segunda-feira, 16 de maio de 2016

TOLERÂNCIA

Emaranhas-te, algumas vezes, no cipoal da incompreensão de seres queridos.

Aqui, é um filho que se te afigura inacessível às diretrizes de
renovação; mais além, é um coração amado que parece não mais te suportar
os convites ao bom senso.

Não insistas com intimações palavrosas. Ameaças e desafios assemelham-se a marteladas sobre pregos de fixação.

Oferece-lhes bondade e simpatia, quando te não consigam entender, mas não os encarceres nas linhas de teus pensamentos.

Se pessoas queridas fogem de ti, inconformadas com a vida em tua casa mental, abençoa-as com serenidade e continua agindo e servido na execução dos ideais superiores que abraças.


E se, um dia, te retornarem à convivência, buscando trabalhar perto de ti, quanto se te faça possível, abre-lhes os braços; e se te solicitam a intercessão para que venham a servir noutros caminhos, não vaciles ajudá-las, afim de que retomem o esforço de elevação do qual se
afastaram transitoriamente.

Perdão não é apenas uma joia na boca e sim a aceitação dos outros, na condição em que ainda se encontrem, com a sincera disposição de colocar-nos em lugar deles, não somente para avaliar-lhes a situação, mas também para sabermos quanto estimaríamos recolher, na situação dos que erram, a tolerância da generosidade alheia.


Sigamos o próprio caminho, sem impedir que os semelhantes escolham estradas diferentes das nossas.


Certa feita, recomendou Jesus ao Apóstolo:


- “Perdoarás não apenas uma vez, mas setenta vezes sete”. Isso quer
dizer também que à frente dos nossos irmãos que nos firam ou nos
ofendam, cabe-nos abençoá-los e auxiliá-los, tantas vezes quantas se
fizerem necessárias.
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Meimei
Chico Xavier



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