domingo, 10 de dezembro de 2023

Uma leitura para o coração


“Sou o grande médico das almas e venho trazer-­vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos.” O Espírito de Verdade (Bordéus, 1861) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – capítulo VI – item 7.

Afastemos um pouco das reflexões mais densas e façamos uma pausa para meditação. Dilata tua sensibilidade e lê com o sentimento as anotações a seguir. Depois escuta os recados do teu coração.

* * *

A Doutrina Espírita é a medicação recuperativa das nossas vidas. Sua “substância ativa” é o Evangelho. Sua “bula” é estritamente individual. Para cada um
haverá uma dosagem e forma de aplicação. O movimento espírita é a nossa enfermaria abençoada onde encontramo‐nos internados na busca de nossa alta médica. Tarefa e estudo, provas e oportunidades são terapêuticas necessárias na solução de nossas enfermidades. Perante esse quadro de experiências da nossa trajetória de aprendizado, listemos algumas prescrições indispensáveis para a cura: 

· Onde se reúnem doentes, torna‐se dispensável realçar imperfeições e deslizes. Todos sabemos de nossa condição. Falemos de saúde e aproveitamento.

 · Esqueçamos as vivências dolorosas e examinemos as conquistas. Indaguemos: em que melhorei? O que aprendi? 

· Somos doentes graves, mas temos o melhor médico, Jesus.

 · Perdoemos incondicionalmente o companheiro de enfermaria. Ele também é
alguém em busca de si mesmo. 

· Trazemos na intimidade todos os antídotos para nossas imperfeições. Resta‐ nos descobri‐los. 

· De fato, alguns doentes esquecem suas necessidades. O melhor a fazer para auxiliá‐los é a oração. 

. Alguns enfermos carecem de tratamentos específicos. Por não entendermos tais medidas, evitemos julgá‐los. 

· Uma única certeza: todos nós teremos alta médica e alcançaremos a saúde. 

· As raras criaturas sadias foram chamadas a Postos Maiores. Cuidam de nós. 

· Uma pergunta diária: que farei pela minha recuperação?

 · Uma atitude diária: doses elevadas de preces e trabalho. 

· O caminho seguro para fortalecimento e alegria: a amizade sincera, leal e fraterna. 

· O que nunca devemos esquecer: antes repudiávamos a ideia de internação. Hoje desejamos tratar.

 · Esqueçamos a noção de tempo e sejamos gratos pela oportunidade de uma vaga nessa benfazeja enfermaria.

 · Nos momentos de crise, evitemos projetar decepções e revolta nos outros ou reclamar do ambiente que nos acolheu para refazimento e orientação. Crises são indícios oportunos para exames e diagnósticos mais apurados sobre nossas dores.

 · Saber que estamos enfermos não basta. É preciso sentir. Nossa cura virá do coração.

Recordemos a frase confortadora do Espírito Verdade: Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos. 

Agora vá e escuta os recados do teu coração e Deus te abençoe com paz íntima.

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Ermance Dufaux
Wanderley S. de Oliveira
Obra: ESCUTANDO SENTIMENTOS
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10 de dezembro

Não perca tempo e energia se debatendo como um peixe fora d'água, culpando outras pessoas pelo que acontece a você.

Saiba simplesmente que tudo está em suas mãos.

Portanto, você pode corrigir as circunstâncias sem ajuda de ninguém se você separar alguns momentos para encontrar, na quietude, sua paz interior, e aguardar que Eu Me manifeste.

Nada do que você procura lhe será escondido se você depositar tudo à Minha frente e se colocar à Minha disposição para fazer a Minha vontade, e somente a Minha vontade.

E você só descobrirá qual é a Minha vontade quando você aprender a ficar quieto.

Não se esforce muito; solte-se, relaxe e encontre a paz de coração e de mente que abre todas as portas e revela a luz da verdade. Você descobrirá que você consegue realizar muito mais quando você relaxa e coloca tudo em Minhas mãos.

E então, bem quieto, sirva-Me e permita que tudo flua livre e naturalmente, sem qualquer esforço de sua parte, e assim se desenvolva na verdadeira perfeição.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:


Motivos de Resignação

12 – Pelas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.

Essas palavras podem, também, ser traduzidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são as dívidas de vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente na Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. Deveis, portanto, estar felizes por Deus ter reduzido vossa dívida, permitindo-vos quitá-las no presente, o que vos assegura a tranqüilidade para o futuro.

O homem que sofre é semelhante a um devedor de grande soma, a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que pagues o último centavo”. O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas as privações, para se livrar da dívida, pagando somente a centésima parte da mesma? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria?

É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e porque, após a quitação, estarão livres. Mas se, ao procurar quitá-las de um lado, de outro se endividarem, nunca se tornarão livres. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, pois não existe uma única falta, qualquer que seja, que não traga consigo a própria punição, necessária e inevitável. Se não for hoje, será amanhã; se não for nesta vida, será na outra. Entre essas faltas, devemos colocar em primeiro lugar a falta de submissão à vontade de Deus, de maneira que, se reclamamos das aflições, se não as aceitamos com resignação, como alguma coisa que merecemos, se acusamos a Deus de injusto, contraímos uma nova dívida, que nos faz perder os benefícios do sofrimento. Eis por que precisamos recomeçar, exatamente como se, a um credor que nos atormenta, enquanto pagamos as contas, vamos pedindo novos empréstimos.

Ao entrar no Mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia de pagamento. A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de trabalho”. A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor próprio e dos prazeres mundanos, dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra. Ide, e recomeçai a vossa tarefa”.

13 – O homem pode abrandar ou aumentar o amargor das suas provas, pela maneira de encarar a vida terrena. Maior é o seu sofrimento, quando o considera mais longo. Ora, aquele que se coloca no ponto de vista da vida espiritual, abrange na sua visão a vida corpórea, como um ponto no infinito, compreendendo a sua brevidade, sabendo que esse momento penoso passa bem depressa. A certeza de um futuro próximo e mais feliz o sustenta e encoraja, e em vez de lamentar-se, ele agradece ao céu as dores que o fazem avançar. Para aquele que, ao contrário, só vê a vida corpórea, esta parece interminável, e a dor pesa sobre ele com todo o seu peso. O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é a diminuição de importância das coisas mundanas, a moderação dos desejos humanos, fazendo o homem contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, e sentir menos os seus revezes e decepções. Ele adquire, assim, uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo como à da alma, enquanto com a inveja, o ciúme e a ambição, entregam-se voluntariamente à tortura, aumentando as misérias e as angústias de sua curta existência.

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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DONATIVOS MENOSPREZADOS


Cumprir os próprios deveres sem esperar que os amigos teçam láureas de gratidão.

Calar toda queixa.

Abster-se do gracejo nas conversas de fundo edificante para não desencorajar a responsabilidade nascente.

Grafar páginas consoladoras e construtivas sem a pretensão de sermos compreendidos ou elogiados.

Prestar favores oportunos ao próximo sem a ideia de que o próximo venha, por isso, a dever-nos qualquer coisa, ainda mesmo o agradecimento mais simples.

Reconhecer que as faltas dos outros podiam ser nossas a fim de que saibamos desculpa-los sem condições.

Não supor que o ouvinte ou os ouvintes seja obrigado a pensar pela nossa cabeça.

Executar os erros de quem se exprime numa assembleia, sem sorrisos de mofa, para.que o iniciante no cultivo do verbo superior não se sinta frustrado em seus intentos de bem fazer.

Não atribuir a outrem essa ou aquela falha havida em serviço.

Auxiliar aos irmãos menos felizes sem exprobrar-lhes a conduta passada.

Não acusar e nem criticar pessoas sob o pretexto de estarem ausentes.

Silenciar diante dos grandes ou pequenos escândalos, sem considerações deprimentes,
orando em favor daqueles que os provocaram.

Não reclamar homenagens afetivas nessa ou naquela circunstância.

Ouvir com respeito à palavra ou a dissertação supostamente fastidiosa, sem ofender a quem fala.

Evitar a maledicência em derredor de gestos, atitudes e frases sob nossa observação.

Substituir espontaneamente e sem qualquer apontamento desfavorável, nas boas obras, o seareiro em falta nas atividades previstas.

Executar com sinceridade as obrigações que a vida nos preceitua sem a preocupação de invadir as tarefas alheias.

Não opor contraditas às opiniões do interlocutor e sim ajuda-lo, sem presunção, a entender a verdade em torno disso ou daquilo, no momento adequado.

Amar sem pedir que os entes amados se convertam em bibelôs dos nossos caprichos.

Não exigir das criaturas humanas a perfeição moral que todos estamos muito longe de possuir.

Deixar os companheiros tão livres para encontrarem a própria felicidade quanto aspiramos a ser livres por nossa vez.

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Militão Pacheco
Chico Xavier
Obra: Ideal espírita
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