quinta-feira, 24 de junho de 2021

O TRONCO CAÍDO


Há uma bela lenda dos índios Cherokee sobre o "ritual de passagem" que diz isto:

“O pai leva o filho para a floresta, coloca uma venda nos olhos e o deixa lá, sozinho.

O jovem deve permanecer sentado em um tronco a noite toda, sem remover a venda até que os raios do sol o avisem que é de manhã.

 Ele não pode e não deve pedir ajuda a ninguém.
Se ele sobreviver à noite, sem se desmoronar, será um homem.

Não pode contar a sua experiência aos amigos ou a ninguém, porque cada jovem tem que se tornar um homem sozinho.

O jovem está claramente aterrorizado ... ele ouve muitos barulhos estranhos ao seu redor.

 Certamente existem feras ferozes ao seu redor. Talvez até homens perigosos que o machuquem.

O vento sopra forte a noite toda balançando as árvores, mas ele continua corajosamente, sem tirar a venda dos olhos. Afinal, é a única maneira de se tornar um homem!

Finalmente, depois de uma noite assustadora, o sol sai e ele tira a venda dos olhos.

E é nesse momento que ele percebe que o pai está sentado no tronco, ao lado dele. Esteve de guarda toda a noite protegendo o filho de qualquer perigo. O pai estava lá, embora o filho não soubesse.”

Nós também nunca estamos sozinhos. Na noite mais assustadora, no escuro mais profundo, na solidão mais completa, mesmo quando não nos damos conta disso, Deus nunca nos abandona, e nos guarda... sentado no tronco ao nosso lado.
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Desconhecemos a autoria
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MENSAGEM DO ESE:

A indulgência (II)

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
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— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)
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Exercício de reaproximação: Vaso de cristal



Determinados nós cármicos não se desfazem facilmente...


Precisamos ter calma, para não apertá-los ainda mais!


A precipitação pode complicar, a ansiedade, a falta de compreensão.


Precisamos lidar com certas provas afetivas como se lidássemos com um vaso de cristal...


Não raro, o problema é complexo e pede mais tempo em sua solução.


Com bondade no coração, podemos ir sensibilizando os espíritos envolvidos – eles se compadecerão de nós e suavizarão os seus métodos de cobrança, concordando em “parcelar a dívida”.


Que vamos fazer?


Ninguém muda de uma hora para outra, nem nós e nem os outros.


Transpor abismos exige a construção de uma ponte...


Saltar sobre os obstáculos não significa removê-los.


Então, somente através da generosidade conseguiremos abrir portas que nós mesmos fechamos...


Às vezes, não conseguimos abraçar, mas podemos sorrir.


A gente ama também com os olhos...


O zelo é amor, o interesse, a proteção.


Os corpos nem sempre precisam se tocar.


Cada qual expressa afeto conforme pode. Um ótimo exercício de reaproximação é começar conversando...


Mas nada de ficar remoendo o passado!
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Livro: Doutrina Viva
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Francisco Cândido Xavier
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier

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