quarta-feira, 21 de junho de 2023

Diante da paz



Nunca é demais afirmar que a paz começa em nós e por nós.

Os pacificadores, porém, são aqueles que aceitam em si o fogo das dissensões, de modo a extingui-lo com os recursos da própria alma, doando tranquilidade a todos aqueles que lhes compartilham a marcha.

Quanto puderes, distribui o alimento da concórdia, reconhecendo que a bênção da paz é desdobramento do pão de cada dia.

Emissários do Bem, domiciliados na Vida Maior, desenvolvem empreendimentos de paz em todas as direções no mundo, mas precisam de cooperadores fiéis que lhes interpretem a obra benemérita, ao lado das criaturas. Se aderiste a essa campanha bendita, auxilia-os em bases de entendimento e serviço.

Onde a palavra seja convocada ao socorro fraterno, fala auxiliando e, se o mal aparece por desequilíbrio de forças, conturbando situações, corrige o mal com amor, limitando-lhe a influência ou curando-lhe as feridas. Se agressões repontam à frente, considera que as enfermidades ocultas atacam em todos os lugares e ampara a vítimas de semelhantes arrastamentos, na certeza de que a tolerância, agindo construtivamente, é a terapêutica que nos presume a todos contra os assaltos da violência.

Se a injúria escarnece, capacita-te de que a crueldade é sinônimo de alienação mental e usa o perdão por exaustor das trevas que invadem o raciocínio daqueles que se perdem nos labirintos da delinquência. Faze silêncio onde o silêncio consiga apagar desavenças e acusações e, quanto possível, transforma-te no ponto terminal de qualquer processo de incompreensão, capaz de degenerar em perturbação ou loucura.

Onde estiveres, abençoa. Naquilo que penses, mentaliza o melhor. No que digas, harmoniza os outros quanto possas. No que faças, constrói sempre para o bem geral.

Nunca nos esqueçamos de que o Príncipe da Paz, na Terra, nasceu em clima de decepções, viveu através de hostilidades permanentes, serviu entre adversários gratuitos e selou o próprio trabalho sob a vitória aparente dos perseguidores; mas, supostamente vencido, o Cristo de Deus, de século e século, cada vez mais intensamente, é o fiador da concórdia entre as nações, erguendo-se por doador de paz genuína ao mundo inteiro.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Caminhos de volta
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21 de junho

Se as coisas não correram muito bem ontem, não se preocupe; já passou e você não pode fazer mais nada.

Hoje já é outra história: o dia se abre à sua frente intocado e sem manchas, e depende de você fazer dele um dia maravilhoso.

Como é que você começa cada dia?

Lembre-se que ninguém tem nada com isso; depende apenas de você a maneira como seu dia vai se desenrolar.

Tente começar seu dia com paz interior e contentamento, aquietando-se e deixando esta paz o preencher e o envolver.

Não se apresse a começar o dia despreparado e sem harmonia ou você carregará esse estado de espírito pelo dia afora e isso afetará não somente o seu dia, mas também as almas com as quais você entrar em contato.

Depende de você escolher como o seu dia vai ser.

Por que não escolher já?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Os trabalhadores da última hora

O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. — Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, — disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. — Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. — Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? — É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.

Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. — Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. — Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. — Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, — dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor.

Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. — Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?

Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16. Ver também: “Parábola do festim das bodas”, cap. XVIII, nº 1.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 1.)
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Nos Dons do Cristo


"Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom do Cristo."
- Paulo. (EFÉSIOS, 4:7.)

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.

O campo de luta permanece situado em nossa vida íntima.

Animalidade versus espiritualidade.

Milênios de sombras cristalizadas contra a luz nascente.

E o homem, pouco a pouco, entre as alternativas de vida e morte, renascimento no corpo e retorno à atividade espiritual, vai plasmando em si mesmo as qualidades sublimes, indispensáveis à ascensão, e que, no fundo, constituem as virtudes do Cristo, progressivas em cada um de nós.

Daí a razão de a graça divina ocupar a existência humana ou crescer dentro dela, à medida que os dons de Jesus, incipientes, reduzidos, regulares ou enormes nela se possam expressar.

Onde estiveres seja o que fores, procura aclimatar as qualidades cristãs em ti mesmo, com a vigilante atenção dispensada à cultura das plantas preciosas, ao pé do lar.

Quanto à Terra, todos somos suscetíveis de produzir para o bem ou para o mal.

Ofereçamos ao Divino Cultivador o vaso do coração, recordando que se o "solo consciente" do nosso espírito aceitar as sementes do Celeste Pomicultor, cada migalha de nossa boa-vontade será convertida em canal milagroso para a exteriorização do bem, com a multiplicação permanente das graças do Senhor, ao redor de nós.

Observa a tua "boa parte" e lembra que podes dilata-la ao infinito.

Não intentes destruir milênios de treva de um momento para outro.

Vale-te do esforço de auto-aperfeiçoamento cada dia.

Persiste em aprender com o Mestre do Amor e da Renúncia.

Não nos esqueçamos de que a Graça Divina ocupará o nosso espaço individual, na medida de nosso crescimento real nos dons do Cristo.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte viva
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PESSOAS CONFUSAS


O desenvolvimento espiritual proporciona a abertura de todos os chakras e, em razão disso, as criaturas passam a se expressar verbalmente com objetividade e com uma pronúncia tranquila e agradável. Os seres que se aperfeiçoaram falam ou se comunicam de modo claro e sintético, pois aliaram a iluminação do chakra coronário com a do chakra laríngeo (responsável pela emissão da voz).

Se não exercitarmos o autoconhecimento, seremos pessoas sempre muito confusas, sem possibilidades de desenvolver uma coerência interna sobre nossos sentimentos e pensamentos e sem condições básicas de transmitir o que pensamos ou sentimos. Em virtude disso, não teremos elementos para bem traduzir o que vemos no exterior (situações, acontecimentos, atos e sentimentos dos outros), pois nosso interior estará embaralhado.

Pensamos ter decifrado corretamente as ideias, os conceitos e as emoções de outros seres (fora ou dentro do veículo físico) e, depois, descobrimos que a mensagem real era completamente diferente.

O que nos obriga, em muitas ocasiões, a reavaliar nossa faculdade psíquica de perceber as sensações espirituais é quando aceitamos que somos indivíduos em crescimento, estagários ao longo das fases do processo evolutivo. Por isso, quando admitimos nossa compreensão limitada, ou seja, nossa "evolução cíclica", aceitamos com maior naturalidade os equívocos de interpretação em que incorremos das ideias ou pensamentos dos Espíritos. Todos nós, em várias circunstâncias, temos lapsos em nossas comunicações; portanto, checar nossos pressupostos intercâmbios medianímicos nos traz reais benefícios, pelo aprimoramento de nossa faculdade do sexto sentido.

(...)

A criatura humana é seletiva, está sempre mais interessada em uma coisa do que em outra, rejeita ou acolhe ideias ou situações durante o tempo todo em que pensa. Aceitamos aquilo que nos capacita a entender os fatos de uma forma mais satisfatória. Quer dizer: as informações que recebemos nos chegam através de múltiplas "vias" do mundo mental, o que significa que as dificuldade de compreensão em verdade se referem ao uso que fazemos dessas diferentes "vias", quando estabelecemos contato com alguém (encarnado ou não). Ao ficarmos cientes de que grande parte de nosso mundo interno está fora de nosso campo de percepção, começamos a entender as interpretações e argumentos diversos de cada pessoa e a respeitá-los.

(...)

Podemos concluir perante as opiniões discordantes: o homem inseguro as teme, o fanático as afronta, o educador as compreende e o ponderado as respeita. A verdade é relativa no atual estágio evolutivo da Terra.

"Evita controvérsias insensatas, genealogias, dissensões e debates sobre a Lei, porque de nada adiantam, e são fúteis. Depois de uma primeira e de uma segunda admoestação, nada mais tens a fazer com um homem faccioso (...)"(1)

Quando o Apóstolo dos Gentios escreveu essa exortação, não desejava dizer que devemos ser coniventes ou apáticos com tudo que é incoerente ou contraditório, mas que de nada adiantam contendas ou imposições, pois cada existência está ligada a determinado grau de entendimento. Existe em nós um dispositivo psicológico – regulado pelo nosso estágio evolutivo – que absorve os acontecimentos e os ensinos de acordo com nossas conquistas nas áreas de percepção e do entendimento. Portanto, nosso modo de entender ou compreender alguma coisa deve-se a causas situadas nas profundezas de nossa alma, a qual se encontra em constante aprendizagem pelos caminhos da Vida. "Depois de uma primeira e de uma segunda admoestação", quer dizer, após compartilharmos nossas ideias com os outros, não devemos forçá-los ou coagi-los a aceitá-las. O aprendizado com amor implica não obrigar ninguém a nada, pois, de todos os sentimentos, o amor é, incontestavelmente, o que mais salvaguarda a liberdade individual e o que mais assegura a livre iniciativa.

De nada adianta tentarmos transformar a qualquer preço um "homem faccioso" - parcial, sectário. É-nos impossível alterar as leis naturais; temos, sim, que aprender a respeitá-las, visto que a transformação só acontece quando estamos preparados ou prontos para mudar.

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Livro: A Imensidão dos Sentidos
Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed
Boa Nova Editora e Distribuidora
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Prevenção contra suicídio


Quando a ideia de suicídio, porventura te assome à cabeça, reflete, antes de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que te instalou na residência planetária, solidamente estruturada, a fim de sustentar-te a segurança no Espaço Cósmico.

Em seguida, ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Providência Divina.

Medita no amor e na necessidade daqueles corações que te usufruem a convivência. Ainda que não lhes conheças, de todo, o afeto que te consagram e embora a impossibilidade em que te reconheces para medir quanto vales para cada um deles, é razoável ponderes quantas lesões de ordem mental lhes causarias com a violência praticada contra ti mesmo.

Se a ideia perniciosa continua a torturar-te, mesmo que te sintas doente, refugia-te no trabalho possível, em que te mostres útil aos que te cercam.

Visita um hospital, onde consigas avaliar as vantagens de que dispões, em confronto com o grande número de companheiros portadores de moléstias irreversíveis.

Vai pessoalmente ao encontro de algum instituto beneficente, a que se recolhem irmãos necessitados de apoio total, para os quais alguns momentos de diálogo amigo se transformam em preciosa medicação.

Lembra-te de alguém que saibas em penúria e busca avistar-te com esse alguém, procurando aliviar-lhe a carga de aflição.

Comparece espontaneamente aos contatos com amigos reeducandos que se encontrem internados em presídios do teu conhecimento, de maneira a prestares a esse ou aquele algum pequenino favor.

Não desprezes a leitura de alguma página esclarecedora, capaz de renovar-te os pensamentos.

Entrega-te ao serviço do bem ao próximo, qualquer que ele seja e faze empenho em esquecer-te, porque a voluntária destruição de tuas possibilidades físicas, não só representa um ato de desconsideração para com as bênçãos que te enriquecem a vida, como também será o teu recolhimento compulsório à intimidade de ti mesmo, no qual, por tempo indefinível, permanecerás no envolvimento de tuas próprias perturbações.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Pronto Socorro
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