quinta-feira, 25 de maio de 2017

CARTA FRATERNAL





- Na leitura da parábola dos cegos –

Meu amigo, o Espiritismo   É campo de vida e luz;
  Não conserves sem trabalho
  A ideia que te conduz.

   Nessa lavoura bendita
  De paz, harmonia e amor,
  Cada qual tem a tarefa
  Que lhe reserva o Senhor.

   És médium? Sê diligente
  No amoroso apostolado.
  Mediunidade é serviço
  Em nome do Mestre Amado.

   Investigas a verdade?
  Procura ver que ninguém
  Deve andar observando
  Sem propósitos no bem.

   És curioso somente?
  Não olvides, meu irmão,
  Que a boa curiosidade
  É nota de elevação.

   És companheiro de luta?
  Guarda a prece e a vigilância,
  Quem é irmão de verdade
  Nunca foge à tolerância.

    És simples necessitado
  Na sombra e no sofrimento?
  Pondera a lei generosa
  De esforço e merecimento.

   És pregador? Meu amigo,
  Foge à ilusão, foge à treva,
  Que as palavras sem os atos
  São folhas que o vento leva…

   Doutrinas desencarnados?
  Procura reconhecer
  Que se vives ensinando
  É necessário aprender.

    Vens pedir alguma coisa?
  Recorda, na dor terrestre,
  Que o tesouro mais sublime
  É a paz do Divino Mestre.

   Nas alegrias, nas dores,
  No mais simples dos misters,
  Poderás fazer o bem
  No lugar onde estiveres.

  Quem busque, de fato, a luz
  Da existência verdadeira.
  Não se apega à fantasia,
  Trabalha contra a cegueira.

   Não foste chamado à fé
  Para sonho ou distração,
  Mas à justa atividade
  De nossa renovação.

    O aprendiz do Espiritismo
  Não vive sem rumo, a esmo…
  Tem Jesus por Mestre Amado
  E a escola dentro em si mesmo.
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Casemiro Cunha
Chico Xavier

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