quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

ANTE OFENSAS


“Porque vos digo que se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos Céus.” — JESUS. (Mateus, 5:20)


A fim de atender à recomendação de Jesus — “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” —, não te colocarás tão-somente no lugar do irmão necessitado de socorro material para que lhe compreendas a indigência com segurança; situar-te-ás também na posição daquele que te ofende para que lhe percebas a penúria da alma, de modo a que lhe estendas o concurso possível.
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Habitualmente aquele que te fere pode estar nos mais diversos graus de dificuldade e perturbação.

Talvez esteja:

no clima de enganos lastimáveis dos quais se retirará, mais tarde, em penosas condições de arrependimento;

sofrendo a pressão de constrangedores processos obsessivos;

carregando moléstias ocultas;

evidenciando propósitos infelizes sob a hipnose da ambição desregrada, de que se afastará, um dia, sob os desencantos da culpa;

agindo com a irresponsabilidade decorrente da ignorância;

satisfazendo a compulsões da loucura ou procedendo sem autocrítica, em aflitivo momento de provação.
 Por isso mesmo, exortou-nos Jesus a amar os inimigos e a orar pelos que nos perseguem e caluniam. Isso porque somos inconsequentes toda vez que passamos recibo a insultos e provocações com os quais nada temos que ver.
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Se temos o espírito pacificado no dever cumprido, a que título deixar a estrada real do bem, a fim de ouvir as sugestões das trevas nos despenhadeiros do mal? Além disso, se estamos em paz, à frente de irmãos nossos, envolvidos em sombra ou desespero, não seria justo nem humano agravar-lhes o desequilíbrio com reações impensadas, quando os sãos, perante Jesus, são chamados a socorrer os doentes, com a sincera disposição de compreender e servir, aliviar e auxiliar.
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Emmanuel 
Chico Xavier 
Obra: Ceifa de luz 





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