem conosco e carecemos de reconhecer isto, se não quisermos nos precipitar em abismos de maiores sofrimentos.

Ninguém deve entregar-se totalmente a alguém, a não ser a Deus!

Todos somos afetivamente carentes, mas não nos prevaleçamos disto para inspirar piedade a nosso respeito ou realizar chantagens emocionais.

Quem se doa aos outros, sem pensar em si, receberá de volta o que necessita na medida exata do que houver cedido.

Embora as nossas ligações cármicas, saibamos que não somos de todo insubstituíveis no carinho de quem quer que seja.

Sempre ser-nos-á possível encontrar alguém na estrada do destino que, não sendo necessariamente quem imaginamos, poderá nos surpreender como o agente da felicidade que esperamos.
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Irmão José
Carlos Baccelli


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