quinta-feira, 6 de setembro de 2018

SIMPLICIDADE


A Natureza é simples. Os animais são simples. As crianças são naturalmente simples. Crescemos e, de acordo com a cultura da época e da sociedade, tornamo-nos complexos e complicados. Salão de beleza todas as semanas, pra quê? Carros de luxo, roupas de grife, bebidas importadas, mobílias sofisticadas, muita burocracia, linguagem rebuscada, pra quê? Alguém já disse que é na manteiga que começa a tentação.

A simplicidade abre as portas de uma vida melhor. Não se pode viver em paz longe da simplicidade. Não se trata de pobreza, muito menos miséria. Não estou falando de sujeira nem de desconforto. Tire o supérfluo e os excessos de sua vida e ficará a simplicidade.

Se você não puder fazer determinado percurso de carro, vá de bicicleta; se não for possível ir de bicicleta, vá a pé.

Embaraçamo-nos pelos caminhos da vida nas teias da vaidade e do egoísmo e assim afastamo-nos da essência. O místico indiano Yogananda disse o seguinte: Deus é simples, tudo mais é complicado.

Na simplicidade respiramos livremente, na sofisticação trabalhosa sufocamos a alma.

Nas pegadas de Jesus teremos que simplificar a vida, até porque precisamos estar mais desempedidos para o trabalho da auto-iluminação.

Nessa senda reduzimos nossas necessidades, gastamos menos dinheiro, e passamos a produzir mais e melhor em benefício do próximo. Lembremos da sublime passagem evangélica: Olhai os lírios do campo: nem Salomão, em toda a sua grandeza, se vestiu como um deles.
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Livro: Em Meu Lugar, o Que Faria Jesus?
Ariston S. Teles
Editora Espírita Ano Luz 






MENSAGEM DO ESE:
Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo

Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” — Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” — Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” — Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” — Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. Mateus, cap. XVI, vv. 13 a 17; S. Marcos, cap. VIII, vv. 27 a 30.)

Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso — porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que uns dos antigos profetas ressuscitara. — Disse então Herodes: “Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse de quem ouço dizer tão grandes coisas?” E ardia por vê-lo. (S. Marcos, cap. VI, vv. 14 a 16; S. Lucas, cap. IX, vv. 7 a 9.)

(Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interrogam desta forma: “Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?” — Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: — mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.” — Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. (S. Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13; — S. Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13.)
A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.
A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 1 a 4.)


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