domingo, 6 de agosto de 2017

DEPENDÊNCIA


Não dependamos emocionalmente de ninguém.

Todos somos interdependentes, no entanto cada qual tem o direito de efetuar as suas próprias escolhas.

Quem depende psiquicamente de uma outra pessoa para viver está doente, reclamando, por isto mesmo, inadiável tratamento.

Não escravizemos ninguém às nossas ideias e ao nosso modo de ser, tanto quanto não nos permitamos nos escravizar, a ponto de nos anularmos em nossa própria vontade.

Todo excesso no campo afetivo, a pretexto de amor, é simples posse, paixão disfarçada gerando desequilíbrio.

O pensamento fixo que nos ocupa a cabeça é sinal evidente de que algo não está bem conosco e carecemos de reconhecer isto, se não quisermos nos precipitar em abismos de maiores sofrimentos.

Ninguém deve entregar-se totalmente a alguém, a não ser a Deus!

Todos somos afetivamente carentes, mas não nos prevaleçamos disto para inspirar piedade a nosso respeito ou realizar chantagens emocionais.

Quem se doa aos outros, sem pensar em si, receberá de volta o que necessita na medida exata do que houver cedido.

Embora as nossas ligações cármicas, saibamos que não somos de todo insubstituíveis no carinho de quem quer que seja.

Sempre ser-nos-á possível encontrar alguém na estrada do destino que, não sendo necessariamente quem imaginamos, poderá nos surpreender como o agente da felicidade que esperamos.
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IRMÃO JOSÉ
Médium: Carlos A. Baccelli, do livro “LIÇÕES DA VIDA”,
Ed. Casa Editora Espírita “Pierre-Paul Didier”.


MENSAGEM DO ESE:
Reconciliação com os adversários

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. — Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)
Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.
O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade. Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 5 e 6.)


PRECE POR CORAGEM 

Divino Mestre Jesus,
Eis que, em prece, Te rogamos
Dentro da luta, a coragem
Que sempre necessitamos...

A coragem de seguir-Te
Por entre pedras e espinhos
Que venhamos a encontrar
Na aspereza dos caminhos...

A coragem da bondade
No amor que nunca se altera,
Socorrendo em toda parte
Quem sofre e se desespera...

A coragem do silêncio
Na ofensa que nos magoa,
Recordando o Teu exemplo
Na fé que nos abençoa...

A coragem de viver
Por mais tristes, mais aflitos,
Superando dia a dia
Os nossos próprios conflitos...

E, por fim, Senhor Amado,
Se nos podes escutar,
Eis que, em prece, Te pedimos
A coragem de mudar!...
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Livro: Primavera da Alma
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Eurícledes Formiga
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier

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