domingo, 18 de outubro de 2015

NO EXAME DOS VIVOS MORTOS



No movimento da vida entre as criaturas na Terra, muitos homens caminham mortos, embora mergulhados na vida.

O sensual é um vivo — amortalhado na carne.

O mentiroso é um vivo — morrendo na fantasia.

O orgulho é um vivo — sepulto na ilusão.

O hipócrita é um vivo — enjaulado na impostura.

O egoísta é um vivo — encarcerado na concha de mármore da solidão.

O descrente é um vivo — alucinado pelo ceticismo.

O avaro é um vivo — enclausurado no cofre asfixiante de valores mortos.

O perdulário é um vivo — esvaindo-se nos excessos embriagadores de insensatez.

O ingrato é um vivo — emparedado na cela morbífica do individualismo.

O crente, cuja mente está cheia de luz,e as mãos vazias de feitos, é um vivo — parasitando no veículo da fé morta.

É necessário cuidado com a vida que se leva, porque a vida levará todos para o encontro com a consciência.

Vivos-mortos e mortos-vivos se misturam no trânsito da carne para o inevitável encontro consigo mesmos.

Indispensável que a autocrítica funcione como advertência naqueles que desejam alçar a mente às Esferas Mais Altas da vida, para que possam identificar como viver, o que fazem na vida e em que posição nela se encontram.

Recordemos, assim, a assertiva do Senhor: "deixai aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos".

Morte e vida são somente estações vibratórias para quem está na morte exaltando a vida e de quem está na vida demorando-se na morte.
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Marco Prisco
Divaldo P. Franco



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