- Na leitura da parábola dos cegos –
Meu amigo, o Espiritismo É campo de vida e luz;
Não conserves sem trabalho
A ideia que te conduz.
Nessa lavoura bendita
De paz, harmonia e amor,
Cada qual tem a tarefa
Que lhe reserva o Senhor.
És médium? Sê diligente
No amoroso apostolado.
Mediunidade é serviço
Em nome do Mestre Amado.
Investigas a verdade?
Procura ver que ninguém
Deve andar observando
Sem propósitos no bem.
És curioso somente?
Não olvides, meu irmão,
Que a boa curiosidade
É nota de elevação.
És companheiro de luta?
Guarda a prece e a vigilância,
Quem é irmão de verdade
Nunca foge à tolerância.
És simples necessitado
Na sombra e no sofrimento?
Pondera a lei generosa
De esforço e merecimento.
És pregador? Meu amigo,
Foge à ilusão, foge à treva,
Que as palavras sem os atos
São folhas que o vento leva…
Doutrinas desencarnados?
Procura reconhecer
Que se vives ensinando
É necessário aprender.
Vens pedir alguma coisa?
Recorda, na dor terrestre,
Que o tesouro mais sublime
É a paz do Divino Mestre.
Nas alegrias, nas dores,
No mais simples dos misters,
Poderás fazer o bem
No lugar onde estiveres.
Quem busque, de fato, a luz
Da existência verdadeira.
Não se apega à fantasia,
Trabalha contra a cegueira.
Não foste chamado à fé
Para sonho ou distração,
Mas à justa atividade
De nossa renovação.
O aprendiz do Espiritismo
Não vive sem rumo, a esmo…
Tem Jesus por Mestre Amado
E a escola dentro em si mesmo.
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Casemiro Cunha
Chico Xavier
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