quinta-feira, 9 de setembro de 2021

À beira do desânimo


Há dias em que não queremos fazer nada.

Acordamos um tanto pra baixo, não sabemos a razão.

Tivemos sonhos ruins, acordamos desorientados, não dormimos bem.

Há dias que parecem parados no tempo. Olhamo-nos no espelho e não vemos nada. Nada além de um rosto cansado, triste.

São dias desafiadores, pois fazer as coisas sem vontade de fazê-las é verdadeira tortura.

No entanto, esses são dias de autodescobrimento também.

Por que nos sentimos assim? O que nos alterou dessa forma?

Temos vivenciado muitos dias como este? Ou este é apenas uma exceção?

A autoanálise precisa ser uma constante em nossas vidas. Não podemos deixar que as emoções tomem conta de nossa existência. Somos nós que temos as emoções e não elas que nos têm.

Dia ou outro de desânimo é até natural. Estamos em plena batalha e, por vezes, precisamos descansar.

Porém, lembremos, o desânimo não pode tomar conta da nossa vida. Podemos senti-lo, acompanhá-lo de perto, cuidando, como um bom médico que monitora seu paciente.

Por mais dura que seja, a reencarnação é oportunidade singular, magnífica, conseguida após planejamento minucioso e cuidadoso por parte das leis maiores.

Valorizá-la é lutar contra tudo aquilo que pode vir a sabotá-la e paralisá-la.

Amarmo-nos, em primeiro lugar, descobrindo-nos cada dia mais lúcidos e gratos por tudo.

Os dias atuais nos colocarão diante de muitas beiras. À beira do desespero, à beira da cólera, à beira do desânimo e tudo o que com ele vem.

Sábio é aquele que chega na beira, olha para o despenhadeiro, contempla o horizonte e pode dizer: Eu fui o mais forte. Sobrevivi mais um dia. Cresci mais um dia.

Logo estaremos de volta à pátria espiritual, todos nós, alguns antes, alguns mais tarde. Não sabemos ao certo o dia da partida.

Que o desânimo não nos roube um dia sequer até a chegada da grande hora do retorno.

* * *

Quando nos observarmos, à beira do desânimo, aceleremos o passo para frente, proibindo-nos parar.

Oremos, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.

Façamos algo de bom, além do cansaço em que nos vejamos.

Leiamos uma página edificante, que nos auxilie o raciocínio na mudança construtiva de ideias.

Tentemos contato de pessoas, cuja conversação nos melhore o clima espiritual.

Procuremos um ambiente, no qual nos seja possível ouvir palavras e instruções que nos enobreçam os pensamentos.

Prestemos um favor, especialmente aquele favor que estejamos adiando.

Visitemos um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as nossas.

Atendamos às tarefas imediatas que esperam por nós e que nos impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.

Guardemos a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência.

Também de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap.Texto antidepressivo, do livro Busca e acharás, por Espíritos diversos, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. IDEAL.
Em 11.9.2020.
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MENSAGEM DO ESE:

Beneficência exclusiva

É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?

Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse.

— S. Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 20.)

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COMEÇAR OU RECOMEÇAR ...


Decisão difícil de ser tomada ou assumida.
Existem épocas em que começamos voluntariamente as mudanças em nossa vida; não porque tenhamos errado em nossas escolhas, mas sim porque já é hora de uma evolução neste sentido.

Nesses momentos nos questionamos e acreditamos em nós mesmos, num impulso de crescimento.
Ou pode ser que a vida faça romper inesperadamente alguma situação que já existia e era parte de nossa rotina. Essa sim nos pega de surpresa e nos obriga, através da dor, a crescer obrigatoriamente.
No momento, nos sentimos como se tudo desabasse sobre nós; como se um grande buraco se abrisse sob nossos pés...

Calma ...
Só com o tempo é que se entenderá essa transformação.
Essa época não é fácil e será necessária a fé para poder acreditar que não se está sozinho ou abandonado.

Acabar uma profissão ou trabalho depois de muito tempo, um casamento ou relacionamento que se rompe ou “perder alguém de que tanto gostamos”, são momentos que já acostumamos a ver outras pessoas passarem, mas quando é na nossa vida que ocorre, o entendimento fica às voltas com uma grande dor, mágoa ou revolta que nos violenta mais ainda.

A fé que dizíamos ter nessa hora desaparece independente da crença de cada um.
Não se pode esquecer que nada acontece por acaso.

Essas situações em que nos sentimos perdidos e feridos nos fará voltar para dentro de nós mesmos para refletirmos e definirmos com maior clareza que rumo ser tomado e termos a confiança em um novo recomeço, um novo renascer;
Só que agora mais maduro.

Podemos, entretanto, ficar lamentando incessantemente, ao invés de despertarmos para esse novo horizonte que se abre para nós.

Essas situações vêm, muitas vezes, nos fazer valorizar alguma situação que não dávamos a
devida atenção e através dessa transformação estaremos aprendendo novos valores.

Quando decidimos recomeçar antes dessas inesperadas transformações é porque já sentimos uma necessidade de crescimento e acabamos nos preparando para uma nova etapa na vida.

Cuidar da autoestima, ter confiança e coragem para esses novos começos facilitarão esse novo recomeço.

Confiando sempre na força maior "DEUS" que não nos desampara nunca.
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UM IRMÃO DE LUZ
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER-08-09-2019
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O "NÃO'' e a LUTA


“Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não.” – Jesus. (Mateus, 5:37).

Ama, de acordo com as lições do Evangelho, mas não permitas que o teu amor se converta em grilhão, impedindo-te a marcha para a vida superior.

Ajuda a quantos necessitam de tua cooperação, entretanto, não deixes que o teu amparo possa criar perturbações e vícios para o caminho alheio.

Atende com alegria ao que te pede um favor, contudo não cedas à leviandade e à insensatez.

Abre as portas de acesso ao bem estar aos que te cercam, mas não olvides a educação dos companheiros para a felicidade real.

Cultiva a delicadeza e a cordialidade, no entanto, sê leal e sincero em tuas atitudes.

O “sim” pode ser muito agradável em todas as situações, todavia, o “não”, em determinados setores da luta humana, é mais construtivo.

Satisfazer a todas as requisições do caminho é perder tempo e, por vezes, a própria vida.

Tanto quanto o “sim” deve ser pronunciado sem incenso bajulatório, o “não” deve ser dito sem aspereza.

Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca; urge reconhecer, porém, que a negativa salutar jamais perturba. O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada.

As maneiras, na maior parte das ocasiões, dizem mais que as palavras.

“Seja o vosso falar: sim, sim; não, não”, recomenda o Evangelho. Para concordar ou recusar, todavia, ninguém precisa ser de mel ou de fel. Bastará lembrarmos que Jesus é o Mestre e o Senhor não só pelo que faz, mas também pelo que deixa de fazer.
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Emmanuel
Chico Xavier

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