segunda-feira, 23 de outubro de 2017

DESCE



É possível que o estado de sobre-excitação mental em que vives não te permita perceber a grandiosidade das coisas pequenas que te rodeiam.

Raras vezes, tens conseguido asserenar o pensamento e superar a vertigem das ideias aceleradas.

Tão requisitado te sentes pelas altas preocupações da Vida, que não mais sequer olhas para o chão em que pisas.

Não paires assim, mentalmente, tão alheio à realidade das coisas simples que te cercam.

Desce do ápice de teus raciocínios transcendentes e exercita-te na convivência com aqueles cuja grande aflição consiste na obtenção do pão de cada dia.
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Irmão José  
Carlos Baccelli  
 “Ajuda-te e o Céu te Ajudará” 




MENSAGEM DO ESE:
Perdoai, para que Deus vos perdoe


Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (S. MATEUS, cap. V, v. 7.)
Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; — mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 14 e 15.)
Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. — Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?” — Respondeu-lhe Jesus: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 15, 21 e 22).]
A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir. Uma é sempre ansiosa, de sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.

Ai daquele que diz: nunca perdoarei. Esse, se não for condenado pelos homens, sê-lo-á por Deus. Com que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias faltas, se não perdoa as dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar: uma, grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa possa ter; a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que tal se julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como sou generoso! Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte. Não, não há aí generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao orgulho. Em toda contenda, aquele que se mostra mais conciliador, que demonstra mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza d'alma granjeará sempre a simpatia das pessoas imparciais.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 1 a 4.)
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*DESGOSTOS EM FAMÍLIA*
💫A FAMÍLIA💫
A família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se enriquecem de paciência, renúncia e boa vontade.
De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.
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Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram a esfera superior aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, a fim de restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para a frente.
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Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.
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Se és pai, não abandones teu filho aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça de tua casa.
Os filhos são comparáveis a “tratos de terra espiritual” que devolverás, invariavelmente, à Espiritualidade na pauta da sementeira que lhes ofertes.
Se és filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os corações quando te parecem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia, precisarás da alheia compreensão para que se te aperfeiçoe na individualidade a região agora menos burilada e menos atendida.
O companheiro mais idoso, em toda parte, é o espelho do teu próprio futuro.
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Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância, para que a experiência em família não se te desapareça no tempo, sem proveito para o grande caminho.
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Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de muitos.
Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a benefício dos irmãos de tarefa ou de lar, debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.
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Cultiva o trabalho, o silêncio e a generosidade e conquistarás o respeito, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.
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Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz, no culto do Evangelho.
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Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas.
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Procura atender e auxiliar a todos em casa para que todos em casa te entendam e auxiliem na solução dos problemas do cotidiano.
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O lar é o porto de onde a alma se retira para Além do Mundo e quem não transporta no coração o lastro da experiência cristã, dificilmente escapará de surpresas inquietantes e dolorosas.
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Procura o Evangelho com todos ou sozinho.
Recorda que todo dia é dia de começar.

Livro: Nós
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
CEU – Cultura Espírita União

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