sábado, 5 de março de 2022

Prece e obsessão



A Providência Divina, pelas providências humanas, sustenta o amparo indiscriminado a todas as criaturas, mas estatui a reciprocidade em todos os processos de ação pelos quais a bondade da vida se manifesta.

Comparemos a prece e a obsessão ao anseio de saber e ao tormento da ignorância.

O professor esclarece o discípulo mas não lhe dispensa a aplicação direta ao ensino. E se o aluno é surdo-mudo, mesmo assim, para instruir-se, é obrigado a concentrar muitas das possibilidades da visão e da audição nas sutilezas do tato, se quer assimilar o que aprende.

Recorramos, ainda, à lição viva que surge, entre a doença e o remédio.

Administrar-se-á medicamento ao enfermo, mas não se pode eximí-lo do concurso necessário. E se o paciente não consegue ou não deve acolher os recursos precisos, através da boca, é constrangido a recebê-los por intermédio dos poros, das veias ou de outros canais do corpo.

Todo socorro essencial ao veículo físico reclama a participação do veículo físico.

Ninguém extingue a própria fome pelo esôfago alheio.

Assim, também, nas necessidades do espírito. Na desobsessão, a prece indica a atividade libertadora, no entanto, não exonera o interessado da obrigação de renovar-se pelo serviço e pelo estudo, a fim de que se areje a casa íntima, de vez que todos aqueles que se acumpliciaram conosco, na prática do mal, em existências passadas, somente se transformam para o bem, quando nos identificam o esforço, por vezes difícil e doloroso, da nossa reeducação, na prática do bem.

Resumindo, imaginemos o irmão obsidiado, ainda lúcido, como sendo prisioneiro da própria mente, convertida então em cela escura e comparemos o socorro espiritual à lâmpada generosa.

Obsessão é o bolo pestífero transformado em caprichoso ferrolho na sombra. Oração é luz que acende.

A claridade traça a orientação do que se tem a fazer, mas o detento é chamado a tomar a iniciativa do trabalho para libertar a si mesmo, removendo corajosamente o tenebroso foco de atração.
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 Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Opinião Espírita
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05 de março

Pense unidade, aja unidade e faça a unidade se manifestar em sua vida. 

Para ser uma pessoa inteira, você precisa se conhecer, saber para onde vai e o que está fazendo, e só então seguir em frente confiante, vivendo uma vida gloriosa e plena. 

Nunca tenha dúvidas sobre você mesmo ou sua habilidade de ser inteiro. 

São as dúvidas e os temores que o impedem de estabelecer uma unidade; portanto, pare de se preocupar e acabe com todos os temores e dúvidas, sabendo que EU ESTOU sempre com você e que coMigo tudo é possível. 

Mas lembre-se: que sua fé e sua confiança estejam sempre em Mim, o Senhor seu Deus, a divindade dentro de você.

 Caminhe de mãos dadas coMigo, consulte-Me em todos os momentos e deixe que Eu o guie e direcione.

 EU ESTOU em você, portanto nada que vem de fora pode interferir em nosso contato direto. 

Quando sua segurança está em Mim tudo vai verdadeiramente muito bem.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O orgulho e a humildade (V)

Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniquidade haja transbordado de todos os lados.

Generaliza-se o mal-estar. A quem inculpar, senão a vós que incessantemente procurais esmagar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência; mas, como pode a benevolência coexistir com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Aplicai-vos, portanto, em destruí-lo, se não lhe quiserdes perpetuar as funestas conseqüências. Um único meio se vos oferece para isso, mas infalível: tomardes para regra invariável do vosso proceder a lei do Cristo, lei que tendes repelido ou falseado em sua interpretação.

Por que haveis de ter em maior estima o que brilha e encanta os olhos, do que o que toca o coração? Por que fazeis do vício na opulência objeto das vossas adulações, ao passo que desdenhais do verdadeiro mérito na obscuridade? Apresente-se em qualquer parte um rico debochado, perdido de corpo e alma, e todas as portas se lhe abrem, todas as atenções são para ele, enquanto ao homem de bem, que vive do seu trabalho, mal se dignam todos de saudá-lo com ar de proteção. Quando a consideração dispensada aos outros se mede pelo ouro que possuem ou pelo nome de que usam, que interesse podem eles ter em se corrigirem de seus defeitos?

Dar-se-ia o inverso, se a opinião geral fustigasse o vicio dourado, tanto quanto o vicio em andrajos; mas, o orgulho se mostra indulgente para com tudo o que o lisonjeia. Século de cupidez e de dinheiro, dizeis. Sem dúvida; mas por que deixastes que as necessidades materiais sobrepujassem o bom senso e a razão? Por que há de cada um querer elevar-se acima de seu irmão? Desse fato sofre hoje a sociedade as conseqüências.

Não esqueçais que tal estado de coisas é sempre sinal certo de decadência moral. Quando o orgulho chega ao extremo, tem-se um indício de queda próxima, porquanto Deus nunca deixa de castigar os soberbos. Se por vezes consente que eles subam, é para lhes dar tempo a reflexão e a que se emendem, sob os golpes que de quando em quando lhes desfere no orgulho para os advertir. Mas, em lugar de se humilharem, eles se revoltam. Então, cheia a medida, Deus os abate completamente e tanto mais horrível lhes é a queda, quanto mais alto hajam subido.

Pobre raça humana, cujo egoísmo corrompeu todas as sendas, toma novamente coragem, apesar de tudo. Em sua misericórdia infinita, Deus te envia poderoso remédio para os teus males, um inesperado socorro à tua miséria. Abre os olhos à luz: aqui estão as almas dos que já não vivem na Terra e que te vêm chamar ao cumprimento dos deveres reais. Eles te dirão, com a autoridade da experiência, quanto as vaidades e as grandezas da vossa passageira existência são mesquinhas a par da eternidade. Dir-te-ão que, lá, o maior é aquele que haja sido o mais humilde entre os pequenos deste mundo; que aquele que mais amou os seus irmãos será também o mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram da sua autoridade, ver-se-ão reduzidos a obedecer aos seus servos; que, finalmente, a humildade e a caridade, irmãs que andam sempre de mãos dadas, são os meios mais eficazes de se obter graça diante do Eterno.

— Adolfo, bispo de Argel. (Marmande, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 12.

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Aplicação do tempo


Toda vez que sentimos cansaço, e que o dia parece ter furtado todas as nossas energias, poderíamos nos perguntar se o que fizemos foi realmente produtivo.

Se esses desgastes dos dias nos têm trazido maiores benefícios para a vida; se podemos, nos momentos de pausa para o descanso, refletir a respeito do que temos feito, e nos sentirmos felizes porque fizemos além daquilo que seja a simples obrigação do dia.

Será que no decorrer do dia, aproveitamos mesmo o tempo para produzir aquilo que seja o mais proveitoso para nós e para os outros?

Muitos de nós temos gasto o tempo em grandes esforços, tantas vezes improdutivos.

Trabalhamos em excesso, nos entregamos aos programas noturnos sem nos darmos conta das necessidades do repouso.

Ficamos presos a dificuldades, de tal maneira, que nem no momento do repouso conseguimos nos libertar do fantasma da preocupação excessiva.

Não queremos dizer que devemos nos entregar ao repouso que leva à ociosidade e à preguiça.
O que devemos pensar é se estamos aplicando bem a nossa cota de tempo.

Enquanto vivemos as experiências do mundo, nas lutas, no acerto dos equívocos, nas tentativas das construções felizes, poucas vezes, damos valor ao tempo que as bênçãos de Deus nos concede para a evolução de nós mesmos.

É necessário que façamos uma avaliação, a respeito das horas a escoarem por nossas mãos.
Se administrarmos melhor a nossa cota de tempo poderemos, sem maiores dificuldades, nos dedicarmos aos momentos de alegrias, às distrações, aos passeios, sem que deixemos de lado as obrigações profissionais, as do lar e da sociedade.

O tempo bem administrado nos facultará melhor aproveitamento de nossas energias físicas e psíquicas.

Passaremos ao equilíbrio: nem atividade demais, nem descanso excessivo.

Podemos também buscar, nas horas do cansaço, o repouso através de uma leitura edificante. Através de uma visita a um amigo, mantendo um diálogo que nos acrescente alguma coisa.

Pela atenção que prestamos aos nossos familiares nas atividades em conjunto no lar, que nos proporcionam um clima mental diferenciado daquele que costumamos ter no decorrer do dia.

Não joguemos fora os tempinhos tantas vezes desprezados. Aproveitemos para escrever um ligeiro bilhete de carinho a alguém enfermo ou enfrentando momentos graves.

Telefonemos a um familiar ou amigo, que não vemos há muito tempo, demonstrando atenção.
Preguemos um botão, arrumemos uma gaveta para encontrar utilidade para muita gente.

Desenvolvamos ideias felizes para fazer o bem a alguma pessoa que saiba necessitada.

Não é preciso ficar neurótico de tanto trabalhar, apenas evitar as horas vazias, preservando-se da inutilidade daqueles que, ocupados em não fazer nada, deixam de servir, desvalorizando os minutos.

Se aproveitarmos esses tempinhos, a curto prazo teremos encontrado motivos gloriosos de viver.

Teremos aprendido a amar a vida. Teremos iluminado nosso caminho, pois cada ação produtiva saída de nós, é motivo de alegrias a nos clarear a existência.
* * *
Se nos dedicarmos à leitura quinze minutos por dia, teremos condições de nos mantermos atualizados.

Depende de nós dispormos do tempo e, mais do que isso, selecionar o que ler, nesse precioso tempo de um quarto de hora por dia.

Podemos imaginar quantos livros poderemos ler em um ano?

Não esqueçamos: quinze minutos por dia.
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Redação do Momento Espírita
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Um comentário:

  1. Bom dia!

    Agradeço as palavras de incentivo a leitura diária.
    Inicio o dia ou termino lendo as mensagens do dia.
    Me sinto forte e cheia de bons pensamentos.
    Obrigada sempre.

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