Ante os acontecimentos infelizes que afligem o Planeta, as guerras que se multiplicam, é comum ouvirmos a expressão: O mundo está perdido!
Entretanto, o mundo não está perdido.
Está na mais perfeita harmonia.
O Sol cumpre sistematicamente o seu papel, sem alarde.
A Terra oferece todos os recursos da sua intimidade, que possibilitam a vida das criaturas.
As sementes germinam, a floração acontece, os rios seguem seus cursos e os animais atendem aos objetivos que o Criador lhes estabeleceu.
Portanto, o mundo não está perdido.
Nós é que nos esquecemos da nossa condição de filhos de Deus e nos debatemos em busca de ilusões, que nos distanciam da felicidade almejada.
Esquecidos de que somos filhos da luz, nós nos atormentamos nas trevas e acabamos nos precipitando nos despenhadeiros de variados vícios.
O mundo não está perdido.
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Nós é que perdemos o rumo.
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A Terra faz seus movimentos de rotação e translação, obedecendo às leis do Criador.
Os astros giram no espaço infinito, na mais perfeita sintonia com o pensamento divino.
O Sol dardeja ouro sobre a Terra, tornando possível a vida.
A chuva generosa cumpre seu papel.
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O mundo não está perdido.
Nós é que estamos com a visão distorcida.
Nossa miopia moral nos faz perder a fé no Criador.
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E as manhãs que se renovam, como dádivas de Deus para o nosso crescimento, escorrem ligeiras pelas nossas mãos.
Os minutos que se repetem, incansáveis, são desvalorizados por nós.
Olhamos o mundo, através das nossas lentes embaçadas pelo pessimismo e fazemos coro ao vozerio geral: O mundo está perdido.
Mas aqueles que têm os olhos lubrificados pela fé racional dilatam o seu campo de visão e contemplam o equilíbrio do mundo.
Seus passos são ligeiros e decididos, pois a confiança em Deus os sustenta com o otimismo.
São pessoas assim que mudam o ambiente terrestre, que fazem luz onde as sombras teimam em se instalar.
Sua confiança no Criador do Universo é, de tal forma grandiosa, que jamais se permitem cair nas malhas do amolentamento.
São pessoas que não reclamam do mundo, mas fazem do mundo, a cada dia, um lugar melhor.
Por isso, o mundo não está perdido.
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Nós é que nos perdemos por nos distanciarmos do Nosso Pai.
Por nos sentirmos senhores do mundo.
Por relegarmos a segundo plano os valores morais.
Quando abrirmos os olhos, sairmos da casca do egoísmo e retirarmos a capa do orgulho, veremos que o mundo tem um colorido diferente.
Enxergaremos as belezas naturais com que Deus enfeitou a Terra e nos deslumbraremos com o perfeito equilíbrio que impera em todo o Universo.
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No reino da natureza, o ser humano é o único dotado de razão.
É o único ser capaz de questionar e entender o seu Criador.
Nós, como seres humanos, somos os únicos capazes de enxergar algo além das aparências.
Não nos deixemos levar pelo pessimismo.
Corrijamos o ângulo da nossa visão, lubrifiquemo-la com o óleo da fé em Deus e façamos a nossa parte.
Pensemos nisso! Façamos isso!
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Redação do Momento Espírita, com base em palestra proferida por Raul Teixeira, na cidade de Amparo/SP, em 20.2.2004.
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26 de fevereiro
Algumas vezes o novo se desdobra tão devagar que não é possível perceber as mudanças que estão acontecendo, até que, de repente, elas já aconteceram desapercebidamente.
Outras vezes é possível ver as mudanças se desenrolando passo a passo bem à frente dos olhos.
Há vezes, ainda, quando acontecem coisas de um dia para o outro – como no inverno, quando você vai dormir à noite e na manhã seguinte está tudo coberto de neve.
Você não teve nada a ver com o que aconteceu; tudo se passou de uma maneira miraculosa.
O novo será revelado de muitas maneiras diferentes.
Tudo que você tem que fazer é caminhar com ele, sem resistência.
Mudanças não são necessariamente dolorosas.
São inevitáveis porque nada pode permanecer imutável; e se você consultar seu coração, você mesmo não irá querer que ele permaneça o mesmo.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Moisés
Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: — porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto. (S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.)
Na lei mosaica, há duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.
A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. — Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.
II. Não pronunciareis em vão o nome do Senhor, vosso Deus.
III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
V. Não mateis.
VI. Não cometais adultério.
VII. Não roubeis.
VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.
X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.
É de todos os tempos e de todos os países essa lei e tem, por isso mesmo, caráter divino. Todas as outras são leis que Moisés decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir autoridade às suas leis, houve de lhes atribuir origem divina, conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava apoiar-se na autoridade de Deus; mas, só a idéia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes, em as quais ainda pouco desenvolvidos se encontravam o senso moral e o sentimento de uma justiça reta. É evidente que aquele que incluíra, entre os seus mandamentos, este: “Não matareis; não causareis dano ao vosso próximo”, não poderia contradizer-se, fazendo da exterminação um dever. As leis mosaicas, propriamente ditas, revestiam, pois, um caráter essencialmente transitório.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, itens 1 e 2.)
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Dever
Dever é a série de lições a que fomos chamados pela Eterna Sabedoria no livro da vida, de cujo aprendizado dependerá sempre o nosso avanço para a Infinita Luz.
Superficialmente, por vezes, é uma coleção de serviços menos agradáveis, induzindo-nos a pequeninas renúncias, contudo, esses serviços são vínculos espirituais que nos sustentam a ligação com a Paternidade de Deus – de Deus, que através da Lei que nos rege – no-los traça como obrigações beneméritas e providenciais ao nosso próprio aperfeiçoamento.
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Medita e aceita-os com amor para que não te lastimes, mais tarde.
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Aqui, é o lar convertido em ninho de inquietação...
Ali, é a casa de trabalho, onde ordenações determinadas nos aguardam cada dia...
Além, é o esposo difícil, à maneira do diamante no cascalho agressivo, confiado pelo Céu aos nossos cuidados...
Acolá, é a companheira incompreensiva, qual fonte poluída por reclamações sistemáticas, que a Bondade do Senhor nos concede para as tarefas da nossa própria sublimação...
Mais além, é o filho que nos esquece as melhores esperanças...
Mais adiante, é o amigo que nos complica o trabalho, valendo por negação de nossos sonhos e ideais...
Hoje, é a humilhação que nos compete suportar com denodo e paciência, amanhã é o fel da incompreensão alheia que nos cabe sorver...
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E, com Jesus, o dever de auxiliar e perdoar, de servir e aprender é sempre nosso.
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O cristão é uma consciência na luminosa cruz dos deveres de cada dia, entretanto, é por esse madeiro disciplinar que desferirá o voo de elevação para a alegria imperecível.
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Amemos as obrigações edificantes que o mundo nos designa, por mais contundentes que sejam, porque, por trás delas, vive a mão amorosa do Senhor a guiar-nos das sombras do mundo para os domínio da Luz Espiritual.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Tocando o barco
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