Guarda a própria alma na compreensão e na bondade para com todos, a fim de que o amor te preserve as fontes da vida.
Muitos companheiros atravessam o campo humano, receando calamidades exteriores, amplamente desprevenidos contra os flagelos do mundo íntimo.
Temem o fogo terrestre que a água consome e não se precatam contra o incêndio da discórdia que lhes destrói o templo doméstico.
Apavoram-se diante de profecias inconsequentes, nada compatíveis com a misericórdia que nos preside a existência, e adormecem, desavisados, à frente dos deveres que a vida lhes confiou.
Amedrontam-se, perante a bala mortífera que assalta o corpo frágil e perecível e entregam-se ao vírus da calúnia que lhes corrompe os tecidos sutis da alma.
Recuam, espavoridos, ante a infestação da varíola ou do tifo que a medicina combate com segurança e aceitam sem murmurar as sugestões da preguiça e da indisciplina que lhes atormentam as horas.
Referem-se a perigos remotos que talvez jamais lhes visitem a estrada e caminham, por vezes, entre as farpas invisíveis da desarmonia e do ódio, do ressentimento e do desespero, criando com a própria atitude a taça de sofrimento e de expiação, em que sorvem, desalentados, o escuro elixir da morte.
Conserva o coração no entendimento, o cérebro no equilíbrio, os olhos na visão limpa do bem, o verbo na fraternidade real e as mãos no serviço incessante e não precisarás temer perigo algum, de vez que a fortaleza interior ser-te-á, em tudo a força precisa para que possas refletir, onde estiveres, a vontade sábia e compassiva de Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Intervalos
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16 de maio
Que as palavras que saem de sua boca e as meditações que saem do seu coração sejam sempre aceitáveis para Mim.
É melhor ficar quieto e não dizer nada do que permitir que palavras impensadas sejam ditas, palavras das quais você possa se arrepender depois.
Falar demais pode causar dor e sofrimento, aprenda a controlar sua língua e conte até dez antes de falar.
Palavras impensadas podem ferir num segundo, mas leva muito tempo para uma mágoa cicatrizar.
Quando você aprender a fazer tudo por Mim e pela Minha honra e glória, você não cometerá erros.
Se você observar pacientemente, encontrará em cada alma a faísca divina; você a abanará até que ela vire uma chama, nunca tentando apagá-la com sua crítica, intolerância ou falta de compreensão.
Você entenderá que para Mim todas as almas são iguais.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Parábola do semeador
Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar; — em torno dele logo reuniu-se grande multidão de gente; pelo que entrou numa barca, onde sentou-se, permanecendo na margem todo o povo. — Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim:
Aquele que semeia saiu a semear; — e, semeando, uma parte da semente caiu ao longo do caminho e os pássaros do céu vieram e a comeram. — Outra parte caiu em lugares pedregosos onde não havia muita terra; as sementes logo brotaram, porque carecia de profundidade a terra onde haviam caído. — Mas, levantando-se, o sol as queimou e, como não tinham raízes, secaram. — Outra parte caiu entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram. Outra, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por um, outras sessenta e outras trinta. — Ouça quem tem ouvidos de ouvir. (S. MATEUS, cap. XIII, vv. 1 a 9.)
Escutai, pois, vós outros a parábola do semeador. — Quem quer que escuta a palavra do reino e não lhe dá atenção, vem o espírito maligno e tira o que lhe fora semeado no coração. Esse é o que recebeu a semente ao longo do caminho. — Aquele que recebe a semente em meio das pedras é o que escuta a palavra e que a recebe com alegria no primeiro momento. — Mas, não tendo nele raízes, dura apenas algum tempo. Em sobrevindo reveses e perseguições por causa da palavra, tira ele daí motivo de escândalo e de queda. — Aquele que recebe a semente entre espinheiros é o que ouve a palavra; mas, em quem, logo, os cuidados deste século e a ilusão das riquezas abafam aquela palavra e a tornam infrutífera. — Aquele, porém, que recebe a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e em quem ela produz frutos, dando cem ou sessenta, ou trinta por um. (S. MATEUS, cap. XIII, vv. 18 a 23.)
A parábola do semeador exprime perfeitamente os matizes existentes na maneira de serem utilizados os ensinos do Evangelho. Quantas pessoas há, com efeito, para as quais não passa ele de letra morta e que, como a semente caída sobre pedregulhos, nenhum fruto dá!
Não menos justa aplicação encontra ela nas diferentes categorias espíritas. Não se acham simbolizados nela os que apenas atentam nos fenômenos materiais e nenhuma conseqüência tiram deles, porque neles mais não vêem do que fatos curiosos? Os que apenas se preocupam com o lado brilhante das comunicações dos Espíritos, pelas quais só se interessam quando lhes satisfazem à imaginação, e que, depois de as terem ouvido, se conservam tão frios e indiferentes quanto eram? Os que reconhecem muito bons os conselhos e os admiram, mas para serem aplicados aos outros e não a si próprios? Aqueles, finalmente, para os quais essas instruções são como a semente que cai em terra boa e dá frutos?
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, itens 5 e 6.)
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TOLERÂNCIA
Emaranhas-te, algumas vezes, no cipoal da incompreensão de seres queridos.
Aqui, é um filho que se te afigura inacessível às diretrizes de
renovação; mais além, é um coração amado que parece não mais te suportar
os convites ao bom senso.
Não insistas com intimações palavrosas. Ameaças e desafios assemelham-se a marteladas sobre pregos de fixação.
Oferece-lhes bondade e simpatia, quando te não consigam entender, mas não os encarceres nas linhas de teus pensamentos.
Se pessoas queridas fogem de ti, inconformadas com a vida em tua casa mental, abençoa-as com serenidade e continua agindo e servido na execução dos ideais superiores que abraças.
E se, um dia, te retornarem à convivência, buscando trabalhar perto de ti, quanto se te faça possível, abre-lhes os braços; e se te solicitam a intercessão para que venham a servir noutros caminhos, não vaciles ajudá-las, afim de que retomem o esforço de elevação do qual se
afastaram transitoriamente.
Perdão não é apenas uma joia na boca e sim a aceitação dos outros, na condição em que ainda se encontrem, com a sincera disposição de colocar-nos em lugar deles, não somente para avaliar-lhes a situação, mas também para sabermos quanto estimaríamos recolher, na situação dos que erram, a tolerância da generosidade alheia.
Sigamos o próprio caminho, sem impedir que os semelhantes escolham estradas diferentes das nossas.
Certa feita, recomendou Jesus ao Apóstolo:
- “Perdoarás não apenas uma vez, mas setenta vezes sete”.
Isso quer dizer também que à frente dos nossos irmãos que nos firam ou nos
ofendam, cabe-nos abençoá-los e auxiliá-los, tantas vezes quantas se
fizerem necessárias.
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Meimei
Chico Xavier
Obra: Somente amor
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