quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Mensagem de Encorajamento




Companheiro, ponha-se de pé e siga os corações que rumam confiantes.

Doe as aflições ao tempo, cubra-se com o manto da esperança e avance intimorato.

A multidão chora e sorri. Misturam-se lágrimas e sorrisos, abafados pelo retinir das taças finas que contêm os vapores da morte e os fluidos da loucura.

Possivelmente, os anseios atormentam-lhe o coração ansioso... Mas os que buscaram a enganosa liberdade demoram-se nas prisões que a própria delinqüência ergueu, inquietados pelo tigrino clamor das multidões desvairadas e o zurzir impiedoso da consciência em desalinho.

Alçando o pensamento ao Grande Bem, você pode chegar à paz íntima, embora carregue as cicatrizes do sentimento, porfiando na conduta reta.

O tempo é mestre: benfeitor e justiceiro. Tudo refaz, tudo apaga, tudo corrige.

Com o tempo, o grão de areia se transforma em valiosa pérola aprisionada no íntimo da ostra, até um dia...

Com o tempo, o carvão humilde transforma-se em diamante precioso encastelado na montanha poderosa, até um dia...

Com o tempo, a semente pequenina incha no seio da terra, transformando-se, até um dia...

Com o tempo, o débil embrião da vida desenvolve-se modificando a própria estrutura, até um dia...

Com o tempo, o regato humilde atinge o mar, vencendo distância e obstáculo.

Com o tempo, a Mensagem do Cristo se espalhou sobre a Terra, convidando o homem à tecelagem do manto nupcial para o matrimônio da Humanidade com a Vida, um dia...

Enxugue o suor da ansiedade.

Guarde as lágrimas da inquietação.

Amanhã, talvez, o trabalho exija suor e lágrimas em honra à felicidade de ser feliz.

Escude-se na dor dos outros e avance.

Lembre-se dos que caíram somente para os ajudar.

Olhe os vitoriosos da luta e siga com eles.

Não se preocupe por você ter tombado ontem, na escuridão. Agora brilha a luz da verdade em seu caminho.

Vença a tristeza nascida na recordação da própria fraqueza. Encha a alma com a alegria de tudo poder em Cristo.

Todas as coisas passam, na Terra, à semelhança das belas flores e dos espinheiros no mesmo jardim.

No Grande Além, no entanto, há sempre luz.

Não se aflija com as necessidades imperiosas de abandonar as flores da ilusão, sofrendo os espinhos que conduzem à reflexão.

Aceite hoje os acúleos, coroando-lhe a cabeça para que um braseiro de remorsos não lhe arda na consciência mais tarde.

Atenda e socorra o próximo, atendido e socorrido pelo Céu.

Sem desfalecer nem recear, repita: Com Jesus vencerei!, e mais fácil lhe parecerá a redenção.

Amigo do Cristo, ponha-se de pé e siga arrimado ao espírito de luta dos que se alçam à Vida, carregando, como você mesmo, sofrimentos e aflições.
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Pelo Espírito Scheilla
FRANCO, Divaldo Pereira. Crestomatia da Imortalidade. Espíritos Diversos. LEAL.


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MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (III)

O desapego aos bens terrenos consiste em apreciá-los no seu justo valor, em saber servir-se deles em benefício dos outros e não apenas em benefício próprio, em não sacrificar por eles os interesses da vida futura, em perdê-los sem murmurar, caso apraza a Deus retirá-los. Se, por efeito de imprevistos reveses, vos tornardes qual Job, dizei, como ele: “Senhor, tu mos havias dado e mos tiraste. Faça-se a tua vontade.” Eis aí o verdadeiro desprendimento. Sede, antes de tudo, submissos; confiai nAquele que, tendo-vos dado e tirado, pode novamente restituir-vos o que vos tirou. Resisti animosos ao abatimento, ao desespero, que vos paralisam as forças. Quando Deus vos desferir um golpe, não esqueçais nunca que, ao lado da mais rude prova, coloca sempre uma consolação. Ponderai, sobretudo, que há bens infinitamente mais preciosos do que os da Terra e essa idéia vos ajudará a desprender-vos destes últimos. O pouco apreço que se ligue a uma coisa faz que menos sensível seja a sua perda. O homem que se aferra aos bens terrenos é como a criança que somente vê o momento que passa. O que deles se desprende é como o adulto que vê as coisas mais importantes, por compreender estas proféticas palavras do Salvador: “O meu reino não é deste mundo.”


A ninguém ordena o Senhor que se despoje do que possua, condenando-se a uma voluntária mendicidade, porquanto o que tal fizesse tornar-se-ia em carga para a sociedade. Proceder assim fora compreender mal o desprendimento dos bens terrenos. Fora egoísmo de outro gênero, porque seria o indivíduo eximir-se da responsabilidade que a riqueza faz pesar sobre aquele que a possui. Deus a concede a quem bem lhe parece, a fim de que a administre em proveito de todos. O rico tem, pois, uma missão, que ele pode embelezar e tornar proveitosa a si mesmo. Rejeitar a riqueza, quando Deus a outorga, é renunciar aos benefícios do bem que se pode fazer, gerindo-a com critério. Sabendo prescindir dela quando não a tem, sabendo empregá-la utilmente quando a possui, sabendo sacrificá-la quando necessário, procede a criatura de acordo com os desígnios do Senhor. Diga, pois, aquele a cujas mãos venha o que no mundo se chama uma boa fortuna: Meu Deus, tu me destinaste um novo encargo; dá-me a força de desempenhá-lo segundo a tua santa vontade.


Aí tendes, meus amigos, o que eu vos queria ensinar acerca do desprendimento dos bens terrenos. Resumirei o que expus, dizendo: Sabei contentar-vos com pouco. Se sois pobres, não invejeis os ricos, porquanto a riqueza não é necessária à felicidade. Se sois ricos, não esqueçais que os bens de que dispondes apenas vos estão confiados e que tendes de justificar o emprego que lhes derdes, como se prestásseis contas de uma tutela. Não sejais depositário infiel, utilizando-os unicamente em satisfação do vosso orgulho e da vossa sensualidade. Não vos julgueis com o direito de dispor em vosso exclusivo proveito daquilo que recebestes, não por doação, mas simplesmente como empréstimo. Se não sabeis restituir, não tendes o direito de pedir, e lembrai-vos de que aquele que dá aos pobres, salda a dívida que contraiu com Deus. 
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— Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)

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Operemos em Cristo




“E quanto fizerdes, por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus e Pai.” – Paulo. (Colossenses, 3:17.)


A espera de resultados, depois de expressões e ações reconhecidamente elevadas, pode provocar enormes prejuízos em nossa romagem para a Suprema Luz.


Enquanto aguardamos manifestações alheias de gratidão ou melhoria, somos suscetíveis de paralisar nossas próprias obrigações, desviando-nos para o terreno escuro da maledicência ou do julgamento precipitado.


Quanto seja possível, distribuamos o bem, entregando nossas atividades ao Cristo, divino doador dos benefícios terrestres.


É perigoso estabelecer padrões de reconhecimento para corações alheios, ainda mesmo quando sejam preciosas joias do nosso escrínio espiritual. Em nossa expectação ansiosa por enxergar a soma de nossos gestos nobres, podemos parecer egoístas, ingratos e maldizentes.


Copiemos o pomicultor sensato.


Preparemos a terra, auxiliando-a e adubando-a. Em seguida, lancemos ao solo sementes e mudas valiosas.


O serviço mais importante caberá ao Senhor da Vida. Ele cuidará das circunstâncias favoráveis no espaço e no tempo, desenvolvendo-nos a sementeira, ou anular-nos-á o serviço, através de processos naturais, adiando a realização de nossos desejos, em virtude de razões que desconhecemos.


O pomicultor equilibrado trabalha com títulos de sincera confiança no Céu, ignorando, de maneira absoluta, se colherá flores ou frutos de suas obras, no quadro do imediatismo humano.


Ampara-se, todavia, na Providência Divina e trabalha sempre, a benefício de todos.


Cumpramos, assim, nossa tarefa, por mais alta ou mais humilde, operando invariavelmente em nome de Jesus.


Junto dEle, sejam para nós a glória de amar e o prazer de servir.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)


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