Nossas obras são os sinais que endereçamos ao mundo que nos cerca.
Por elas, criamos, no círculo em que vivemos, pensamentos, palavras e ações que, por força da Lei, reagem sobre nós, deprimindo-nos ou levantando-nos, iluminando-nos o coração ou obscurecendo-nos a mente, segundo o bem ou o mal em que se estruturam.
Não te esqueças de que a nossa trajetória, entre as criaturas, fala silenciosamente por nosso espírito.
Não é preciso que a nossa língua se desarticule na exposição desvairada do sofrimento, para recebermos a cooperação dos nossos vizinhos, porque, se a nossa plantação de simpatia e trabalho está bem tratada, a assistência espontânea do próximo vem, de imediato, ao nosso encontro.
Por outro lado, não é necessário o nosso mergulho nas alegações brilhantes do desculpismo, para inocentar-nos à frente dos outros, porque, se as nossas obras não são recomendáveis, a própria vida, na pessoa dos nossos semelhantes, nos relega a transitório abandono, a fim de que, na consequência purgatorial de nossos próprios erros, venhamos curtir a provação amarga que nos restaurará o equilíbrio à maneira de remédio preciosos e salutar.
Não olvides que os nossos atos são as legítimas expressões do nosso idioma pessoal, no campo do mundo.
Faze o bem e a luz sorrirá em tua alegria. Faze o mal e a dor chorará com as tuas lágrimas.
Disse Jesus: — “pelos frutos os conhecereis” (Mt) — e, consoante os princípios que nos regem a luta, as nossas próprias obras falarão por nós, à frente da Humanidade, decretando nossa ascensão ou nossa queda, nossa bem-aventurança ou nossa aflição.
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Emmanuel
Chico Xavier
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