Amigo, você nos pede alguns apontamentos, a fim de exonerar-se da depressão.
Em resposta, oferecemos a você a história que nos foi transmitida por dedicado obreiro da luz que decerto a trouxe do Plano Físico, recolhendo-a de outros amigos que assim nos possibilitaram a versão deste momento.
Um rapaz doente descobriu, por via mediúnica, a presença do sábio Hermilon que o acompanhava paternalmente, desde outras existências.
E, certa feita, o moço abeirou-se do mentor e pediu-lhe respeitosamente para que o liberasse da angústia.
O interpelado sorriu e replicou:
- Você estará livre desse pesadelo, mas, antes, peço-lhe por obséquio, auxiliar na reconstrução do barraco de pobre viúva e quatro filhos pequenos, que ficaram desabrigados na noite passada.
De posse do endereço, o amigo voltou ao corpo físico e procurou a viúva indicada.
Encontrou-a com os pequerruchos, ao relento, ante os destroços do cubículo destruído por violenta tempestade.
O rapaz, em quarenta e dois dias de suor, empreendeu o levantamento da habilitação humilde e rematou-a com segurança.
Logo após, voltou à presença do mentor e repetiu-lhe a petição.
O orientador, porém, absteve-se de qualquer referência ao problema da angústia e rogou-lhe, fosse cooperar em favor de um amigo atacado de hepatite num albergue de indigentes.
O amigo retornou ao corpo físico e, durante seis meses, foi o enfermeiro atencioso do velhinho quase abandonado, num albergue da indigência.
Ao observá-lo relativamente restabelecido, tornou ao protetor espiritual e repetiu-lhe a mesma petição.
O mentor não entrou na questão e pediu-lhe serviço em auxílio a um menino infeliz, acidentado numa estrada deserta.
O protegido obedeceu prontamente e passou oito meses na posição de enfermeiro atento num pouso assinalado por extrema penúria, doando força ao adolescente desvalido, a fim de que não lhe faltasse paciência, ante as pernas engessadas.
Finda tarefa, voltou ao guia e suplicou-lhe a desejada medicação.
O orientador não formulou qualquer comentário e solicitou-lhe colaboração, a beneficio de uma criança pobre anêmica que lutava instintivamente para não cair na leucemia.
O rapaz não vacilou e por dez meses velou junto à criança, auxiliando-a a sorver recalcificantes e caldos.
Notando-a restaurada, retornou à presença de Hermilon, mas o sábio pediu-lhe apoio em auxilio de velho companheiro que precisava viver no mundo mais algum tempo, de modo a concluir tarefas determinadas.
O moço atendeu ao pedido, de imediato, e gastou dois anos de serviço junto ao doente esquecido e desamparado.
E tanto se desdobrou em esforço para alentar-lhe o retorno à saúde que terminou o valioso encargo, restituindo-o a vida normal, conquanto conservasse os remanescentes da luta orgânica a que se empenhara.
Logo após, regressou ao contato de Hermilon e, com surpresa para o mentor, nada lhe solicitou e, sim, lhe agradeceu a bênção das instruções recebidas, acentuando:
- Agora sei, amado amigo, que estou de posse do remédio esperado. O serviço ao próximo eliminou as minhas depressões e, de agora em diante, não desejo estacionar na disponibilidade vazia.
O sábio abraçou-o, sorriu e rematou:
- Seja feliz com sua preciosa descoberta. O bem que você ofertou ao próximo voltou ao seu coração em forma de alegria e essa alegria de servir passou a iluminar o seu coração para sempre.
Ai fica, meu amigo, o nosso conto-medicamento.
Segundo você pode notar, a receita é claramente acessível, mas, em qualquer caso, a aplicação depende de nós.
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Fonte Livro “Presença de Luz”
Augusto Cezar
Psicografia Chico Xavier
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31 de outubro
A fé exige mais do que ficar parado e deixar tudo por Minha conta.
Você tem uma tarefa a cumprir, porque "de acordo com a sua fé, assim será".
Colocando sua fé e confiança incondicionalmente em Mim, tudo é possível.
Viva pela fé e demonstre as Minhas leis para que todos possam ver.
Vamos trabalhar como um, viver como um, ser um; Eu em você e você em Mim.
Quando você compreender que tudo é possível para Mim, você perceberá que tudo é possível para você também, porque EU ESTOU trabalhando em você e através de você.
Nada acontecerá se você não tomar a iniciativa.
EU ESTOU em você e você representa Minhas mãos e Meus pés.
Dedique essas mãos e pés a Mim e ao Meu serviço e tudo fluirá suavemente.
Trabalhe em perfeita harmonia e ritmo com as Minhas leis e veja os prodígios acontecerem um após o outro, e agradeça eternamente por tudo.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
PAGAR O MAL COM O BEM
1 – Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus, o qual faz nascer o seu o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque, se não amardes senão aos que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também assim? E se saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? – Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior e mais perfeita que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. (Mateus, V: 20, 43-47).
2 – E se vós amais somente aos que vos amam, que merecimento é o que vós tereis? Pois os pecadores também amam os que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que merecimento é o que vós tereis? Porque isto mesmo fazem também os pecadores. E se emprestardes somente àqueles de quem esperais receber, que merecimento é o que vós tereis? Porque também os pecadores emprestam uns aos outros, para que se lhes faça outro tanto. Amai, pois, os vossos inimigos, façam bem, e emprestai, sem nada esperar, e tereis muito avultada recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, que faz bem aos mesmos que lhe são ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. (Lucas, VI: 32-36).
3 – Se o amor do próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho.
Não obstante, geralmente nos equivocamos quanto ao sentido da palavra amor, aplicada a esta circunstância. Jesus não pretendia, ao dizer essas palavras, que se deve ter pelo inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou por um amigo. A ternura pressupõe confiança. Ora, não se pode ter confiança naquele que se sabe que nos quer mal. Não se pode ter para com ele as efusões da amizade, desde que se sabe que é capaz de abusar delas. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver os impulsos de simpatia existentes entre aquelas que comungam nos mesmos pensamentos. Não se pode, enfim, ter a mesma satisfação ao encontrar um inimigo, que se tem com um amigo.
Esse sentimento, por outro lado, resulta de uma lei física: a da assimilação e repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo emite uma corrente fluídica que causa penosa impressão; o pensamento benévolo envolve-nos num eflúvio agradável. Daí a diferença de sensações que se experimenta, à aproximação de um inimigo ou de um amigo. Amar aos inimigos não pode, pois, significar que não se deve fazer nenhuma diferença entre eles e os amigos. Este preceito parece difícil, e até mesmo impossível de se praticar, porque falsamente supomos que ele prescreve darmos a uns e a outros o mesmo lugar no coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a usarmos a mesma palavra, para exprimir formas diversas de sentimentos, a razão deve fazer as diferenças necessárias, segundo os casos.
Amar aos inimigos, não é, pois, ter por eles uma afeição que não é natural, uma vez que o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira inteiramente diversa que o de um amigo. Mas é não lhes ter ódio, nem rancor, ou desejo de vingança. É perdoá-los sem segunda intenção e incondicionalmente, pelo mal que nos fizeram. É não opor nenhum obstáculo à reconciliação. É desejar-lhes o bem em vez do mal. É alegrar-nos em lugar de aborrecer-nos com o bem que os atinge. É estender-lhes a mão prestativa em caso de necessidade. É abster-nos, por atos e palavras, de tudo o que possa prejudicá-los. É, enfim, pagar-lhes em tudo o mal com o bem, sem a intenção de humilhá-los. Todo aquele que assim fizer, cumpre as condições do mandamento: Amai aos vossos inimigos.
4 – Amar aos inimigos é um absurdo para os incrédulos. Aquele para quem a vida presente é tudo, só vê no seu inimigo uma criatura perniciosa, a perturbar-lhe o sossego, e do qual somente a morte o pode libertar. Daí o desejo de vingança. Não há nenhum interesse em perdoar, a menos que seja para satisfazer o seu orgulho aos olhos do mundo. Perdoar, até mesmo lhe parece, em certos casos, uma fraqueza indigna da sua personalidade. Se não se vinga, pois, nem por isso deixa de guardar rancor e um secreto desejo de fazer o mal.
Para o crente, e mais ainda para o espírita, a maneira de ver é inteiramente diversa, porque ele dirige o seu olhar para o passado e o futuro, entre os quais, a vida presente é um momento apenas. Sabe que, pela própria destinação da Terra, nela devem encontrar homens maus e perversos; que as maldades a que está exposto fazem parte das provas que deve sofrer. O ponto de vista em que se coloca torna-lhe as vicissitudes menos amargas, quer venham dos homens ou das coisas. Se não se queixa das provas, não deve queixar-se também dos que lhe servem de instrumentos. Se, em lugar de lamentar, agradece a Deus por experimentá-lo, deve também agradecer a mão que lhe oferece a ocasião de mostrar a sua paciência e a sua resignação. Esse pensamento o dispõe naturalmente ao perdão. Ele sente, aliás, que quanto mais generoso for, mais se engrandece aos próprios olhos e mais longe se encontra do alcance dos dardos do seu inimigo.
O homem que ocupa no mundo uma posição elevada não se considera ofendido pelos insultos daquele que olha como seu inferior. Assim acontece com aquele que se eleva, no mundo moral, acima da humanidade material. Compreende que o ódio e o rancor o envileceriam e rebaixariam, pois, para ser superior ao seu adversário, deve ter a alma mais nobre, maior e mais generosa.
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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Terapêuticas evangélicas
"... A fim de que o que semeia e o que ceifa, juntamente se regozijem". (João – 4:36)
Examine a problemática de quem sofre antes de emitir opinião.
Não fale apenas por falar. Por trás de cada problema, há sutilezas que escapam ao observador superficial.
Ausculte a dificuldade do amigo, antes de exteriorizar o que você pensa.
Não arrole palavras sem conhecer a situação.
Qualquer conceito, assim precipitado, funciona mal.
Inspire confiança antes de qualquer cometimento verbal.
Não se agite.
Palavras e somente palavras não infundem a necessária paz.
Considere a questão do sofredor sob o ponto de vista dele.
Não aconselhe pelo simples fato de haver-se proposto a essa tarefa.
O conselho que você doa possui validade se encontrar receptividade no ouvinte. Penetre-se de fraternal interesse ante os fatores aflitivos que lhe apresenta o consulente.
Não lhe diga de imediato o que pensa.
Sugira o que ele deve fazer, como se fora ele próprio quem se está induzindo à ação.
Saiba ouvir primeiro, porquanto a criatura, encarnada ou não, dificilmente consegue dizer o que pretende, com a necessária exatidão.
Não exponha ideias, sucessivas, sem as indispensáveis reflexões que ajudem o ouvinte a fixá-las.
A arte de ouvir é muito importante para quem pretende ajudar.
As terapêuticas evangélicas são sempre trabalhadas no sentimento de quem as aplica.
As técnicas ajudam. A legitimidade da unção de quem coopera lobriga êxito.
A metodologia guia. A atividade honesta junto ao necessitado atinge a finalidade de conduzi-lo corretamente.
Os recursos de que você pode dispor quando pretende ajudar, aplicando a terapia do Evangelho, dependem, sobretudo, da sua exteriorização íntima, em forma de amor, interesse e caridade, legitimamente lavrados em seu esforço pessoal pelo próprio burilamento.
Não se transforme, portanto, no homem que só ensina pela palavra. Seja o cristão que prodigaliza lições pelo exemplo.
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Marcos Prisco
Divaldo Franco
Obra: Momentos de decisão
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Violência
Pede-nos você algumas observações sobre violência.
Aqui vai uma. É um pedaço do cotidiano na vida terrestre.
Ele, o esposo, chamava-se Pedro Manoel.
Ela, a companheira, Maria da Conceição.
Ele, o filhinho de quatro janeiros, Lúcio Ismael.
Chegou à noite em que Pedro, com fome de riqueza fácil gritou, furioso, para a mulher.
- Pois, hoje mesmo, vou-me embora. De hoje em diante. Estou cansado de migalhas. Vou e voltarei rico. Tenho o meu revólver para agir. Você terá as jóias que nunca viu e nosso filho ganhará o conforto que merece...Não sei quando, mas voltarei ao nosso barraco...
Notando que o esposo se preparava para sair, a companheira falou, humilde:
- O que é isto, Pedro? Você vai onde?
Ele trovejou:
- Vou para o mundo, vou roubar.
E nada o deteve. O homem se retirou, à guisa de porta.
Maria da Conceição, no escuro da noite, enlaçou-se ao pequenino e começou a rezar...
Quase quatro meses passados sobre a partida brusca de Pedro e vamos reencontrá-lo nas primeiras horas da madrugada, espionando os fundos de uma casa grande, cercada de extenso e belo jardim.
Escondendo-se na folhagem com a esperteza de um gato e pisando muito de leve, conseguiu abrir a porta que o oferecia acesso ao quintal estreito e, de revólver na mão, ensaiando os primeiros passos nas sombras que o luar prateava.
Penetrando no ambiente que pressupunha enriquecido de valores imensos, eis que a senhora encarregada de zelar pela casa, percebeu-lhe a presença e, agarrando-se ao filhinho, passou a pedir socorro, em voz alta.
O assaltante, irritado, varou a porta semi-cerrada do aposento e desfechou dois tiros sobre a mulher que lhe frustrara os planos, fugindo em seguida.
Somente pelos jornais da manhã seguinte, Pedro Manoel veio, a saber, que exterminara a vida da esposa e do filhinho, para os quais, diariamente, se lhe voltava o coração.
Correu à procura de parentes, tentando obter noticias, cientificando-se, por fim, de que Maria da Conceição, pressionada por grandes necessidades, resolvera empregar-se nas funções doméstica, na casa digna em
que trabalhara quando solteira.
Desesperado o infeliz desequilibrou-se e, com a arma da véspera, entregou-se ao suicídio.
Aqui está, meu amigo, o que lhe posso contar.
Violência é isso ai.
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Espírito Augusto Cezar
Chico Xavier
Obra: Presença de luz
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Gratidão!
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