sexta-feira, 14 de junho de 2019

Busquemos Mais Luz


Homem algum possui recursos bastante para redimir o mundo, mas todos guardamos possibilidades suficientes para a regeneração de nós mesmos.

Não te esqueças da hora que passa, convocando-te às construções do espírito.

O patrimônio real de cada um é aquele que se constitui de nossas próprias obras.

E tudo aquilo que nos rodeia, quando nos achamos na encarnação terrestre, seja riqueza ou indigência, dor ou felicidade, plenitude ou escassez, no círculo das circunstâncias a que o renascimento nos arroja, não passa de material didático, objetivando-nos a educação para a vida imperecível.

Não ter descures do tempo, a força aparentemente inerte suscetível de oferecer-nos os meios necessários à ação edificante.

Com os dias, algo produzimos.

Enquanto o lavrador diligente prepara colheita de prosperidade e alegria, aquele outro que cruza os braços, à frente do arado, forma cristalizações de indiferença que o inclinam à penúria.

Enquanto o aprendiz da sabedoria avança para frente, traçando sendas de acesso ao Infinito, o estudante vadio coagula as sombras, ao redor do degrau em que a vida o situa, demorando-se na estagnação.

Resguarda o próprio corpo, por abençoado instrumento de elevação.

Através dele, se queres, é possível amealhar os valores da espiritualidade, alcançar a paz íntima, recolher as bênçãos do Céu e refletir a Divina Vontade, enriquecendo-te, cada vez mais, pela extensão crescente das próprias faculdades, na compreensão do próprio caminho.

Busquemos mais luz.

Quando o Mestre recomendou nos fizéssemos crianças, perante a Lei, não se propunha reter-nos na ingenuidade, ou na incultura. Procurava criar em nós o estado imprescindível de receptividade, à frente da vida, a fim de reajustarmos os fios de nossos ideais, sobre os alicerces da verdadeira sublimação.
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 Nascer e Renascer – Psicografia de Francisco C. Xavier, pelo Espírito Emmanuel





MENSAGEM DO ESE:

O homem de bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado.” 
Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. 
Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 3.)



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