domingo, 16 de dezembro de 2018

Entende e vive




Repara a Tolerância Celeste em derredor de teus passos…

Em todo o chão que pisas, há louvor à esperança.

Aqui, é a vergôntea frágil que se fará ramo forte, ali é o fruto verde buscando amadurecer.

Além, é a gleba seca aguardando o adubo em formação para cobrir-se de flores e, mais além, é o corpo triste do charco esperando a drenagem que dele fará terra útil.

Nem pressa, nem violência.

Em toda faixa de solo, é a paciência das horas com o auxílio incessante da Natureza.

Vale-se, assim, da lição para entender e servir.

Não disputes a condição daquele que se esconde na carapaça do próprio orgulho para exclamar: — “eu perdoo”, exibindo virtudes imaginárias.

Acalma-te, cada dia, ao pé de cada ofensa e auxilia o melhor que possas.

Lembra-te de que tanto ocorrem mazelas na mente quanto chagas no corpo.

E pensa que, se há moléstias visíveis, medicáveis em tempo próprio, enfermidades ocultas podem surgir adentro do cosmo orgânico, flagelando sentimentos e aspirações, sem possibilidade de serem vistas para o socorro adequado.

Assim, diante da falência ou da deserção, do golpe ou da crueldade, silencia e socorre sempre, para que mais tarde, nos óbices do caminho, não te faltem luz e visão ante a probabilidade da queda nos mesmos erros.

Só o amor consegue cobrir a multidão de nossas deficiências.

Sobretudo, recorda que, se te não é possível improvisar o heroísmo ou a santidade em ti mesmo, podes compreender e servir, para que, por tua bondade e entendimento de hoje, se faça a vida amanhã mais elevada e melhor. 
**********************
Emmanuel 
Chico Xavier



MENSAGEM DO ESE: 
O Suicídio e a Loucura


14 – A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar.

15 – O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facilmente adquire paciência. Ele só se desespera se não ver um termo para os seus sofrimentos. E o que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas aquele que não crê na eternidade, que pensa tudo acabar com a vida, que se deixa abater pelo desgosto e o infortúnio, só vê na morte o fim dos seus pesares. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.

16 – A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apóiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa idéia? Que compensação poderão oferecer-lhes? Que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.

A propagação das idéias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos a idéia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a idéia do suicídio. Daí, numa palavra, a coragem moral.

17 – O Espiritismo tem ainda, a esse respeito, outro resultado igualmente positivo, e talvez mais decisivo. Ele nos mostra os próprios suicidas revelando a sua situação infeliz, e prova que ninguém pode violar impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Entre os suicidas, o sofrimento temporário, em lugar do eterno, nem por isso é menos terrível, e sua natureza dá o que pensar a quem quer que seja tentado a deixar este mundo antes da ordem de Deus. O espírita tem, portanto, para opor à idéia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso, o número de suicídios que o Espiritismo impede é considerável, e podemos concluir que, quando todos forem espíritas, não haverá mais suicídios conscientes. Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência.

************************

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário.