domingo, 26 de agosto de 2018

DESFAZENDO SOMBRAS



Estendamos a sementeira de luz, através da dedicação ao trabalho com o Cristo, a fim de que a ignorância seja dissipada nos caminhos humanos.

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Todo egoísmo não é senão inferioridade e primitivismo da alma que nos cabe suprimir com os recursos da educação.

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Por toda parte, encontramos egoísmo na inteligência que se retrai nas furnas do comodismo, receando a luta sacrificial pela vitória do bem; egoísmo na fortuna amoedada a concentrar-se nas mãos dos argentários que fogem à evolução; egoísmo nos que dirigem, apaixonados pela volúpia do poder; egoísmo nos que obedecem, recolhidos ao espinheiral da revolta, de onde prejudicam a ordem e a organização; egoísmo nos mais experientes que se entrincheiram na intolerância e egoísmo nos mais jovens que tudo requisitam do mundo para a entronização do prazer.

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Entretanto, semelhante desequilíbrio não nasce senão da ignorância que arroja sobre a consciência dos homens a noite da cegueira.

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Aprendamos a conhecer-nos na condição de usufrutuários das possibilidades da vida onde quer que nos achemos; saibamos receber o tempo e a existência por empréstimos do Pai Celestial, de que prestaremos contas; ofereçamo-nos ao conhecimento superior; impregnemos o coração no entendimento fraterno, como quem sabe que somos uma só família no círculo da Humanidade; e, buscando no próximo, um irmão de nosso próprio destino, segundo os padrões de Jesus, nele identificaremos a nossa melhor oportunidade de serviço, já que simbolicamente o próximo pode ser o degrau de nossa ascensão espiritual.

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Nessa altura de nossas experiências, a luz da compreensão se nos entranhará no espírito, e, então, extinto o nevoeiro da ignorância em torno de nossos próprios passos, o egoísmo cederá lugar ao amor, o amor com que nos movimentaremos na construção de um mundo mais elevado e mais feliz. 

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Emmanuel 
Chico Xavier 




MENSAGEM DO ESE:
II – A Fé Divina E A Fé Humana


UM ESPÍRITO PROTETOR

Paris, 1863

12 – A fé é o sentimento inato, no homem, da sua destinação. É a consciência das prodigiosas faculdades que traz em germe no íntimo, a princípio em estado latente, mas que ele deve fazer germinar e crescer, através da sua vontade ativa.

Até o presente, a fé só foi compreendida no seu sentido religioso, porque o Cristo a revelou como poderosa alavanca, e porque nele só viram um chefe de religião. Mas o Cristo, que realizou verdadeiros milagres, mostrou, por esses mesmos milagres, quanto pode o homem que tem fé, ou seja, que tem a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode realizar-se a si mesma. Os apóstolos, com o seu exemplo, também não fizeram milagres? Ora, o que eram esses milagres, senão os efeitos naturais de uma causa desconhecida dos homens de então, mas hoje em grande parte explicada e que será completamente compreendida pelo estudo do Espiritismo e do magnetismo?

A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de gênio, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si mesmo que pode e deve triunfar, e essa certeza íntima lhe dá uma extraordinária força. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. Por fim, não há más inclinações que, com a fé, não possam ser vencidas.

O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé, quando posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, antigamente, foram qualificados de milagres.

Eu vos repito: a fé é humana e divina. Se todas as criaturas encarnadas estivessem suficientemente persuadidas da força que trazem consigo, e se quisessem por a sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que até hoje chamais de prodígios, e que é simplesmente senão um desenvolvimento das faculdades humanas.
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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