sábado, 1 de setembro de 2018

MUNDOS SUPERIORES


(...)

Sim, meus amigos; já vivemos corporalmente e viveremos ainda.

 A felicidade que desfrutamos é apenas relativa; há estados muito superiores àquele em que estamos e aos quais não se chega senão por encarnações sucessivas e progressivas em outros mundos.

 Não julgueis, portanto, que de todos os globos do Universo seja a Terra o único habitado.

 Pobre orgulho humano, que pensa ter Deus criado todos os astros apenas para deleitar a sua vista! 

Sabei, então, que todos os mundos são habitados e, entre eles, se soubésseis a posição que ocupa a Terra, não teríeis razão para vos glorificardes! 

Se não fosse para cumprir a missão que nos é dada, de vos inspirar e instruir, quantos de nós teríamos preferido visitar esses mundos e nos instruirmos nós mesmos!

 Mas nossos deveres e nossas afeições ainda nos ligam à Terra. 

Mais tarde, quando cedermos o lugar aos que chegarem por último, iremos tomar outras existências em mundos melhores, purificando-nos gradualmente até chegar a Deus, nosso Criador.
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Espírito Edouard Pereyre
Livro: Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos - Ano IV, 1861
(nº 9 - setembro de 1861)
Allan Kardec
FEB - Federação Espírita Brasileira





MENSAGEM DO ESE:
Parábola da Figueira Seca

8 – E ao outro dia, como saíssem de Betânia, teve fome. E tendo visto ao longe uma figueira, foi lá a ver se acharia nela alguma coisa; e quando chegou a ela, nada achou, senão folhas, porque não era tempo de figos. E falando-lhe disse: Nunca jamais coma alguém fruto de ti para sempre; o que os discípulos ouviram. E no outro dia pela manhã, ao passarem pela figueira, viram que ela estava seca até as raízes. Então, lembrando Pedro, disse para Jesus: Olha, Mestre, como secou a figueira que tu amaldiçoaste. E respondendo Jesus, lhes disse: Tende fé em Deus. Em verdade vos afirmo que todo o que disse a este monte: Tira-te daí e lança-te ao mar, e isto sem hesitar no seu coração, mas tendo fé de que tudo o que disser sucederá, ele o verá cumprir assim. (Marcos, XI: 12-14 e 20-23).

9 – A figueira seca é o símbolo das pessoas que apenas aparentam o bem, mas na realidade nada produzem de bom: dos oradores que possuem mais brilho do que solidez, dotados do verniz das palavras de maneira que estas agradam aos ouvidos; mas, quando as analisamos, nada revelam de substancial para o coração; e, quando as acabamos de ouvir, perguntamos que proveito tivemos.

É também o símbolo de todas as pessoas que podem ser úteis e não o são; de todas as utopias, de todos os sistemas vazios, de todas as doutrinas sem bases sólidas. O que falta, na maioria das vezes, é a verdadeira fé, a fé realmente fecunda, a fé que comove as fibras do coração, em uma palavra, a fé que transporta montanhas. São árvores frondosas, mas sem frutos, e é por isso que Jesus as condena a esterilidade, pois dia virá em que ficarão secas até à raiz. Isso quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que não produziram nenhum bem para a humanidade, serão reduzidas a nada; e que todos os homens voluntariamente inúteis, que não se utilizaram os recursos de que estavam dotados, serão tratados como a figueira seca.

10 – Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos. Suprem o organismo material que falta a estes, para nos transmitirem as suas instruções. Eis porque são dotados de faculdades para esse fim. Nestes tempos de renovação social, desempenham uma missão especial: são como árvores que devem dispensar o alimento espiritual aos seus irmãos. Por isso, multiplicam-se, de maneira a que o alimento seja abundante. Espalham-se por toda parte, em todos os países, em todas as classes sociais, entre os ricos e os pobres, os grandes e os pequenos, a fim de que em parte alguma haja deserdados, e para provar aos homens que todos são chamados. Mas se eles desviam de seu fim providencial a faculdade preciosa que lhes foi concedida, se a colocam a serviço de coisas fúteis e prejudiciais, ou dos interesses mundanos; se, em vez de frutos salutares, dão maus frutos; se se recusam a torná-la proveitosa para os outros; se nem mesmo para si tiram os proveitos da melhoria própria, então se assemelham à figueira estéril. Deus,então, lhe retirará um dom que se tornou inútil entre as suas mãos; a semente que não souberam semear; e os deixará tornarem-se presas dos maus Espíritos.

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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