sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Em paz de consciência


TEMA — Reconsideração na vida interior.

 Alguns instantes de reconsideração e perceberemos que, em muitas ocasiões, nós mesmos sobrecarregamos a mente de inquietações, com as quais, em verdade, nada temos que ver.

Nesse aspecto de nossas dificuldades espirituais, assemelhamo-nos a criaturas invigilantes que arrematassem os débitos desnecessários dos outros, permitindo-nos cair sob a hipnose de forças destrutivas a que se afazem alguns dos nossos parceiros de experiência.

 Justo compartir as provações do próximo, quando essas provações se lhe vinculem ao aprimoramento, mas, porque arrecadar os disparates estabelecidos voluntariamente por aqueles que lhes patrocinam o nascedouro?

 Comumente, estragamos grande parte do dia entregando-nos a aflições inúteis, com as quais em nada melhoramos a condição daqueles que lhes deram origem; muito ao contrário, em lhes hipotecando apreço, ei-las que se ampliam, transformando-se, vezes e vezes, em instrumentos de obsessão ou desarmonia, enfermidade ou delinquência.

 Imunizemo-nos contra a absorção de venenos mentais, em cuja formação não tivemos o menor interesse.

Se um companheiro infringiu as disposições da lei, convencidos quanto estamos de que todo reajuste surgirá pelo sofrimento, para que agravar a situação com apontamentos cruéis?

 Alguém ter-nos-á caluniado ou insultado, fermentando difamação ou veiculando boatos, sem lograr abrir a mínima brecha na fortaleza tranquila de nosso mundo interior… Porque perder tempo ou conturbar o coração, se o problema pertence ao maldizente ou ao caluniador, que responderão, sem dúvida, pelos males que causem?

 Tenhamos as nossas oportunidades de serviço, alegrias da vida íntima, afeições verdadeiras e tarefas construtivas em mais alto conceito, recebendo-as por bênção de Deus, que nos cabe valorizar e enriquecer com reconhecimento, trabalho, amor e lealdade aos próprios deveres.

 Se erramos, retifiquemos nós mesmos, reparando, com sinceridade, as consequências de nossas faltas; no entanto, se a obrigação cumprida nos garante a consciência tranquila, quando a provocação das trevas nos desafie tenhamos a coragem de não conferir ao mal atenção alguma, abstendo-nos de passar recibo em qualquer conta perturbadora que a injúria ou a maledicência nos queiram apresentar.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado
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04 de novembro

Mantenha-se sempre alerta e de olhos abertos. 

Atente para Minha mão em tudo e dê graças eternas.

 Se você não se mantém alerta, deixa passar tanta coisa que está bem à sua frente, e até mesmo dentro de você! 

Muitas almas passam pela vida cegas para as maravilhas à sua volta, cegas para os milagres da natureza, e perdem tantos milagres da vida!

 Quando você estiver consciente da beleza, da harmonia, da paz e da serenidade das pequenas coisas à sua volta, você descobrirá essa consciência crescendo até que toda a vida se transformará num mundo maravilhoso e você caminhará pela vida como uma criança, olhando com olhos arregalados para tudo que está acontecendo.

 Você viverá na expectativa de que as coisas mais gloriosas vão acontecer, e, portanto, você estará contribuindo para que elas aconteçam. 

Não haverá nem um momento sem graça em sua vida. 

Você aceitará tudo naturalmente e dará graças por tudo. 

A gratidão mantém as portas abertas para que mais e mais prodígios aconteçam em sua vida; por isso, nunca deixe de dar graças.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras

Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.

Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal, a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.

Crede-me, a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos pais. Freqüentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.

É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria saturada de amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados?

Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo. Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.

Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu. 

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— Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 21.)
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Conclusões lógicas 


Não se renda à tentação.
Entre aquilo que você quer e aquilo que você pode, fique com aquilo que você deve fazer.

Não se aflija diante dos obstáculos.
Existem problemas que pedem tempo a fim de serem eficientemente resolvidos, de modo a não ocasionarem problemas maiores.

Não se precipite em suas decisões.
Se você não sabe que rumo tomar é sinal que todas as suas possibilidades de seguir adiante necessitam ser revistas.

Não critique ninguém.
Todas as pessoas, qual acontece a você, trazem Deus dentro de si.

Não te entregue ao desalento.
O seu desânimo, no que pesem as justificativas que você tenha para ele, não o auxiliará em absolutamente nada.

Não guarde ressentimento no coração.
A mágoa que você nutra a respeito de alguém será sempre o melhor processo de lembrar quem você deseja esquecer.

Não pare de trabalhar.
No serviço do bem aos semelhantes você encontrará, com o sábio concurso do tempo, a solução natural para todas as questões que o perturbam.

Não reclame da cruz que carrega.
Sem ela, é provável que você não tivesse no que se apoiar para, embora a passos lentos, avançar com segurança.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Irmãos do caminho
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A Cura Real


Muitas são as pessoas que dirigem-se à casa espírita em busca de curas ou de algo que lhe seja concedido sem qualquer esforço, isto porque desconhecem os objetivos reais da Doutrina Espírita.

O nosso propósito sincero deve ser o da renovação íntima, e o aprimoramento dos conhecimentos das leis de Deus e que regem todo o universo em que vivemos.

A excelência da lição espírita é ensinar ao homem a restituir a si mesmo a harmonia espiritual perdida.
Mostra-nos que o sintoma é sempre um efeito exterior, e que devemos ir em busca do nosso interior para dissolver a causa espiritual dos desajustes.
Somos nós, seres humanos uma unidade-matéria-espírito-inseparável e que as enfermidades (doenças) são manifestações doentias cuja causa primeira está estabelecida no nosso mundo mental.

Qualquer desarmonia interior transmitirá estados vibratórios nocivos a nossa saúde, que atacarão naturalmente nosso corpo físico.

Devemos Ter a consciência de que a mente é a casa grande da alma, onde ela se apoia para as realizações da vida. Por isso devemos transformar os nossos pensamentos quando forem negativos, pois eles são como notas dissonantes à harmonia da nossa mente, e as boas ideias fortalecem o cérebro, revigoram os nervos, estendendo as bênçãos do bem em todo o nosso corpo físico. É hora então de participarmos com mais intensidade da nossa evolução mental, procurando nesta prática a nossa saúde integral.

Quando somos atacados frequentemente por pensamentos fixos, devemos atentar para esse alarme, pois indica que nos aproximamos das ideias perturbadoras. E essa situação nos tira o sorriso espontâneo, à convivência saudável com nossos semelhantes, inutiliza os bons sentimentos e cria dúvidas acerca da felicidade. E a medicina tradicional ocupa-se desse estado de alma, classificando-o em variadas neuroses e estados depressivos, que os medicamentos, por vezes, aliviam aparentemente, desarmonizando outros órgãos.
A cura se processa com o tempo, aliado a fé.

Podemos ver que não compensa um mente negativa. É bom que tenhamos coragem para enfrentar os problemas que surgem dentro de nós, no campo imenso da mente, educando os nossos impulsos, corrigindo as más tendências e transformando os sentimentos indignos (ódio, vingança, maledicência, etc.) em reações saudáveis e em intenções aprimoradas diante de Deus.
Além da coragem que precisamos ter em mudar as nossa atitudes, necessitamos também fortalecer a nossa força de vontade.

Vejamos que a força de vontade não é segredo para ninguém. Todos nós praticamos, seja para alcançar realizações no trabalho, lutando por progredir materialmente, conquistando tantos prazeres que o mundo material nos oferece, como em outras áreas das conquistas humanas. A novidade está em canalizarmos esta força para algo que pode não nos trazer benefícios imediatos, mas que a médio ou longo prazo sentiremos os resultados positivos em nossa vida diária.

Portanto, força de vontade todos nós temos, porém, a missão do ser em evolução é conseguir concentrá-la na sua reforma íntima. Para tanto necessitamos alterar o nosso centro de interesses, equilibrando a vida material com o nosso aprimoramento pessoal e para a busca do conhecimento e da prática cristã.

Qualquer hora é momento para começar a nossa educação interior. A disciplina é fundamental em todos aqueles que querem ser companheiros no Divino Amigo Jesus. Não deixemos a nossa mente se afastar por displicência nossa, pois temos todos o poder de sermos melhores e alcançarmos a claridade espiritual de que o progresso é portador, através das nossas próprias mãos.

Jesus Cristo, o MÉDICO DAS ALMAS, curou muitos enfermos, porém tinha a intenção de não apenas regenerar o corpo físico, mas acima de tudo, queria que os doentes dessem manutenção a cura recebida, transformando os seus sentimentos, as suas atitudes a fim de consolidar os próprio caminho.

Nós que trabalhamos, ou vocês irmãos que são frequentadores do Centro Espírita não podemos permanecer estacionados sobre os horizontes da vida maior.

Curar por curar, sem que o doente nada aprenda ou nada evolua, não se ajusta ao propósitos do Cristianismo Redivivo.
Quem quer saúde não pode envenenar a mente, quem quer paz precisa tornar sadia as estruturas do coração.

Se queremos conquistar alguma coisa precisamos dedicar-nos a essa aquisição com ousadia e determinação.
São muitos os que buscam a alegria, caminhando na direção contrária; cabe portanto, a nós cristãos buscar a instrução e a educação, não sustentando a ilusão da cura sem renovação.

Cristo convoca todos nós a se integrar nesse ministério de luz e esclarecimento, para que se edifique o conceito da cura real e definitiva.
Quando entendermos que a cura de nós mesmos está ao alcance das nossas próprias mãos, já estaremos sentindo os primeiros raios de sol da verdade.

MATEUS 13:16
"Mas felizes os vossos olhos porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem."

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Autoria: Vera Lúcia
Fontes:
Horizontes da Mente, Miramez
Fundamentos da Reforma Íntima,
Saúde, Miramez
Conviver e Melhorar, Francisco do Espírito Santo Neto
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