domingo, 1 de outubro de 2017

Desilusões



Ao relembrar determinados momentos da sua existência talvez não consiga segurar as lágrimas.

Em muitas circunstâncias teve a alma marcada pela navalha da dor. E como voltar a sorrir quando essa alma encontra-se em frangalhos?

Como resgatar a esperança se as nuvens são abundantes e escondem o sol?

Entretanto, não param de chegar do Alto, inspirações a relembrar que a vida se renova e sempre continuará a se renovar.

Se o ontem não muda, o hoje serve de alavanca para novos patamares  no amanhã. Revê o passado vivido, para reconhecer as lições apresentadas e não para se aprisionar.

Tem muito a viver! Desilusões fazem parte da sua jornada, constituem capítulos da sua história, mas compreende que não significa a história completa.

A sua frente ainda há muitas páginas em branco.

Falta coragem? Recorre ao Mestre.

Ele não lhe deixará perdido.

Ele lhe dará a orientação que tanto suplica.

E Jesus fala contigo:

Bem aventurados os que choram porque eles serão consolados
Mateus 5:4

A vida lhe convida a prosseguir.

Não tema!

É caminhando que finalmente terá a ferida tratada e cicatrizada porque parado na inércia continua a lembrar do passado e a sofrer.

Pega no arado e vai adiante! 

Jesus não lhe faltará! Hoje e sempre Ele segue ao seu lado...
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Sônia Carvalho
JESUS_FALA_CONTIGO. 



MENSAGEM DO ESE:

A beneficência (III)


Chamo-me Caridade; sigo o caminho principal que conduz a Deus. Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.

Dei esta manhã o meu giro habitual e, com o coração amargurado, venho dizer-vos: Oh! meus amigos, que de misérias, que de lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas! Em vão, procurei consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem! há corações bons que velam por vós; não sereis abandonadas; paciência! Deus lá está; sois dele amadas, sois suas eleitas. Elas pareciam ouvir-me e volviam para o meu lado os olhos arregalados de espanto; eu lhes lia no semblante que seus corpos, tiranos do Espírito, tinham fome e que, se é certo que minhas palavras lhes serenavam um pouco os corações, não lhes reconfortavam os estômagos. Repetia-lhes: Coragem! Coragem! Então, uma pobre mãe, ainda muito moça, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a pedir-me que protegesse aquele entezinho que só encontrava, num seio estéril, insuficiente alimentação.

Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem trabalho e, em conseqüência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da penúria e, envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram, implorar a piedade dos transeuntes. Com o coração túmido de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a parte, estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos. Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos digo: Há por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os fogões se acham sem lume e os leitos sem cobertas. Não vos digo o que deveis fazer; deixo aos vossos bons corações a iniciativa. Se eu vos ditasse o proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa ação. Digo-vos apenas: Sou a caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.

Mas, se peço, também dou e dou muito. Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis! Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos! Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa magnificente árvore que se chama a beneficência. No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas ações que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível. Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira. Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou — a Caridade. – Cárita, martirizada em Roma. (Lião, 1861.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 13.)

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