segunda-feira, 30 de outubro de 2023

A alegria de Ser


Para demonstrar como você se deixou dominar pelo tempo psicológico, experimente usar um critério simples.

PERGUNTE A SI MESMO: existem alegria, naturalidade e leveza no que estou fazendo? Se não existirem, é porque o tempo está
encobrindo o momento presente e você está percebendo a vida como um encargo ou uma luta.

A ausência de alegria, naturalidade ou leveza no que estamos fazendo não significa, necessariamente, que precisemos mudar o que estamos fazendo. Talvez baste mudarmos o como. "Como" é sempre
mais importante do que "o quê". Verifique se você pode dar muito mais atenção ao fazer do que ao resultado desejado através do fazer. Dê a sua inteira atenção para o que quer que o momento apresente. Isso
implica que você aceitou totalmente o que é, porque não se pode dar atenção completa a alguma coisa e, ao mesmo tempo, resistir a
ela.

Ao respeitarmos o momento presente, toda a luta e a infelicidade se dissolvem e a vida começa a fluir com alegria e naturalidade. Ao agirmos com a consciência do momento presente, tudo o que fizermos virá com um sentido de qualidade, cuidado e amor, mesmo a mais simples ação.

NÃO SE PREOCUPE com o resultado da sua ação, basta dar atenção à ação em si. O resultado surgirá espontaneamente. Essa
é uma valiosa prática espiritual.

Ao fim dessa luta compulsiva contra o Agora, a alegria do Ser passa a fluir em tudo o que fazemos. No momento em que a nossa atenção se volta para o Agora, percebemos uma presença, uma serenidade, uma paz. Não dependemos mais do futuro para obtermos plenitude e satisfação - não o olhamos mais como salvação.

Consequentemente, não estamos mais presos aos resultados. Nem o fracasso nem o sucesso têm o poder de alterar o estado interior do Ser. Você acabou de encontrar a vida sob a situação de vida.

Na ausência do tempo psicológico, o nosso sentido do eu interior provém do Ser, não do nosso passado pessoal. Assim, desaparece a
necessidade psicológica de nos tornarmos uma outra pessoa diferente de quem já somos. No mundo, levando em conta a situação de vida, podemos nos tornar ricos, conhecidos, bem-sucedidos, livres disso ou
daquilo, mas, na dimensão mais profunda do Ser, estamos completos e inteiros agora.

🌱🌼🌱
Eckhart Tolle
Obra: Praticando o poder do Agora
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30 de outubro

Aprenda a doar livremente tudo que você possui.

Aprenda a receber graciosamente tudo que lhe dão e aplique isso sabiamente para a expansão e melhoria do todo.

Quando você doar, faça-o sem contar os custos.

Aquilo que é doado de boa vontade, com todo amor, trará bênçãos e alegrias para muitas pessoas e se multiplicará.

Mas lembre-se: não se apegue ao que você doar: doe e não pense mais nisso.

Quando fizer uma tarefa, faça-a com amor e seja grato por ter a habilidade necessária.

Faça-a com perfeição e nunca pense no que pode ganhar com isso.

Quando você aprender a fazer tudo pela Minha honra e glória, você terá aprendido a arte de doar verdadeiramente.

Você sentirá alegria em tudo que doar e toda a sua atitude e visão das coisas serão corretas.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Escândalos. Se a vossa mão é motivo de escândalo, cortai-a

Se algum escandalizar a um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós que um asno faz girar e que o lançassem no fundo do mar.

Ai do mundo por causa dos escândalos; pois é necessário que venham escândalos; mas, ai do homem por quem o escândalo venha.

Tende muito cuidado em não desprezar um destes pequenos. Declaro-vos que seus anjos no céu vêem incessantemente a face de meu Pai que está nos céus, porquanto o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.

Se a vossa mão ou o vosso pé vos é objeto de escândalo, cortai-os e lançai-os longe de vós; melhor será para vós que entreis na vida tendo um só pé ou uma só mão, do que terdes dois e serdes lançados no fogo eterno. — Se o vosso olho vos é objeto de escândalo, arrancai-o e lançai-o longe de vós; melhor para vós será que entreis na vida tendo um só olho, do que terdes dois e serdes precipitados no fogo do inferno.
(S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 6 a 11; V, vv. 29 e 30.)

No sentido vulgar, escândalo se diz de toda ação que de modo ostensivo vá de encontro à moral ou ao decoro. O escândalo não está na ação em si mesma, mas na repercussão que possa ter. A palavra escândalo implica sempre a idéia de um certo arruído. Muitas pessoas se contentam com evitar o escândalo, porque este lhes faria sofrer o orgulho, lhes acarretaria perda de consideração da parte dos homens. Desde que as suas torpezas fiquem ignoradas, é quanto basta para que se lhes conserve em repouso a consciência. São, no dizer de Jesus: “sepulcros branqueados por fora, mas cheios, por dentro, de podridões; vasos limpos no exterior e sujos no interior”.

No sentido evangélico, a acepção da palavra escândalo, tão amiúde empregada, é muito mais geral, pelo que, em certos casos, não se lhe apreende o significado. Já não é somente o que afeta a consciência de outrem, é tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições humanas, toda reação má de um indivíduo para outro, com ou sem repercussão. O escândalo, neste caso, é o resultado efetivo do mal moral.

É preciso que haja escândalo no mundo, disse Jesus, porque, imperfeitos como são na Terra, os homens se mostram propensos a praticar o mal, e porque, árvores más, só maus frutos dão. Deve-se, pois, entender por essas palavras que o mal é uma conseqüência da imperfeição dos homens e não que haja, para estes, a obrigação de praticá-lo.

É necessário que o escândalo venha, porque, estando em expiação na Terra, os homens se punem a si mesmos pelo contacto de seus vícios, cujas primeiras vitimas são eles próprios e cujos inconvenientes acabam por compreender. Quando estiverem cansados de sofrer devido ao mal, procurarão remédio no bem. A reação desses vícios serve, pois, ao mesmo tempo, de castigo para uns e de provas para outros. E assim que do mal tira Deus o bem e que os próprios homens utilizam as coisas más ou as escórias.
Sendo assim, dirão, o mal é necessário e durará sempre, porquanto, se desaparecesse, Deus se veria privado de um poderoso meio de corrigir os culpados. Logo, é inútil cuidar de melhorar os homens.

Deixando, porém, de haver culpados, também desnecessário se tornariam quaisquer castigos. Suponhamos que a Humanidade se transforme e passe a ser constituída de homens de bem: nenhum pensará em fazer mal ao seu próximo e todos serão ditosos por serem bons. Tal a condição dos mundos elevados, donde já o mal foi banido; tal virá a ser a da Terra, quando houver progredido bastante. Mas, ao mesmo tempo que alguns mundos se adiantam, outros se formam, povoados de Espíritos primitivos e que, além disso, servem de habitação, de exílio e de estância expiatória a Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, expulsos de mundos que se tornaram felizes.

Mas, ai daquele por quem venha o escândalo. Quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que a seu mau grado servir de instrumento à justiça divina, aquele cujos maus instintos foram utilizados, nem por isso deixou de praticar o mal e de merecer punição. Assim é, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma prova para o pai que sofre com isso, porque esse pai talvez tenha sido também um mau filho que fez sofresse seu pai. Passa ele pela pena de talião. Mas, essa circunstancia não pode servir de escusa ao filho que, a seu turno, terá de ser castigado em seus próprios filhos, ou de outra maneira.

Se vossa mão é causa de escândalo, cortai-a. Figura enérgica esta, que seria absurda se tomada ao pé da letra, e que apenas significa que cada um deve destruir em si toda causa de escândalo, isto é, de mal; arrancar do coração todo sentimento impuro e toda tendência viciosa. Quer dizer também que, para o homem, mais vale ter cortada uma das mãos, antes que servir essa mão de instrumento para uma ação má; ficar privado da vista, antes que lhe servirem os olhos para conceber maus pensamentos. Jesus nada disse de absurdo, para quem quer que apreenda o sentido alegórico e profundo de suas palavras. Muitas coisas, entretanto, não podem ser compreendidas sem a chave que para as decifrar o Espiritismo faculta.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VIII, itens 11 a 17.)
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Tudo é amor


Vida - É o Amor existencial.

Razão - É o Amor que pondera.

Estudo - É o Amor que analisa.

Ciência - É o Amor que investiga.

Filosofia - É o Amor que pensa.

Religião - É o Amor que busca Deus.

Verdade - É o Amor que se eterniza.

Ideal - É o Amor que se eleva.

Fé - É o Amor que se transcende.

Esperança - É o Amor que sonha.

Caridade - É o Amor que auxilia.

Fraternidade - É o Amor que se expande.

Sacrifício - É o Amor que se esforça.

Renúncia - É o Amor que se depura.

Simpatia - É o Amor que sorri.

Altruísmo - É o Amor que se engrandece.

Trabalho - É o Amor que constrói.

Indiferença - É o Amor que se esconde.

Desespero - É o Amor que se desgoverna.

Paixão - É o Amor que se desequilibra.

Ciúme - É o Amor que se desvaira.

Egoísmo - É o Amor que se animaliza.

Orgulho - É o Amor que enlouquece.

Sensualismo - É o Amor que se envenena.

Vaidade - É o Amor que se embriaga.

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor,
não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Atitudes da vida
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Lembraremos


Às vezes, queixas-te da vida, ante os contratempos naturais do cotidiano.

Entretanto, se te lembrares da extensa fila dos companheiros algemados às grandes tribulações da retaguarda, decerto não inclinarias tanto à lamentação estéril e, sim, te engajarias na turma dos irmãos que se consagram à tarefa de aliviar os sofrimentos alheios.

Sai de ti mesmo e conseguiras vê-los com facilidade.

É o homem que perdeu ambas as pernas num acidente do trabalho e passa na rua com o favor de alguém que lhe dirige a cadeira de rodas;

É o jovem paralítico que sobreviveu à própria condição pelo devotamento da mulher que se lhe fez mãe, em nome de Deus;

É o cego que exemplifica serenidade e coragem, seguindo para o trabalho com o apoio da bengala branca que lhe evidencia a presença;

É a irmã em penúria, cercada de crianças andrajosas que vai ao encontro do pão da beneficência, a fim de regressar, logo após, à furna em que reside, sob antiga ponte abandonada;

É o hanseniano esquecido; é o amigo em desespero, prestes a cair nas malhas do suicídio; é o doente imobilizado e sem recursos, na periferia da cidade, à espera de alguém que lhe estenda um copo d’água; é o irmão portador de constrangimentos e inibições, incapaz de mais ampla comunicação com os semelhantes; é a mulher apunhalada de dor que tateia a lousa, tentando inutilmente ouvir algum sinal do filho, cuja voz foi abafada pelo frio da morte...

Pensa nos caminheiros do infortúnio que te partilham a marcha.

Se te lembrares deles, certamente silenciarás toda queixa, porquanto, à frente das vantagens que usufruis, saberás unicamente render graças a Deus.

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Espírito Augusto Cezar
Chico Xavier
Obra: Presença de luz
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O negócio da doação


O professor Chaves, pioneiro da Doutrina Espírita, em Uberaba, Minas, foi procurado por prestigioso amigo do campo social, que lhe falou sem rebuços:

— Chaves, agora desejo doar duzentos contos para obras espíritas; entretanto, como você não desconhece, tenho aspirações políticas desde muito tempo.

O distinto educador, sumamente conhecido por sua virtuosa austeridade, guardava silêncio.

E o outro prosseguia:

— Já auxiliei construções espíritas numerosas, mas tudo sem resultado. Tenho apenas recebido ingratidões e mais ingratidões. É uma lástima. Em toda parte, mentiras e mentiras. Queria, desse modo…

Como a reticência se prolongasse, Chaves perguntou:

— Queria o quê, meu amigo?

— Desejava a sua palavra empenhada, o apoio de seu prestígio diante dos espíritas, para que me garantissem o voto.

— Nada posso fazer, — disse o professor, peremptório.

— Que é isso? — Falou o amigo, com ar de censura. — Você prometeu receber-me e atender ao meu problema.

— Pensei que o senhor estivesse tratando de caridade, mas o que francamente procura é a realização de um negócio, — disse Chaves, imperturbável.

— Que ideia! — Falou o visitante, desencantado. — Entrego duzentos contos, duzentos contos de réis… Que é caridade, então?

Humilde e simples, o professor explicou:

— Caridade é o amor de Deus no coração humano. E esse amor, meu amigo, conforme nos ensina o Espiritismo, não tem preço. Onde é que o senhor já viu alguém pagar a luz do Sol, a bênção do ar, o tesouro do verdadeiro amor ou o espetáculo do céu estrelado?…

— Mas Chaves, — disse o outro, — isso é muita filosofia… O que eu desejo é fazer uma dádiva… Para vocês, espíritas, o que vem a ser uma dádiva?

E o educador respondeu, sereno:

— Dádiva é o bem que a gente faz sem esperar recompensa de coisa alguma.

O político, nervoso, despediu-se e procurou distração num bilhar. E inquirido por alguns correligionários quanto aos resultados da entrevista, deu primorosa tacada e falou que o professor João Augusto Chaves não passava de um louco.

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Hilário Silva
Chico Xavier
Obra: A vida escreve
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