A experiência terrena consiste em um projeto um tanto arriscado.
Antes de renascer, o Espírito traça um programa que pretende cumprir.
Alguns pontos capitais são definidos, como o corpo, a família e o ambiente em que renascerá.
Ele também estabelece estratégias para vencer alguns problemas evolutivos.
São antigos desafetos com os quais pretende conviver.
Comparsas de persistentes erros que lhe devem surgir no caminho, em geral na forma de tentação.
Vítimas de leviandades cometidas e que seguem amarguradas o devem rodear, sequiosas de auxílio.
O Espírito estuda tudo com grande atenção, ora e se prepara mental e emocionalmente.
Como se percebe, renascer é um empreendimento de vulto.
A existência terrena é imprescindível à evolução, em especial em suas fases mais incipientes.
No corpo de carne, a força de vontade é testada e o ser imortal gradualmente abandona ilusões e paixões.
Demora um pouco, mas ele começa a perceber a transitoriedade de muito do que é valorizado na Terra.
Poder, aparências e conúbios sexuais apartados de um forte vínculo afetivo são apenas algumas dessas quimeras.
Embora firmemente decidido a transcender, não raro o Espírito sucumbe às tentações mundanas.
Ele programa trabalhar no bem, ser puro, honesto e generoso.
Decide transformar antigos parceiros de crimes em nobres companheiros de ideal superior.
Quer amparar aqueles a quem no pretérito lançou no despenhadeiro do vício.
Entretanto, cede à tentação do passado e revive indignidades.
A partir de determinado momento, nem mais é possível alegar ignorância.
Afinal, a mensagem cristã, a convidar claramente para a renovação, não é nova no mundo.
Essas experiências frustradas podem se repetir inúmeras vezes.
Há um inevitável amargor na hora do ajuste de contas com a própria consciência.
Confrontar o que se programou com o que se fez pode ser decepcionante.
Entretanto, as oportunidades se renovam.
Sempre chega o momento em que o Espírito cansa de falhar consigo mesmo.
Tantas são as decepções, que ele realmente se desgosta das ilusões mundanas.
Cheio de firmeza, resiste a todas as tentações e persevera em seu propósito de renovação.
Não se preocupa em ser rico, importante ou em fruir exóticas sensações.
Tem convicção de que tudo isso nada lhe acrescenta, em termos de paz e plenitude.
Ao contrário, identifica felicidade com deveres cumpridos e com dignidade.
* * *
Ciente disso, preste atenção no modo como você vive.
Seus pensamentos, atos e sentimentos são um prenúncio de paz?
Ou eles anunciam grandes decepções, quando você retornar para o verdadeiro lar?
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Redação do Momento Espírita.
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27 de Dezembro
Muitas vezes você terá que agir baseado somente na fé, sem entender a razão daquela ação, mas não hesite se você souber interiormente que aquilo é o certo.
Você tem que ter fé para se aventurar no desconhecido, pois circunstâncias externas podem estar deixando você cheio de dúvidas.
É neste momento que você precisa aprender a se recolher e reconhecer que você está sendo guiado por Mim, e que tudo vai dar certo.
É preciso muita fé e coragem para dispor-se a seguir estas orientações interiores, especialmente quando o que você faz parece uma arrematada tolice para os outros.
É por isso que você não conseguiria fazê-lo sem absoluta fé e sabedoria interior.
A escolha está sempre em suas mãos.
Portanto, escolha, e escolha certo, colocando sua mão firmemente na Minha mão.
Eu jamais o ignorarei ou rejeitarei, mas Eu guiarei cada um de seus passos.
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Eileen Caddy
Abrindo Portas Interiores
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MENSAGEM DO ESE:
Caracteres da Perfeição
2. Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.
Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.
Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é
vosso Pai celestial.”
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Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo XVII - Sede perfeitos > Caracteres da perfeição
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