sábado, 5 de outubro de 2024

O funileiro



Gaudencia era um homem robusto que, desde a primeira juventude procurava aprimorar a si mesmo, através dos estudos, entretanto, a escola se fizera inacessível aos seus recursos.

 Sequioso de trabalho, bateu às portas de um funileiro amigo.
Admirava-lhe a assiduidade no trabalho. Recolheu-lhe os ensinamentos e adotou-lhe a profissão.

Gaudencia organizou a própria oficina, na própria casa de moradia, alugando a casa modesta em que passou a residir com a própria família, na periferia de grande cidade, na qual para logo conquistou excelente clientela.

Entretanto, um obstáculo apareceu.
A vizinhança não se conformava com as batidas do funileiro, sobre chapas de ferro e peças de funilaria.
Às seis horas da manhã de cada dia, começava a barulhada.
Gaudencia empunhava o martelo e moldava, com mestria, peças de utilidade doméstica ou consertava-as com habilidade e bom-gosto.

Os vizinhos, principalmente dois deles, reclamavam constantemente. Como aguentar aquela festa de pancadas, todas as manhãs? Não seria conveniente chamar o funileiro e pedir-lhe o controle de horas, para aquelas exibições de batidas? Aquele trecho de rua possuía doentes numerosos, incluindo crianças vítimas de insônia e nervosismo. Não seria compreensível recorrer à proteção policial?

A situação prosseguia quando o sistema hidráulico das residências dos amigos a que nos reportamos apresentou desequilíbrio que requisitava a competência de um encanador habilitado a saná-lo.
Canos de água se desgovernavam e os esgotos estavam longe de cumprir a própria função.

Lembraram Gaudencia.
Não era ele o profissional indicado ao reajuste preciso?

 O conhecido funileiro aceitou a incumbência e por seis dias de trabalho caprichoso, recompôs a rede de águas, amparando-lhe os processos de ação.

No dia em que os dois amigos lhe pediram o preço dos serviços com as horas extras que despendera espontaneamente, Gaudencia lhes respondeu:
— Não pensem nisso. Prometi a Deus que todo o meu trabalho seria gratuito para os amigos, especialmente para os necessitados.

Ambos os amigos se entreolharam boquiabertos já que o trabalho realizado valia verdadeira fortuna e, desde aquele dia, Gaudencia ganhou dois amigos que lhe ampararam toda a vida.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: A semente de mostarda
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05 de outubro

O que você está fazendo com a sua vida?

Você está satisfeito só se deixando levar pela correnteza, fazendo só o que você quer, vivendo do jeito que você quer, sem sequer um pensamento pelos outros?

Você é livre para isso.

Muitas almas vivem assim e depois se perguntam por que são infelizes e insatisfeitas.

Somente quando você aprender a esquecer o ego e a viver pelos outros é que você vai encontrar a verdadeira satisfação e paz no coração.

EU ESTOU aqui para lhe mostrar o caminho, mas é você quem tem que seguir em frente.

Ninguém mais pode fazer isto por você; ninguém mais pode viver a sua vida por você.

Aprenda a doar e não só a receber o tempo todo. Por que não doar num nível e receber no outro?

A vida é um caminho de duas direções, um constante doar e receber.

Você não pode viver só para si mesmo e encontrar verdadeira alegria e satisfação na vida.

Viva para o todo, doe para o todo e seja inteiro.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. — São Luís. (Paris, 1859.)

NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.

Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.

Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. – Allan Kardec.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.)
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Melhorar para sofrer menos


É óbvio que ninguém quer sofrer. Consideremos, entretanto, que o sofrimento ainda é inerente à nossa condição. Como? Então ele vai deixar de nos importunar? Sim, quando o merecermos. E essa conquista depende de nós mesmos.

Sofremos porque ainda somos teimosos. Exageramos nos desejos e nas desculpas, acumulamos lixo mental e guardamos ressentimentos; acomodamo-nos na inércia ou nos perdemos nas precipitações. Por outro lado, tentamos dominar outras consciências e ficamos aborrecidos com os fracassos nestas tentativas, como se fôssemos donos da verdade... Entretanto, essas situações todas apenas refletem vaidade, orgulho ferido, feroz egoísmo, medos, inseguranças ou traumas. Fruto da inexperiência; caminho de aprendizado.

A receita da felicidade, contudo, já está conosco. Jesus trouxe-a pessoalmente ao ensinar que fizéssemos ao próximo tudo o que desejamos para nós mesmos. Ou como nos mandamentos de amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.

O que faz sofrer é a rebeldia em aceitar que somos todos iguais e que, portanto, a ninguém cabe o direito de desrespeitar a vontade e a liberdade alheias, exceto por força da lei, ainda que humana. Na verdade, que direito temos de interferir na vida alheia? Quando agimos nesse sentido, as consequências só podem mesmo ser algum tipo de sofrimento ou aflição. E, no mesmo sentido, a orientação cabe com relação a si próprio, pois abusos e desrespeitos a si mesmo também trazem efeitos que podem ser aflitivos.

Portanto, para ser mais feliz e ir, gradativamente, diminuindo os motivos de sofrimento, é melhorar-se o quanto mais. Sim, melhora no comportamento, nas ações, nos pensamentos, na convivência, no relacionamento. Dentro e fora de casa.

Agindo com equilíbrio, ou pelo menos esforçando-se para isso, onde quer que estejamos, estaremos reduzindo as causas de sofrimentos, no presente e no futuro. Quanto ao passado, aos poucos vamos reparando, pois isso também é necessário.

O caminho é pois, melhorar. Em todos os sentidos. Aprender mais, de maneira permanente; autoanalisar-se para verificar os pontos em que já podemos nos disciplinar; solidarizar-se pelas boas causas em favor de nossos irmãos de caminhada; confiar em Deus e prosseguir realizando o melhor ao nosso alcance. Com isso, seremos mais felizes!

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Orson Peter Carrara
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