terça-feira, 4 de julho de 2017

Colheita


Não há efeito sem causa: tudo tem seu motivo.
Não há espinheiro sem plantio anterior: só a semente pode produzir a planta.
Recapitular a lição é mais desagradável a quem sabe menos.
Há efeitos dolorosos de erros que praticaste e que te estão sendo cobrados desde já. E, quanto mais cedo pagamos, melhor.
Todo homem é crucificado quando cravado no corpo físico. De seu comportamento, nessa cruz, dependerá sua ressurreição amanhã.
Cada vez que descemos à matéria, encontramos a dor.
A visita da dor chega com desagrado do visitado: mas, quando sai, deixa luz em seu rastro.
O resultado de qualquer coisa tem que ser idêntico à causa que o moveu.
Se o resultado é a dor, a causa forçosamente foi um erro.
Se foste tu que plantaste, mesmo com outro nome, e se a colheita vem às tuas mãos, recebe-a de boa vontade.
Os laços negativos amarrados por nós só por nós podem ser desfeitos.
Não pode haver comparação entre os milênios da vida de um espírito e os poucos anos de permanência na Terra de um corpo.
A dor causada por nós em outrem, nós a sentiremos, amanhã, em nós mesmos, porque todos somos um.
A responsabilidade que sobre nós pesa reflete o passado. As agruras que sofremos são frutos amargos que plantamos. Quem faz a plantação deve recolher os frutos, doces ou amargos, não apenas como direito, mas como dever.
Então, amigo, vigia!
Por que deixas aberta a porta por onde penetram teus inimigos? Sabes fechar à chave tuas coisas terrenas, que cuidadosamente guardas, e deixas às escâncaras as entradas do mais precioso tesouro que és tu mesmo?
Defende os anéis e perdes os dedos... para que te servirão os anéis?
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Carlos Torres Pastorino
 

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