domingo, 14 de outubro de 2018

Perdoa e ajuda



Sem nos reportarmos às múltiplas experiências do passado, em que por vezes incontáveis recolhemos o socorro da Compaixão Divina, recordemos quão magnânimo tem sido o Senhor para conosco e aprendamos a desculpar infinitamente…

 Limitando as tuas lembranças ao acanhado círculo da existência que passa, rememora o pretérito e pergunta a ti mesmo, no silêncio do coração!…

 Quantas vezes nos perdoou o Senhor através do carinho materno nas hesitações e necessidades da infância?… Quantas vezes ter-nos-á estendido generosas mãos, por intermédio de instrutores benevolentes, na teimosia caprichosa da mocidade?

 Inventariemos nossas quedas de cada dia, nossas defecções íntimas, nossas ocultas deserções do dever a cumprir…

 Analisemos as falhas e os prejuízos que provocamos consciente ou inconscientemente na tarefa que fomos chamados a atender e verificaremos a Piedade Infinita do Divino Mestre, socorrendo-nos pela palavra, pelo sorriso, pela tolerância e pelas mãos de numerosos amigos que, em Seu Nome, nos reajustam para a obra de elevação que nos compete realizar…

 Em muitas ocasiões, quando mais aflitivo se nos revela o sentimento de culpa na intimidade da alma, quando nossa inaptidão para o bem nos arroja às garras do mal, eis que a Infinita Bondade nos estende um raio de esperança, encorajando-nos à humildade e à diligência para a justa reparação…

  Pensa nessa abençoada rede assistencial de amor que nos cerca em todos os passos evolutivos e não te detenhas na acusação…

  Repara na fragilidade do companheiro, tanto quanto o Terno Amigo nos observa as fragilidades, e guarda o respeitoso silêncio da fraternidade bem vivida, onde não possas abrir o coração ao estímulo sincero.

  Muitas vezes, a crítica impensada ou o apontamento amargoso nos marcarão o espírito com reminiscências cruéis, mas nunca nos arrependeremos de haver perdoado em todo lugar onde a ignorância e a leviandade nos arroja a ofensa ao rosto.

  Ouve, cala-te e espera…

  Mas espera, desculpando o mal e fazendo o bem que possas, porque, acima de nós, reina a Justiça Indefectível e Soberana que, a nosso respeito e a respeito de nossos irmãos, se expressará insuperável e certa, no momento oportuno.

 Emmanuel 
Chico Xavier





MENSAGEM DO ESE:
Sacrifício da própria vida

– Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?

Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação. — São Luís. (Paris, 1860)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 29.)



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