domingo, 13 de dezembro de 2020

O Espiritismo e os cônjuges



 Sem entendimento e respeito, conciliação e afinidade espiritual, torna-se difícil o êxito no casamento.

 Todos os pretendentes à união conjugal carecem de estudar as circunstâncias do ajuste esponsalício antes do consórcio, para isso existindo o período natural do noivado. Aspecto deveras importante para ser analisado será sempre o da crença religiosa.

 Efetivamente, se a religião idêntica no casal contribui bastante para a estabilidade do matrimônio, a diversidade dos pontos de vista não é um fator proibitivo da paz em família. Mas se aparecem rixas no lar, oriundas do choque de opiniões religiosas diferentes, a responsabilidade é claramente debitada aos esposos que se escolheram um ao outro.

 A tendência comum de um cônjuge é a de levar o outro a pensar e a agir como ele próprio, o que nem sempre é viável e nem pode ocorrer. Eis por que não lhes cabe violentar situações e sentimentos, manejando imposições recíprocas, mormente no sentido de se arrastarem a determinada crença religiosa.

 Deve partir do cônjuge de fé sincera a iniciativa de patentear a qualidade das suas convicções, em casa, pelo convite silencioso a elas, através do exemplo.

 Não será por meio de discussões, censuras ou pilhérias em torno de assuntos religiosos que se evidenciará algum dia a excelência de uma doutrina.

 Ao invés de murmurações estéreis, urge dar provas de espiritualidade superior, repetidas no dia a dia. Em lugar de conceitos extremados nas prédicas fatigantes, vale mais a exposição da crença pela melhoria da conduta, positivando-se quão pior seria qualquer criatura sem o apoio da religião.

 Para os espíritas jamais será construtivo constranger alguém a ler certas obras, frequentar determinadas reuniões ou aceitar critérios especiais em matéria doutrinária.

 Quem deseje modificar a crença do companheiro ou da companheira, comece a modificar a si mesmo, na vivência da abnegação pura, do serviço, da compreensão, do bom-senso prático, salientando aos olhos do outro ou da outra a capacidade de renovação dos princípios que abraça.

 O cônjuge é a pessoa mais indicada para revelar as virtudes de uma crença ao outro cônjuge. Um simples ato de bondade, no recinto do lar, tem mais força persuasiva que uma dezena de pregações num templo onde a criatura comparece contrariada.

 Uma única prova de sacrifício entre duas pessoas que se defrontam, no convívio diário, surge mais eficaz como agente de ensino que uma vintena de livros impostos para leituras forçadas.

 Em resumo, depende do cônjuge fazer a sua religião atrativa e estimulante para o outro, ao contrário de mostrá-la fastidiosa ou incômoda.

 Nos testemunhos de cada instante, no culto vivo do Evangelho em casa e na lealdade à própria fé, persista cada qual nas boas obras, porque, ante demonstrações vivas de amor, cessam quaisquer azedumes da discórdia e todas as resistências da incompreensão.

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André Luiz
(Psicografia de Waldo Vieira)
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MENSAGEM DO ESE:

Destino da Terra e causas das misérias humanas 

6. Admira-se de encontrar sobre a Terra tanta maldade e más paixões, tantas misérias e enfermidades de toda a sorte, concluindo-se quão deplorável é a espécie humana. Esse julgamento provém de um ponto de vista limitado, e que dá uma falsa ideia do conjunto. É preciso considerar 
que, na Terra, não se encontra toda a Humanidade, mas apenas uma 
pequena fração dela. Na verdade, a espécie humana compreende todos os 
seres dotados de razão que povoam os inumeráveis mundos do Universo. 


Ora, o que é a população da Terra diante da população total desses mundos? 
Bem menos que a de um vilarejo em relação à de um grande império. A condição material e moral da Humanidade terrena nada tem de espantosa, se pensarmos nos destinos da Terra e na natureza de sua população.


7. Faríamos uma ideia bem falsa dos habitantes de uma grande cidade, se a julgássemos pela população dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados. Numa prisão, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, 
a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Do mesmo modo, se considerarmos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal – pois ela é, muitas vezes, tudo isso a um só tempo – compreenderemos porque as aflições sobrepujam os prazeres, pois não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção aqueles que não cometeram crimes, porque nem os hospitais nem as casas de correção são lugares prazerosos. Assim como, numa 
cidade, toda a população não está nos hospitais ou nas prisões, assim toda a Humanidade não se encontra na Terra. Da mesma forma como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando a pena é cumprida, o homem deixa a Terra para mundos mais felizes, quando se cura de suas enfermidades morais.
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 

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O investimento na infelicidade


Quanto mais você se torna confinado em seu eu, mais a vida se torna sem sentido. Então você fica infeliz. Então a infelicidade tem algumas outras compensações.


Quando você está feliz você se torna comum, porque ser feliz é simplesmente ser natural. Ser infeliz é se tornar extraordinário. Não há nada especial em ser feliz – as árvores são felizes, os pássaros são felizes, os animais são felizes, as crianças são felizes. 


O que há de especial nisso? É apenas a coisa usual na existência. A existência é feita de uma coisa chamada felicidade. Olhe só essas árvores! ...tão felizes! Veja os pássaros cantando ...de um jeito tão feliz! A felicidade não tem em si nada de especial. Felicidade é uma coisa muito comum.


Estar jubiloso é ser absolutamente comum. 


O eu, o ego, não permite isso.


Por isso as pessoas falam muito sobre suas infelicidades. Elas se tornam especiais só pelo fato de falarem sobre suas infelicidades. As pessoas continuam falando sobre suas doenças, suas dores de cabeça, seus estômagos, seus issos e aquilos. Todas as pessoas são de uma maneira ou de outra hipocondríacas. E se alguém não acredita na sua infelicidade, você fica magoado. 


Se alguém se solidariza com você e acredita na sua infelicidade – até mesmo em sua exagerada versão dela – você se sente muito feliz. Isto é uma coisa estúpida, mas tem de ser entendida.


A infelicidade torna você especial. A infelicidade torna você mais egoísta. Um homem infeliz pode ter um ego mais concentrado do que um homem feliz. Um homem feliz na verdade não pode ter o ego, porque uma pessoa só se torna feliz quando não existe ego. Quanto mais desprovido de ego, mais feliz; quanto mais feliz, mais desprovido de ego. Você se dissolve na felicidade.


- Osho, em "A jornada de ser humano" -
A

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