terça-feira, 24 de outubro de 2017

QUASE PASSANDO





Realiza, com o aproveitamento do tempo, a tua tarefa.

Não te atropeles, mas faze logo o que te compete, enquanto as oportunidades te favoreçam.

Amanhã, talvez, não estejas mais no corpo ou não desfrutes das mesmas circunstâncias.

O teu melhor dia é o dia de hoje.

Não adies o que, por certo, já adiaste infinitas vezes, em vidas que se escoaram na ampulheta do tempo.

Dispões agora, neste exato momento, dos recursos pelos quais tanto ansiaste.

Por mais tímidas, as forças que se movimentam no Bem atraem forças semelhantes que a elas vêm se somar, prodigiosamente.

Leve impulso em tua vontade de ser útil há de te conduzir à exitosa jornada espiritual.

Não te detenhas, esperando pelo amanhã, que, tendo chegado, está quase passando.

O tempo que se perde não se recupera mais.

Não te esqueças de que os dias procedem das horas, quanto as horas procedem dos minutos.
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  Irmão José
Carlos Baccelli




MENSAGEM DO ESE:
Indissolubilidade do casamento

Também os fariseus vieram ter com ele para o tentarem e lhe disseram: Será permitido a um homem despedir sua mulher, por qualquer motivo? Ele respondeu: Não lestes que aquele que criou o homem desde o princípio os criou macho e fêmea e disse: Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher e não farão os dois senão uma só carne? — Assim, já não serão duas, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus juntou.
Mas, por que então, retrucaram eles, ordenava Moisés que o marido desse à sua mulher um escrito de separação e a despedisse? — Jesus respondeu: Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres; mas, no começo, não foi assim. — Por isso eu vos declaro que aquele que despede sua mulher, a não ser em caso de adultério, e desposa outra, comete adultério; e que aquele que desposa a mulher que outro despediu também comete adultério. (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 3 a 9.)
Imutável só há o que vem de Deus. Tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudança. As leis da Natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países. As leis humanas mudam segundo os tempos, os lugares e o progresso da inteligência. No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; mas, as condições que regulam essa união são de tal modo humanas, que não há, no inundo inteiro, nem mesmo na cristandade, dois países onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum onde não hajam, com o tempo, sofrido mudanças. Daí resulta que, em face da lei civil, o que é legítimo num país e em dada época, é adultério noutro país e noutra época, isso pela razão de que a lei civil tem por fim regular os interesses das famílias, interesses que variam segundo os costumes e as necessidades locais. Assim é, por exemplo, que, em certos países, o casamento religioso é o único legítimo; noutros é necessário, além desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este último casamento basta.
Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser.
Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, freqüentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: “Não sereis senão uma só carne”, e quando Jesus disse: “Não separeis o que Deus uniu”, essas palavras se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.
Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII, itens 1 a 4.)
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💫TUDO ESTÁ DANDO CERTO💫

Uma moça, chamada Caroline, jovem e muito religiosa estava fazendo as primeiras escolhas em sua vida. Decidiu que queria ser médica e optou em cursar medicina. Porém, no primeiro vestibular, não alcançou nota suficiente para passar. No ano seguinte prestou mais uma vez, e de novo não obteve sucesso. Estudou muito e tentou pelo terceiro ano consecutivo, e mais uma vez não conseguiu ser aprovada na universidade.

Após três decepções em três anos seguidos ela orou fervorosamente a Deus e perguntou por que ela não conseguia passar na universidade e qual era o motivo de suas tentativas frustradas. Ficou em oração por um tempo e veio em sua mente uma voz angelical que disse:

– “Está dando certo…”.

Caroline ouviu a voz, mas não deu importância, já que obviamente o vestibular não tinha dado certo, pois ela não passou em medicina, que era seu sonho. No ano seguinte tentou Direito e conseguiu ser aprovada, porém com certa tristeza.

Quando estava cursando Direito, leu num cartaz da faculdade uma excelente oportunidade de estágio, num dos escritórios de advocacia mais conceituados do Brasil. Passou por uma entrevista de emprego e foi muito elogiada pelo entrevistador. Mas na prova teórica necessária para a aprovação não teve o mesmo sucesso e foi reprovada. Assim que chegou em casa, a noite, orou mais uma vez aos anjos e perguntou por que o estágio também tinha dado errado, assim como a medicina.

“Por que quase tudo dá errado?”, perguntou ela em oração. Subitamente ouviu a mesma voz angelical dizendo:

– “Está dando certo…”.

Mais uma vez não deu importância à voz, posto que, obviamente, ela tinha perdido uma grande oportunidade de estágio.

Caroline morava num apartamento com sua mãe. Havia terminado a faculdade quando, num ataque cardíaco fulminante, sua mãe morreu e a deixou sozinha neste mundo. Caroline se desesperou muitíssimo, pois era bastante apegada a sua mãe. Desenvolveu um quadro depressivo após a perda e precisou de alguns meses até se recuperar. Numa de suas crises de desespero, fez uma prece dirigida aos anjos do Senhor e mais uma vez perguntou:

– Por que Senhor? Por que tudo em minha vida dá errado?

Mais uma vez, a mesma voz angelical, muito bela, ressoou dentro de sua mente, mas agora lhe veio também à imagem de um anjo, que disse:

– “Está dando certo…”.

Caroline já começava a ficar brava com a voz. “Nada está dando certo, que droga!”, disse ela em voz alta:

“Tudo em minha vida está dando errado! Não entendo por que Deus faz isto comigo!”

Após a morte de sua mãe, Caroline, que já era viciada em trabalho, começou a ficar ainda mais mergulhada nos afazeres do escritório em que começou a trabalhar. Já estava por demais estressada e cansada de tanto trabalho, e por isso acabou ficando muito doente e foi conduzida a UTI de um hospital com um quadro bem grave. Ficou mais de dois meses internada, sem poder trabalhar, e ficou pensando sobre a sua vida até aquele momento. Sua sensação era de ter perdido tudo e estar à beira de um surto. Mais uma vez orou ardentemente e pediu uma explicação a Deus e aos anjos:

–" Deus, por favor, me ajude. Perdi tudo e estou aqui neste leito de hospital inválida. Qual o sentido de tudo isso? Por que tudo dá errado para mim?"

Caroline ficou tão nervosa com essa situação que acabou tendo um ataque cardíaco. Percebeu seu corpo muito leve e começou a levitar acima do leito hospitalar. Viu a equipe médica tentando reanima-la, mas sem sucesso.

De repente já não estava mais no hospital, mas numa espécie de cosmos espiritual infinito, além do tempo e do espaço, numa região de luz e amor. Nesse momento, uma voz suave disse:

– “Está dando certo…”.

Caroline reconheceu aquela voz. Era a mesma voz que, ao longo de várias fases de sua vida até aquele momento, havia sempre lhe incentivado com a afirmativa de que tudo estava dando certo. Logo depois um anjo apareceu. Caroline então resolveu aproveitar aquela situação de “quase-morte” e perguntou ao anjo:

– "Ao longo de minha vida sempre ouvi sua voz dizendo que tudo estava dando certo. Mas eu não passei em medicina, perdi o estágio que tanto queria para minha carreira em Direito, minha mãe, que era a pessoa que eu mais amava morreu, fiquei depressiva e agora estou aqui, morta, após uma grave enfermidade. Como é possível acreditar que minha vida deu certo?"

O anjo, com olhar amoroso, respondeu:

– "Caroline, em todos os momentos difíceis de sua vida eu lhe disse que as coisas estavam dando certo, e de fato estavam. Você não passou na faculdade de medicina por que não seria feliz como médica, não era esse o seu dom. Você seria mais produtiva, feliz e cumpriria muito mais a sua missão sendo advogada. Você não passou no “prestigiado estágio”, pois seria estuprada no escritório nos primeiros dias de trabalho, o estuprador ficaria impune e isso provocaria feridas psicológicas que você dificilmente superaria. A morte de sua mãe serviu para você se libertar do apego que tinha dela, e para você aprender a se virar sozinha, como você conseguiu depois. A doença que te levou a interrupção do seu trabalho veio para que você pudesse parar um pouco com sua rotina super corrida e estressante e refletisse um pouco sobre você mesma, caso contrário, algo pior poderia ocorrer. Tudo isso serviu de aprendizado, lições que você jamais irá perder. Por isso eu sempre lhe transmitia o pensamento de que “Está dando certo”. De um ponto de vista humano limitado, tudo estava dando errado, mas de um ponto de vista infinito, dentro do seu desenvolvimento espiritual, tudo estava dando certo. Muitas vezes as pessoas pedem a solução dos seus problemas e acreditam que sua vida está toda errada. E na maioria das vezes, está tudo dando certo, mas o ser humano não percebe isso. Os anjos ficam repetindo “está dando certo… está dando certo…” e as pessoas não acreditam. Agora volte a Terra, pois ainda não chegou a sua hora. Você vai retornar e passar a viver uma existência muito melhor."
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Autor: Hugo Lapa

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